Cap. 8

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- Minha avó sempre dizia que em pé nós crescemos mais rápido. - era meu instinto desafiar.

- Senta. - ele grita me puxando pelo braço e me jogando na cama - Tire a roupa.

Bia?

- Me solta - grito tentando tirar ele de cima de mim - Não. Me solta.

Ele continuava a passar a mão em mim. Eu estava confusa e aflita, queria me teletransportar dali.
Ele tirou a minha blusa e foi descendo para as minhas pernas, ele estava passando a mão em minhas pernas.

- Sai - grito em vão. - Para com isso.

Ele tirou a minha calça e eu estava semi nua em sua frente. Eu conseguia sentir o seu bafo cheirando a álcool e ver seus olhos vermelhos de noites viradas, eu estava com nojo dele e principalmente de mim. Onde estava com a cabeça de confiar em Lucas.
Parei de respirar quando senti uma dor, a dor que mudaria o meu modo de pensar, de falar, de confiar, de vestir e a dor que mudaria o meu futuro.

- Bia, por favor. Acorda. - escuto alguém de longe gritando. - O que você tem? Acorda.

Eu não conseguia abrir os olhos, meu corpo estava imóvel, minha boca estava seca e eu estava com uma dor imensa na cabeça. Eu só queria que alguém me tirasse dali. Eu só queria sair dali.

Finalmente consegui abrir os olhos, foi quando vi a parede preta com listras brancas, as fotos de semana passada, os posters de fifith harmony e em minha frente o Augusto.
Me senti aliviada após Augusto dizer que era apenas um sonho. Minha mãe deu a ele um copo de água com açúcar e me abraçou logo em seguida, o abraço dele era tão aconchegante.

- Você quer me contar o que aconteceu? - Ele perguntou tirando uma mecha de meu rosto.

- Eu não estou bem.

- Confia em mim. - Ele diz

- Como fiz domingo à noite? - Pergunto

- Esquece aquilo. Você sabe que foi ela que me agarrou. Você viu.

- Eu vi o quanto você não quis retribuindo. - Digo enquanto ele olhava para minhas fotos.

- Talvez se você tivesse ido embora um segundo depois teria visto o que eu fiz.

- E o que você fez? - Pergunto me levantando.

- Empurrei ela e disse que gostava de outra.

- Que outra? - Pergunto, ele levanta e se aproxima

- Você. - Ele diz segurando o meu rosto.

- Eu sonhei com o Lucas. - Falo me afastando.

- Com o Lucas? - Ele pergunta decepcionado.

- Ele me estuprou. - Falo caindo em lágrimas.

- Não. Ele não te estuprou, foi um sonho e isso não é real. - Ele disse me abraçando.

- Eu estou com nojo.

Ele levanta a minha cabeça, olha nos meus olhos e diz.

- Você é linda e inteligente, Bia. Eu estou apaixonado por você, pela sua beleza, sua inteligência, seu humor, sua carisma, sua generosidade, sua humildade e tudo. - Ele continuou. - Porque tudo em você me fascina, me deixa completamente louco por você.

Eu não sabia o que dizer, eu não sabia como reagir. Foi tudo tão inesperada, tão rápido, tão mágico. Eu estava em um sonho, não conseguia acreditar que aquilo era real.

Ele se aproxima e eu consigo sentir o calor quente de sua respiração, nossas testas se tocaram e pude finalmente sentir o gosto de seu beijo, era tão suave, calmo e doce.

- Bia?

- Oi. - Falo olhando em seus olhos.

- Sei que parece loucura, mas você quer namorar comigo? - Ele pergunta.

- Sim.

Seus olhos brilharam quando eu disse sim, ele estava sorrindo todo bobo. E eu? Eu nem estava acreditando no que estava acontecendo, eu sempre sonhei com aquilo e agora isso tudo está se realizando. Sr. Desastre, não venha agora, por favor.

DesastreOnde histórias criam vida. Descubra agora