Cap. 24

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Oie, antes que comece a ler, gostaria de pedir desculpas pela demora. Foram meses sem postar um capítulo ou ao menos me explicar, sei que foi irresponsabilidade e eu não pretendo que isso se repita. Mesmo que talvez alguns não se importem, minha ausência foi por causa de uma grande fatalidade que me ocorreu, perdi uma pessoa muito importante na minha vida e isso fez com que eu perdesse a vontade de fazer muitas coisas. Agora talvez tudo volte ao normal com a frequencia das postagens. Espero que compreendam.

Boa leitura!

Após ver Amy sair igual a uma doida porta a fora, Bruno suspira entendiado encarando um filme na televisão enquanto comia salgadinho. Fez uma careta ao sentir o cheiro forte, aquela merda fedia muito, mas era totalmente viciante, de não poder desperdiçar nem o que grudava nos dedos. Ele trocava os canais sem realmente ver algo, até parar em um daqueles filmes clichês e românticos, que Bruno não podia negar serem maravilhosos para chorar enquanto comia brigadeiro. Ao ver um grande beijo apaixonado entre o casal principal, revirou os olhos e gruniu desesperado.

- Cansei disso, eu quero um mozão - Bruno fazia drama se jogando do sofá para o chão, de olhos fechados fingia chorar até ouvir uma risada do seu lado. Ao abrir seus olhos acinzentados se deparou com a mãe de Amy - Tiiiaaaa!

- Fala, querido. O que te aflige? - a mãe de Amy pergunta se ajoelhando ao lado dele.

- Estou carente de um chamego e eu não consigo ninguém por aqui, ainda mais por não conhecer a cidade direito ou saber quais babacas eu preciso me manter distante. Os amigos da rapariga são incríveis e me receberam super bem, mas sei lá - Bruno responde suspirando enquanto lambia os dedos antes de espalmar as mãos no tampete felpudo da sala - Vou me unir ao carpete e esquecer da minha existência.

- Por que tu não sai com a Amy? - ela pergunta enquanto pegava o balde de pipoca que o garoto usava para comer seu salgadinho - Vão para alguma festa, bebam e se divirtam. Só voltem inteiros para casa, só peço isso.

Bruno ri anasalado, se levantando por um momento e logo deitando no colo daquela mulher tão gentil e educada. Lembrava muito sua mãe, não fazia muitos dias que estava longe de casa e já sentia falta de sua rainha que lhe trouxe ao mundo com o único objetivo de brilhar.

- Boa ideia, mas não estou no clima para festa ou balada. Queria algo mais caseiro - Bruno ficou pensando por alguns minutos enquanto segurava seu colar de pena com delicadeza - Sinto falta do meu ex, mesmo que tenhamos terminado bem, era muito bom ter alguém para apenas ficar abraçado enquanto assistia à algum filme qualquer, andar de mãos dadas na praia ou até disputar uma guerra de travesseiros - falava como se pudesse visualizar cada momento em sua frente com um singelo sorriso, até lembrar de momentos que o deixavam um tanto quanto assustado - Ele fazia com que eu me sentisse especial, me sentia seguro e protegido de tudo o que já me fizeram por ser quem eu sou. Ter ele do meu lado era tudo o que importava.

- Imagino como deve ser difícil um casal homoafetivo demonstrar carinho em público, já conheci muitas pessoas que sofreram por simplismente amarem - a mãe de Amy falava sem parar o carinho em seus cabelos, enquanto Bruno sentia uma fina lágrima escorrer por seu rosto - Quero que se sinta seguro aqui, meu anjo. Te garanto que o bairro é seguro e os vizinhos não são preconceituosos, pode sair sem se preocupar em ser atacado fisicamente ou verbalmente. Enquanto estiver aqui, vou amar e cuidar de você como faço com Amy - ele acentia e dizia um "uhum" baixo, sentindo uma calmaria que só sua mãe conseguia lhe transmitir e agora a mãe de Amy, que carinhosamente já chamava de tia. Se levanta e com um grande sorriso agradece beijando as bochechas dela.

- Vou dar uma volta na pracinha, então. Quem sabe o universo me ajuda hoje - Bruno fala piscando um dos olhos enquanto voltava a sua vibe alegre e descontraída, se despede e segue rumo a praça próximo a casa da rapariga.

Do Ringue aos Palcos... Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora