" And just know that I do
Oh, I really like you, babe
And I wanna be there for you
For the rest of your days"
(Don't be a Fool - Shawn Mendes)" E saiba que eu gosto
Oh, eu realmente gosto de você, querida
E quero estar lá por você
Pelo resto dos seus dias"
______________________________Um silêncio confortável se estabeleu no quarto enquanto eu fazia círculos imaginários em seu peito nú e ele brincava com uma mecha do meu cabelo.
- Foge comigo? - Ele quebrou o silêncio. Fitava o teto e eu quase conseguia ver as engrenagens do seu cérebro trabalhando.
Eu ri.
- Como assim? - Ainda sorria.
- Vamos fugir, só nós dois.
- Para onde iríamos? - Agora eu o encarava, com o queixo apoiado em seu peito.
- Nós poderíamos ir para onde você quisesse. - Seu polegar acariciou minha bochecha e um sorriso fofo surgiu em seu rosto, e isso fez eu me sentir a garota mais sortuda do mundo - Imagina, nós dois em uma praia paradisíaca, ou em um chalé em alguma estação de esqui. - Ele riu da própria imaginação.
- A ideia é tentadora.
- Eu sei que não podemos, mas seria legal fazer isso. Sabe, conhecer o mundo.
- Você pode conhecer o mundo.
- Eu quero conhecer com você. - Segurei seu rosto em minhas mãos e o beijei delicadamente. Um sorriso travesso brincou em seus lábios. - Você me deixa louco, garota. - Eu o encarei nos olhos, sorrindo bobo.
- Sua garota. - Sussurrei.
- Minha garota. - Ele se apoiou em um cotovelo e se inclinou por cima de mim. Depositou beijos em todo meu rosto e pescoço, arrancando gargalhadas minhas.
Batidas na porta interromperam o momento, e eu cobri minha boca com a mão, querendo rir.
- Tomás. Olivia. Abram a porta. O que está acontecendo? - A voz de Bruno soou grave. Nos encaramos com os olhos arregalados. O sorriso desapareceu de nossos rostos.
Nós nos vestimos o mais rápido possível, e eu tentei dar um jeito no meu cabelo antes que Tomás abrisse a porta.
Bruno entrou no quarto com a expressão séria, seus olhos foram imediatamente para a cama desarrumada, em seguida examiram à mim e à Tomás.
- O que vocês estavam fazendo? - Finalmente voltou a se pronunciar.
- Nada. - Tomás respondeu e pude ver todo seu corpo ficar tenso - Só conversando, pai.
- Conversando? Com a porta trancada? Hm...ok. - Ele me encarou e apontou para o meu pescoço - Tem uma coisa no seu... - Instintivamente cobri a área com a mão, antes que ele terminasse a frase.
- Eu... - Ele ergueu a mão para que eu parasse de falar. Passou as mãos pelo cabelo e suspirou pesadamente.
- Eu pensei que pudesse confiar em vocês dois. Vocês são os mais velhos, deveriam ser os responsáveis. - Ele parecia...decepcionado e com raiva - Vão para o escritório. Agora. - Ele apontou para a porta. Nós não pensamos duas antes de obedecer.
Bruno gritou por minha mãe e veio no nosso encalço. Eu não queria que eles descobrissem desse jeito.
O escritório parecia muito maior agora. E eu ja podia sentir o peso das consequências em meus ombros. Mas sabe de uma coisa? Eu estava disposta a carregar esse peso por Tomás. E eu senti que ele também estava disposto a fazê-lo por mim. Isso me reconfortava.
Seus dedos entrelaçaram nos meus, e eu percebi a mensagem que esse toque transmitia. Não importa o que acontecesse, nós estamos juntos nessa.
Minha mãe colocou a cabeça para dentro do escritório, com o semblante confuso.
- O que aconteceu? - Seu tom soou um tanto hesitante.
- Vem aqui. - Bruno chamou, respirando fundo. Minha mãe andou cautelosamente até Bruno e parou ao seu lado.
- Alguém fala alguma coisa, pelo amor de Deus? - A coitada estava entrando em desespero.
- Esses dois... - Passou a mão no rosto - Você sabia que estão transando?
Um silêncio incômodo se estabeleceu. Dona Helena me encarava, buscando uma confirmação, e conseguiu.
- Vocês perderam a noção? - Ela não parecia exatamente irritada, isso era um começo - Como isso aconteceu?
- Mãe, eu... - Comecei, tentando pensar em algo para amenizar o baque, mas o que me parecia melhor era a verdade - me desculpa, mas eu não me arrependo. Eu sei o que você deve estar pensando, "ele é família, seu irmão", mas você tem que tentar entender. Eu o conheci antes do jantar. E quando eu vi ele aqui, era tarde demais, não tinha como o enxergar como meu irmão. Ele era meu amigo. E então teve aquela viagem da escola e...coisas aconteceram, coisas que não tinham mais volta. E eu me apaixonei, eu...amo ele, mãe. - Despejei mais rápido do que gostaria.
- E eu a amo. - Tomás apertou mais minha mão, como se para confirmar suas palavras.
Silêncio se fez novamente. Agora, Bruno encarava Tomás. Sua feição estava mais suave e ele parecia estar se esforçando.
- Eu entendo. - Disse ela - Eu compreendo o que você está sentindo. Mas você não pode me culpar por não aceitar esse relacionamento. Eu não consigo. - Um silêncio se estabeleceu por segundos - E sei que não adianta tentar separar vocês, mas estou muito decepcionada com você, Olívia. Eu te criei para ser melhor que isso.
- Eu faço das palavras dela as minhas. - Bruno soltou o ar como se estivesse exausto. - Usem proteção, tudo que eu não preciso agora é um neto.
- Não pensem que as coisas vão ser como antes. - Dona Helena se pronunciou mais uma vez antes de ir em direção a porta.
- Que merda. - Tomás sussurrou para si mesmo.
- E põe merda nisso. - Suspirei - Mas vai dar tudo certo, eu espero. Agora vamos. - O puxei pela mão.
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Gente, desculpem a demora.
Nos últimos meses eu venho tentando escrever mas não sai nada que preste. Vocês não têm ideia do quanto demorou para escrever esse capítulo, e eu ainda acho que poderia fazer melhor.
Mas não achei justo fazer vocês esperarem ainda mais.
Então me desculpem se o capítulo não estiver 100%Amo vcs♥♥
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O Meu Melhor Erro (Hiatus e Em Revisão)
Teen FictionNÃO REVISADO NÃO RECOMENDADO PRA MENORES DE 16 ANOS Olivia ficou em coma por três anos, e nunca imaginou que tantas mudanças pudessem acontecer nesse período de tempo. Depois de descobrir que seu ente mais querido havia morrido, a menina ficou deva...