Capítulo 20

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"It's crazy how people get lost in love
(É louco como as pessoas se apaixonam)
I'm beginning to daydream of what we can be
(Estou começando a sonhar com o que podemos ser)
And the things we can do
( E o que podemos fazer)"
(Like that - Jack&Jack)

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Ouvi batidas na porta da varanda e abri os olhos lentamente, sorri ao ver a imagem à minha frente. Eu estava exausta e sentia uma dorzinha gostosa entre as pernas. Tomás estava tão sereno que tive vontade de tirar uma foto, só para ter aquela visão guardada sempre comigo. E foi exatamente o que fiz. Afinal, uma fotozinha não vai matar ninguém.

Olhas as horas, e vi que não passava da 23:00.

Levantei devagar para não acordá-lo e fui ver quem era enrolada em um lençol. Não fiquei surpresa ao descobrir.

- Você já esqueceu o que eu te disse hoje de manhã? - Bia colocou as mãos na cintura, me olhando de cima a baixo.

- Por que você não entrou pela porta?

- Vai que vocês estavam em um momento íntimo ou sei lá. Mas enfim, vai se arrumar. Nós já estamos atrasados para a festa.

- Eu não quero ir. Estou cansada.- Choraminguei - e o Tomás está dormindo.

- Você vai, nós vamos. Agora vai se arrumar e acorda o Tomás. - Me deu um empurrão em direção a porta. Suspirei.

Quando voltei para o quarto Tomás já estava acordado. Me encarou com um sorriso preguiçoso no rosto. Mesmo com a cara amassado e com os olhos inchados ele continua lindo.

- Boa noite. - Falou com a voz rouca e logo em seguida se espreguicou.

- Boa noite. - Sorri e me aproximei

- Dormiu bem? - Entrelaçou os dedos nos meus.

- Ótima. Só não tempo o suficiente. - Mordi o lábio inferior tentando não sorrir. - E você?

- Ótimo. - Sorriu e sentou na cama. Olhou as horas no celular e ergueu uma sobrancelha. - Acho que estamos atrasados. - Passou a mão pelos seus fios cantanhos. Meu Deus, ele tá querendo me matar? - Seria uma pena se esse atraso fosse em vão. - Sorriu malicioso e me puxou, me fazendo cair na cama. Me beijou enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo. Seus beijos foram descendo aos poucos e suas mãos afastaram o lençol.

- Acho melhor começarmos a nos arrumar. - Me afastei. Acabei com o clima porque sabia exatamente onde acabaria. Ele me encarou e pareceu entender. Eu levantei, indo em direção ao banheiro. Tomei um banho rápido e me arrumei sem sair do banheiro. Depois que terminei a maquiagem e o cabelo, entrei no quarto e comecei a procurar uma roupa. Tomás me olhava sorrindo, estava sentado na cama apoiado nos braços e a cabeça estava um pouco inclinada.

- Você não vai se arrumar? - Perguntei sem o olhar.

- Estou pronto. - Meneei a cabeça e ri. Ele estava usando uma bermuda e uma blusa amassada. - Não pretendo ficar muito tempo.

- Ah, é? Por quê? - Me fiz de desentendida.

-Tenho coisas melhores para fazer. - Sorri, ainda sem me virar.

- Tipo?

- Ficar no quarto vendo filmes com a garota que não sai da minha cabeça.

- E quem seria essa? - Finalmente me virei para ele. Ele se encolheu, como se fosse contar um segredo.

- Não posso falar. - Sussurrou.

- Ah, mas eu quero saber. - Me aproximei, segurei suas mãos e o puxei, fazendo com que levantasse. - Como ela é?

- Ah, ela é linda. - Tirou uma mecha do meu cabelo do rosto e prendeu atrás da orelha, depois acariciou minha bochecha. - Diria que ela é perfeita, pelo menos para mim. Um pouco geniosa, mas é um charme. Ah, e não poderia esquecer, ela tem medo de The Walking Dead, que por acaso é mimha série preferida. - Eu gargalhei - E tem a risada mais linda que já vi e ouvi, tanto que poderia ficar ouvindo o dia todo. - Me encarou por alguns segundos. Meu coração estava quase saindo pela boca, de tão forte que estava batendo. - Acho que estou me apaixonando por ela. - Falou tão baixo que quase não ouvi.

Foi com essa frase que ele bagunçou totalmente minha cabeça. Afinal, ele mesmo disse que não podíamos ficar juntos. Já havia colocado na cabeça que nunca teríamos algo sério, estava me envolvendo sem me iludir. E agora ele fala que está se apaixonando. O que eu devo pensar?

Por que homens são tão confusos? Argh!

- E-eu...Você sabe como me sinto. - Ele não ousou desgrudar seus olhos do meu. - Mas foi você que... - Não terminei. - Eu não te entendo. -Ri e vi brotar um mini sorriso em seus lábios.

- Você não precisa. - Segurou minhas mãos, que eram pequenas se comparadas com as dele. - Você me faz ignorar a razão. Me faz querer apertar o foda-se para o resto do mundo. E eu não sei como lidar com esse...sentimento. - Encarou o chão por um segundo, mas logo voltou a me encarar. - Mas nesse momento, eu só quero ficar com você. - Segurou meu rosto com as duas mãos. Eu estava pronta para ser beijada, até fechei os olhos. Mas o barulho de um celular tocando me fez abri-los novamente. A foto de Bruno apareceu na tela do celular de Tomás, junto com seu nome. Foi como se a realidade tivesse acabado de me dar um tapa na cara. - Desculpe, tenho que atender.

- Tudo bem. Eu vou terminar de me arrumar. - Ele assentiu e me deu um selinho.

Escolhi uma roupa não muito arrumada. Um short de couro preto e uma blusa leve branca. Coloquei um tênis, peguei minha bolsa e celular e fui até o quarto dos meninos, onde Bia estava.

Bati na porta três vezes antes de abrirem. Uma Bia deacabelada e com o batom borrado me deixou entrar.

- Estou atrapalhando? - Não consegui segurar o riso.

- Claro que não. - Bia respondeu de prontidão. Apontei para a boca dela. Sua cara foi tão engraçada que comecei a gargalhar.

Ela foi ao banheiro e voltou com um novo batom, uma cabelo penteado e um pedaço de papel, que deu para Matheus.

- Onde está o Tomás? - Bia perguntou com o cenho franzido.

- Falando com o pai em algum lugar. - Ela fez um "hum" e sentou na cama.

Esperamos uns 10 minutos até ele aparecer.

Fomos em direção à saída e não demoramos muito para chegar. A festa seria em um bar famoso que havia em Pipa.

Não sei por que, mas tinha um mau pressentimento a respeito dessa festa.

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Desculpem qualquer erro.

O Meu Melhor Erro (Hiatus e  Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora