Desastre

Cap. 18

Gus disse que queria conversar comigo e que queria me dar uma coisa. Claro que eu aceitei porque eu não sou tão coração de pedra assim, mas para minha surpresa o que ele queria me dar era uma... Uma aliança.

- Sei que você ainda não me perdoou, mas eu gosto muito de você. - ele diz se agachando e abrindo a caixinha.

Ele realmente passou dos limites. Que diabos eu vou responder agora?
Não poderia dizer que sim, pois ainda estou bolada com ele, também não poderia dizer que não, pois me arrependeria depois.

- Não precisa aceitar agora.

Sorri sem graça para ele, era a única coisa que conseguia fazer. Por algum motivo não conseguia sentir ódio de Augusto naquele momento.

- Está bem. Aceito, mas é só porque meu coração é mole. - Estendo a mão para ele por.

Talvez seja uma péssima ideia ter aceitado essa coisa porque mais tarde eu sabia que iria me arrepender. E me arrependi.

Eu estou triste de mais por Gus ter me traído, mas o bichinho é tão lindo. Agora eu vou escutar minha música preferida e jogar uma indireta para Gus. 1000 hands. Não me importo se são duas da manhã, eu só quero chorar escutando essa belezura cantada por deusas.

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Eu dormi feito pedra, desde que acordei não consegui parar de olhar para o anel que estava no meu dedo. Ela é prata, com listra dourada e uma pedrinha brilhante em cima. Ela é... simplesmente linda e nada tira a atenção que estou dando a ela.

Eu decidi que iria perdoar Augusto hoje.
Me arrumei, e fui indo para seu apartamento até que minha mãe me para na cozinha dizendo que quer conversar sério comigo. Péssima hora, mãe.

- Já que você e Augusto estão brigados...

- Não por muito tempo. - falei interrompendo-a.

- ... Eu, sua mãe, poderia... Tentar alguma coisa com o pai dele. O que acha?

Cuspi na hora água que estava bebendo. Oi?
Mães separadas não podem namorar, sei lá. É tipo uma regra básica de filho adolescente, não tem como aceitar isso. Estou até agora sem entender, mas ela está bem e é melhor porque aí ela não vai mais sofrer por meu pai.

- Tudo bem, mas o que tem haver nós estarmos brigados?

- É que vocês seriam meio que irmãos.

- Mãe, não me absorva. - parei na hora de gargalhar quando ela me olhou séria. - Não tem nada haver esse negócio de irmãos aí. Hoje vou voltar com Augusto. Espero.

Depois de falar, eu fui para o corredor e eram nove passos até seu apartamento. Nove passos que eu me tornaria feliz ou não, pois assim que completei três passos Mands, minha irmãzinha sai do apartamento de Gus me olhando com aquele sorriso cínico.

Queria entrar correndo em meu apartamento, mas algo estava prendendo meu pé ao chão, como se eu estivesse presa e sendo torturada com várias facadas em meu coração.

Mands não precisou dizer nada, apenas com seu olhar eu pude deduzir o que aconteceu.
Meus olhos estavam marejados, meu coração quebrado e meu rosto ardia como se eu tivesse recebido milhões de tapas.