A água entrava ao mesmo tempo que o corpo afundava
Com os pesos nos pés
Os pesos da dor, perda, depressão e ansiedade
O corpo oco ia ao fundo
Ia ao fundo lentamente
Numa dor agonizante
A água entrava devagar
E sentia cada célula do seu corpo a morrer
Coração oco que não sente
Coração cheio que sente demais
Corpo dividido entre a sanidade e loucura
Sonho perdido no fundo mar
Não tinha vida de gente
Nada a relembrar
Não era memória que ficasse
Apenas vulto que passa rapidamente
Lágrimas amargas que caem
Sonho perdido na juventude
Futuro vazio e fútil
Vida que acaba sem ser flor
Coração oco que não sente
Coração cheio que sente demais
Corpo dividido entre a sanidade e loucura
Sonho perdido no fundo do mar
-JM
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III
PoesíaO meu terceiro livro de poesia pessoal. Estes são os meus sentimentos que mais ninguém conhece. Espero que goste. Por favor não plagie, use a sua criatividade :)