Capítulo 24

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Danielle Campbell como Olivia
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"I'm having trouble sleeping on my own (Estou tendo dificuldade em dormir só)
Feeling like a house but not a home (Me sentindo como uma casa, mas não um lar)
I want you to know (Eu quero que você saiba)" -
Crazy - Shawn Mendes

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Estava sonhando com meu pai, até que Bia abriu as cortinas bruscamente, me cegando por alguns segundos.

- O que você acha que está fazendo? - Parou ao lado da cama, com as mãos na cintura e o peso do corpo depositado em uma perna. Essa cena me lembrou a minha mãe.

- Nada. - Virei para o outro lado e cobri minha cabeça. Ela descobriu logo em seguida.

- E aquele papo de aproveitar os dias restantes?

- Não sei do que você tá falando. - Murmurei com os olhos fechados.

- Olivia Maldonato, é melhor você levantar dessa cama, antes que eu mesma te arranque daí.

- Argh! - Sentei na cama e a encarei com uma visível cara de tédio - Como você é chata.

- Minha querida, se eu tivesse medo de cara feia, já tinha fugido de ti no dia em que te conheci. Agora levanta. - Foi até a minha mala e de lá, jogou uma roupa para mim.

- Aonde a gente vai? - Perguntei.

- É surpresa.

- Eu odeio surpresas. - Ergui uma sobrancelha, ainda com minha cara de tédio.

- Vamos ver sua família. - Continuei com a mesma cara - Vamos andar de cavalo. E depois se quiser a gente pode atirar de arco e flecha, ou fazer outra coisa.

- Embora pareça tentador, vou ter que recusar. Não tô afim de fazer um treinamento para virar Mulan.

- 1°) Isso não foi um convite. 2°) O Tomás falou que você ama cavalos. - Cruzou os braços abaixo dos seios.

- 1°) Você não pode me obrigar. 2°) Eu amo, só não quero ir. - Imitei sua voz fina.

- Observa. - Falou desafiadora e me derrubou da cama.

- Ai, acho que quebrei uma costela. - Fiz drama para que ela me deixasse em paz.

- E se você não levantar e trocar de roupa, eu vou quebrar outra. -Bufei, mas levantei e fui para o banheiro.

Encontramos com os meninos no hall do hotel. E, sinceramente, eles estavam ridículos. Usavam roupas no estilo cowboy em um filme de faroeste, estavam até com as botas.

- O que é isso? - Fiz uma careta - Onde vocês arrumaram essas roupas?

- Você não vai querer saber. - Matheus respondeu. Lancei-lhe um olhar inquisitivo.

- Numa lojinha do aeroporto. - Tomás respondeu.

- Que droga, não era para você ter falado. - Matheus murmurou.

- Por quê vocês compraram isso?

- Pareceu uma boa ideia. - Responderam em uníssono e depois deram um murrinho.

- Como vocês são idiotas. - Passei a mão pelo cabelo - Gastaram dinheiro a toa, e ainda mais, estão ridículos. Quandos anos vocês têm?

- Você fala isso, mas no fundo, sei que você também queria uma. - Tomás resmungou.

- Nossa, morreria por uma dessas.- Falei sarcástica - Agora vamos. - Sai empurrando os três até a van. Não sei como, mas tinha vans que levavam à todos os lugares que era possível ir de carro na cidade.

Demorou por volta dos vinte minutos para chegarmos no tal lugar, e para minha surpresa, tinha bastante gente lá. Nos direcionamos até o que parecia ser um tipo de recepção.

Tomás cuidou de tudo e um cara nos levou até o estábulo. Disse que poderíamos escolher o animal que mais nos agradava. Me deu uma súbita vontade de fazer uma piadinha dizendo que ia escolher Tomás, mas me segurei.

- Ah - Suspirei - É tão lindo presenciar o reencontro de uma família - Falei encarando Matheus e o cavalo que ele acariciava. Ele me olhou com certa indiferença.

- Nossa, é impressionante como você fica mais engraçada a cada dia, Olivia. - Devolveu o sarcasmo.

- E mais bonita né, amiga. - Bia se intrometeu

- Oh, são seus olhos. - Falei e rimos. Também conseguimos arrancar uma breve risada de Tomás. Ele estava estranho, muito calado. E o Tomás nunca ficava calado por muito tempo.

Me aproximei, buscando um pouco de privacidade, tentando evitar que os outros ouvissem.

- Você está bem? -Perguntei baixo, parada ao seu lado.

- Só temos mais três dias aqui. - Murmurou um pouco abatido.

- Você está mal porque vamos embora?

- Não. Não é isso...esquece. -Olhou nos meus olhos e forçou um sorriso - Está tudo bem. -Assegurou, mas não senti muita firmeza. Em seguida, voltou a olhar os cavalos.

- Tomás. - Segurei seu braço, impedindo que ele se afastasse mais - Você sabe que pode falar comigo, né? - Ele assentiu e um sorriso genuíno surgiu em seus lábios.

- Não se preocupe comigo.

- Eu me preocupo porque eu me importo.

No final da tarde estávamos exaustos. Assim que terminamos de comer, deitamos na grama. Não me pergunte por quê.
Ficamos observando o céu, apenas isso. De vez em quando um de nós falava algo, mas nunca durava. Parecia que estávamos tentando ao máximo memorizar cada segundo do resto dessa viagem, e os momentos que passamos juntos.

Voltamos para o hotel ao anoitecer, cada um foi para seus respectivos quartos depois de um "boa noite" meio desanimado.

- Estou morta. - Bia se jogou na cama após sair do banho.

- Somos duas. Acho que nunca fiz tanto exercício na minha vida.

Permanecemos um tempo em silêncio.

- Você percebeu como o Tomás estava estranho hoje?

- Sim.

- Você sabe por quê?

- Não. - Encarei o chão. Agora, depois de pensar muito, algumas hipóteses começavam a tomar conta da minha mente, e eu estava torcendo para que nenhuma delas fosse real. - Vou tomar banho.

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Gente, me desculpem pela demora. Eu fiquei muito tempo sem ter ideia do que escrever, estava sem nenhum pingo de criatividade.

Sinceramente, não sei quando vou postar o proximo capítulo.

O Meu Melhor Erro (Hiatus e  Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora