Capítulo 12

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3° dia

(...) - Eu também gosto de você. - Sussurrou apenas para mim e sorriu. Logo em seguida, ele inclinou a cabeça e iniciou um beijo lento. Minhas mãos bagunçavam seu cabelo e ele apertava minha cintura. Ele se afastou um pouco e eu mordi o lábio inferior sorrindo, as nossas bocas estavam vermelhas e um calor me percorreu enquanto eu o encarava.

Uma voz invadiu o ambiente.

- Liv, acorda. - Sentei na cama rapidamente.

- O que aconteceu?

- Você estava murmurando algo e não parava de se mexer, acho que estava tendo um pesadelo. - Bia respondeu.

- Não era um pesadelo, você não devia ter me acordado. - Joguei um travesseiro nela e ela fez sinal de rendimento.

- Foi mal. - Logo sorriu malicioso - Estava sonhando com quem?

- Com ninguém. - Ergueu uma sobrancelha, duvidando - É sério.

- Tanto faz. O Matheus chamou a gente para ir numa festa à noite.

- Você acha que vão deixar a gente ir?

- Eles não vão saber. Sairemos às 23:00, esteja pronta. - Assenti - Agora vamos tomar café da manha.

Levantei, escovei os dentes e troquei de roupa. No corredor, vi aquela Alice que estragou um momento muito importante para mim. Eu não a conhecia, mas não ia com a cara dela. Assim que me viu, olhou de cima a baixo e virou a cara.

- Argh. - Murmurei com desdém.

- Que foi? - Olhei para trás e vi Tomás. Ele estava com o cabelo bagunçado, caindo sobre a testa. Eu estava com muita raiva para manter uma conversa civilizada.

- Hã? - Me fingi de desentendida, mas sabia que ele tinha ouvido.

- Vamos comer. - Matheus falou e eu fiz biquinho.

- Não ganho nem um bom dia. - Ele riu e me abraçou. Pulei nas costas dele e fomos até o restaurante do hotel. Talvez eu estivesse tentando causar uma reação em Tomás, mesmo sendo uma coisa imatura.

●●●

O dia passou tedioso e minha raiva aumentou pela falta de iniciativa por parte de Tomás para terminar a conversa de ontem. Logo a noite chegou. Estava sem nada para fazer, então decidi começar a me arrumar.
Tomei banho, sequei meu cabelo e fiz uma maquiagem básica. Coloquei um vestido preto colado no corpo que eu havia pegado emprestado de Bia, e coloquei um salto, também de Bia. Eu não tinha me preparado para um programa assim.

Ela tinha ido tomar banho enquanto eu me arrumava, e saiu do banheiro já vestida. Ela usava uma calça de couro preta, uma blusa branca um pouco transparente e um salto.

Passaram-se alguns minutos depois das 23:00, e os meninos bateram na porta da varanda. Tirei o salto para andar melhor.
Logo me vi correndo pela grama, acompanhada por Tomás, Math e Bia.
Quando vi Tomás, eu quase tive um ataque, ele estava lindo. Não um lindo comum, mas um lindo fora do normal. Parecia que a perfeição havia se instalado nele. Ele sorriu para mim e por um um segundo, só um segundinho, eu esqueci que estava com raiva.

Depois que saímos do hotel, eu recoloquei meu salto. Nós pegamos um táxi que por sorte estava passando, e ele nos deixou perto de uma casa onde havia muita gente.

- De quem é essa casa? - Perguntei.

- Do meu primo, ele ficou de férias e viajou com vários amigos, aí resolveu dar uma festa.

- Hm... - Bia deu um fraco empurrão no meu braço e disse:

- Animação. Você bebe?

- Nunca bebi.

- Vai beber hoje. - Ela afirmou.

- Eu não acho uma boa ideia. - Tomás se intrometeu. Quem ele pensa que é? Eu vou beber e ele que vá para o inferno com o que ele acha.

- Não importa o que você acha. Importa o que eu acho, e eu acho uma ótima ideia. - Falei um pouco mais grossa do que queria. Matheus e Bia se entreolharam. O rosto de Tomás foi tomado pela surpresa. Virei a cara e adentrei a casa.

Eu só sei de uma coisa hoje: Eu vou beber até cair, embora eu ache que isso não vai demorar a acontecer.

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O Meu Melhor Erro (Hiatus e  Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora