Desastre

Cap. 13

*Lucas*

Eu tinha visto na internet um ritual para me tornar rico. E para isso funcionar eu teria que fazer alguns símbolos em um corpo, tomar banho de sangue e beber as lágrimas de três adolescentes.
Eu haveria pensado em pegar três meninas, pois para mim meninas são fracas.
Aproveitei a noite da festa para executar o ato. Fiquei a noite toda observando e logo vi uma. Loira, ela estava bêbada e pelo que eu ouvi não haveria ninguém para leva-la para casa.

- Meu amigo tem um carro – falo e ela se vira me olhando confusa – Soube que você não tem ninguém para te buscar. Se quiser peço a meu amigo para te dar carona.

- Quero sim. Obrigada – Ela diz, sua voz era fina demais para sua beleza. Ela me abraçou logo em seguida e me acompanhou até o carro.

Essa foi fácil. Andersom a levaria para o lugar que aconteceria tudo e depois voltaria para pegar as que restavam.

Observei, andei, observei e nada. Até que vejo uma morena bêbada. Ela estava deitada no sofá roxo, a luz rosa que iluminava seu rosto agora é azul e a cada passo que eu dou para chegar até ela, as cores mudam de cor. Ela estava quase inconsciente chamando um nome. Natã.

Perguntei para ela onde essa tal pessoa estava e ela me respondeu com a voz embargada que ele haveria pedido um tempo a pobrezinha.
Mal sabia ela que aquele tempo duraria uma eternidade, pois eles nunca mais iriam se encontrar.

Disse a ela que iria leva-la para casa porque ela estava muito mal. Chamei Andersom e ele me ajudou a coloca-la no carro.

Eu estava quase desistindo da última, pois estavam todas acompanhadas.
Entrei no carro junto com Andersom e olhei pela janela.

- Nada, cara? – ele disse quebrando o silêncio.

- Vamos para outro lugar procurar. - respondi.

Ele liga o motor e eu observo a entrada da festa. Bianca estava saindo chorando, eu até pensei que não iria usa-la, pois era a bia, minha amiga, namorada do meu amigo, mas  ela seria minha última chance.

Ela estava muito nervosa quando entrou no carro, dei uma água batizada e ela dormiu.

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- Lucas. – Andersom me chama para a porta do quarto. – Tem alguém vindo aí.

- Droga! Logo agora que eu estava acabando. – ele me olha sem ideia do que fazer – Vamos fugir, tem algum lugar em mente?

- Sim. Você vai levar ela? – ele pergunta sw referindo a Bianca.

- Tá louco, mané. Corre.

Eu estou ferrado, não consegui terminar aquela merda e agora não vou ficar rico. Droga, droga!

Andersom dirigia rápido demais e a cada curva parecia que o carro iria capotar. Ele estava nervoso demais.

- Calma, cara. – falo após ele fazer a terceira curva, parecia que estávamos andando só com as suas rodas direitas. – Já estamos longe.

- Como você pede pra ter calma? Nós vamos preso, você é louco. – ele grita tirando os olhos da estrada para falar comigo – Aquilo nem ia dar certo.

- Olha pra frente, otário. – devolvi guiando o volante enquanto ele me olhava – Não tem ninguém atrás de nós, ninguém sabe de nós.
Aquelas meninas não nos conhecem, não sabem nem nossos nomes – seus ombros pareciam relaxados agora – Você acredita em retrato falado? Eu não.

- Você tem razão.