3° dia
(...) - Eu também gosto de você. - Sussurrou apenas para mim e sorriu. Logo em seguida, ele inclinou a cabeça e iniciou um beijo lento. Minhas mãos bagunçavam seu cabelo e ele apertava minha cintura. Ele se afastou um pouco e eu mordi o lábio inferior sorrindo, as nossas bocas estavam vermelhas e um calor me percorreu enquanto eu o encarava.
Uma voz invadiu o ambiente.
- Liv, acorda. - Sentei na cama rapidamente.
- O que aconteceu?
- Você estava murmurando algo e não parava de se mexer, acho que estava tendo um pesadelo. - Bia respondeu.
- Não era um pesadelo, você não devia ter me acordado. - Joguei um travesseiro nela e ela fez sinal de rendimento.
- Foi mal. - Logo sorriu malicioso - Estava sonhando com quem?
- Com ninguém. - Ergueu uma sobrancelha, duvidando - É sério.
- Tanto faz. O Matheus chamou a gente para ir numa festa à noite.
- Você acha que vão deixar a gente ir?
- Eles não vão saber. Sairemos às 23:00, esteja pronta. - Assenti - Agora vamos tomar café da manha.
Levantei, escovei os dentes e troquei de roupa. No corredor, vi aquela Alice que estragou um momento muito importante para mim. Eu não a conhecia, mas não ia com a cara dela. Assim que me viu, olhou de cima a baixo e virou a cara.
- Argh. - Murmurei com desdém.
- Que foi? - Olhei para trás e vi Tomás. Ele estava com o cabelo bagunçado, caindo sobre a testa. Eu estava com muita raiva para manter uma conversa civilizada.
- Hã? - Me fingi de desentendida, mas sabia que ele tinha ouvido.
- Vamos comer. - Matheus falou e eu fiz biquinho.
- Não ganho nem um bom dia. - Ele riu e me abraçou. Pulei nas costas dele e fomos até o restaurante do hotel. Talvez eu estivesse tentando causar uma reação em Tomás, mesmo sendo uma coisa imatura.
●●●
O dia passou tedioso e minha raiva aumentou pela falta de iniciativa por parte de Tomás para terminar a conversa de ontem. Logo a noite chegou. Estava sem nada para fazer, então decidi começar a me arrumar.
Tomei banho, sequei meu cabelo e fiz uma maquiagem básica. Coloquei um vestido preto colado no corpo que eu havia pegado emprestado de Bia, e coloquei um salto, também de Bia. Eu não tinha me preparado para um programa assim.Ela tinha ido tomar banho enquanto eu me arrumava, e saiu do banheiro já vestida. Ela usava uma calça de couro preta, uma blusa branca um pouco transparente e um salto.
Passaram-se alguns minutos depois das 23:00, e os meninos bateram na porta da varanda. Tirei o salto para andar melhor.
Logo me vi correndo pela grama, acompanhada por Tomás, Math e Bia.
Quando vi Tomás, eu quase tive um ataque, ele estava lindo. Não um lindo comum, mas um lindo fora do normal. Parecia que a perfeição havia se instalado nele. Ele sorriu para mim e por um um segundo, só um segundinho, eu esqueci que estava com raiva.Depois que saímos do hotel, eu recoloquei meu salto. Nós pegamos um táxi que por sorte estava passando, e ele nos deixou perto de uma casa onde havia muita gente.
- De quem é essa casa? - Perguntei.
- Do meu primo, ele ficou de férias e viajou com vários amigos, aí resolveu dar uma festa.
- Hm... - Bia deu um fraco empurrão no meu braço e disse:
- Animação. Você bebe?
- Nunca bebi.
- Vai beber hoje. - Ela afirmou.
- Eu não acho uma boa ideia. - Tomás se intrometeu. Quem ele pensa que é? Eu vou beber e ele que vá para o inferno com o que ele acha.
- Não importa o que você acha. Importa o que eu acho, e eu acho uma ótima ideia. - Falei um pouco mais grossa do que queria. Matheus e Bia se entreolharam. O rosto de Tomás foi tomado pela surpresa. Virei a cara e adentrei a casa.
Eu só sei de uma coisa hoje: Eu vou beber até cair, embora eu ache que isso não vai demorar a acontecer.
_____________________________
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Meu Melhor Erro (Hiatus e Em Revisão)
Roman pour AdolescentsNÃO REVISADO NÃO RECOMENDADO PRA MENORES DE 16 ANOS Olivia ficou em coma por três anos, e nunca imaginou que tantas mudanças pudessem acontecer nesse período de tempo. Depois de descobrir que seu ente mais querido havia morrido, a menina ficou deva...