final

82 10 11
                                    


                                                                         23

O tempo passa e estou cada dia mais ligada a Humberto, Sabrina ganhou neném e é uma linda menina, sua mãe ao menos se aproximou dela após o nascimento de Sofia, a visitei algumas vezes, mas agora com a aproximação de meu parto ficou mais difícil, estou gorda e inchada, só tenho vontade de dormir.

Fernando esta com Erica, quem diria? Estou muito feliz por ele ter ficado com ela, pois é minha melhor amiga.

Mudei para a casa de Humberto e nós decidimos não nos casar por agora, para mim um papel não vai mudar o que eu sinto por ele.

Descobrimos que temos mais em comum do que imaginávamos e nossa ligação é surpreendente.

Estou na casa de Dona Marta, viemos almoçar no domingo. Após o almoço resolvo passear em seu jardim, o dia esta abafado e lá é sempre um local fresco, ela esta junto de mim, estamos falando sobre meu bebe, resolvemos não ver o sexo dele, queremos uma surpresa.

Se for menino vai chamar Gabriel e se for menina Gabriela, fizemos o enxoval unisex, assim que desço a escada sinto uma coisa escorrendo por minha perna, puxo meu vestido e quando vejo é uma água.

- A bolsa estourou. – Dona Marta grita. Ai meu Deus, minha bolsa? Meu parto é agora?

Começo a entrar em pânico, Humberto logo esta ao meu lado, me pega no colo e sai me levando para o carro.

- mãe tem como a senhora passar La em casa e levar a bolsa do bebe?

Ela faz que sim com a cabeça, ele entra no carro e lembra que se esqueceu de pegar a chave, foi até engraçado, parece esta mais desesperado do que eu.

- Boa sorte para você minha filha, vai dar tudo certo, só tem que ficar calma.

Humberto volta com a chave e arranca com o carro, começo a sentir uma dor de repente e solto um grito.

- O que foi esta tudo bem?

- Estou sentindo pontadas na barriga.

- Deve ser a tal contração, relaxa, lembra o que a medica disse, mantenha a respiração.

Humberto participou de algumas palestras comigo, aprendeu a dar banho, trocar fralda e a curar o umbigo, ele ficava todo orgulhoso de participar comigo, e em uma dessas foi falando sobre a preparação e dia do parto, ele prestou atenção direitinho e agora lembrou até da técnica.

Respiro como a medica disse e logo a dor passa, assim que entramos dentro da cidade o transito esta agarrado, começo a sentir um calor terrível e logo a dor volta, levanto os pés e os coloco no painel do carro, tento respirar mas não consigo.

Humberto liga o ar condicionado no Maximo, mas mesmo assim parece que estou dentro de um forno, o suor começa a descer por minhas costas e meu cabelo começa a grudar em meu pescoço, o transito não anda e a dor só aumenta.

- Acho que não vou aguentar chegar ao hospital Humberto.

- O que? – ele me olha com os olhos esbugalhados. – vai dar sim, segura as pontas ai.

Ele tenta cortar, mas os carros não estão deixando.

Faço força e sinto algo descendo.

- Humberto ta nascendo.

- Ai minha nossa senhora, o que eu faço?

- Não sei, continua dirigindo.

Eu faço mais força e coloco minha mão embaixo com medo de cair, o sinto deslizando e algo se rasgando em mim, a dor é grande, mas continuo fazendo força pra ele sair.

Humberto já esta na porta do hospital, ele sai desesperado e vem me pegar.

- Não, - eu grito pra ele. - Me deixa aqui, trás alguma enfermeira.

Ele corre para dentro do hospital e continuo fazendo minha força.

Eis que me surge ele com duas pessoas.

- Já coroou a criança, é melhor ela terminar aqui do que levarmos ela.

- Vamos faça força. – A mulher olha pra mim.

- Não consigo fazer mais. – eu tento explicar.

- Ele já saiu, falta pouco, vai só mais um pouco de força.

Eu faço o que a mulher diz e logo escuto um chorinho. Ho é ele, meu bebe.

Ela o pega no colo e me mostra, seu filho, eu sinto outra dor e sinto algo descendo.

- Tem algo descendo de novo. Eu coloco a mão.

A medica olha e sorri.

- Você vai ter que fazer mais força, em vem outra criança ai.

- O que? – eu e Humberto dizemos juntos.

A dor aumenta e eu faço mais força, sinto a pressão e logo a medica tira a outra criança.

- Parabéns, é uma menina.

Um homem chega com uma maca e sou colocada nela e levada para dentro do Hospital, estou com minhas duas crianças nos braços.

Ainda estou sem entender, como pode haver duas crianças? Fiz vários ultrassons para saber as medidas dos membros e a desenvoltura do bebe e em nenhum mostraram que eram duas crianças.

Na sala de cirurgia o medico corta o cordão umbilical e leva os bebes para tomar banho.

- Vai doer um pouco, mas vamos ter de dar uma anestesia para te dar um pequeno ponto. – ele faz o procedimento e me pergunta como vão chamar meus bebes. Gabriel e Gabriela não vai ser legal, vai ficar muito dupla sertaneja.

- È Gabriel e Larissa.

- Bonitos nomes.

Ele aplica a tal anestesia e nem sinto, a dor anterior cancela toda essa.

Assim que termina os pontos sou encaminhada para um quarto, Humberto esta com um sorriso no rosto, ele não o tira, esta balançando Larissa enquanto eu amamento Gabriel.

A hora da visita chega e todos vem nos visitar, a felicidade esta estampada no rosto de Antonio e dona Marta, Fernando então nem se fala, Erica já se candidatou para ser madrinha.

A maternidade me fez amar mais ainda Humberto, nossos filhos são bênçãos e nossa união ficou ainda melhor, nosso sexo não esfriou, muito pelo contrario, estamos cada dia mais quentes.

E treinando para ter nosso segundo casal

Fim..

Alma GemeaOnde histórias criam vida. Descubra agora