quarto capítulo

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O sol se escondia timidamente atrás da minha casa , era lindo ver o por do sol baixo da árvore onde eu estava , as vezes eu ficava muito tempo só observando o sol, até que ele sumisse por completo.
Assim que o sol se escondeu ouvi um barulho que vinha da rua de baixo, parecia ser crianças brincando, não sei ao certo quantas são , mas pareciam estar gostando da brincadeira. Elas gritavam e riam ao mesmo tempo , em alguns momentos corriam e em outros só conversavam.
Da minha casa não conseguia ver a rua de baixo mas dava para escutar bem oque acontecia lá, aquelas crianças pareciam tão felizes e as brincadeiras delas pareciam bem divertidas , neste momento me peguei sorrindo e por um instante esqueci que era paralítico e no inpulso quis correr como elas ,mas assim que notei que minhas pernas não se moveram , voltei a realidade e desfiz o sorriso e respirei fundo , nunca havia sentindo isso antes , nunca havia sentido falta do movimento das minhas pernas.
Aquela noite foi estranho pra mim , depois do jantar pedi para minha mãe me levar para o quarto , ela achou estranho , mas eu disse apenas que estava cansado.
Deitado na minha cama no escuro do meu quarto me lembrava do som do sorriso das crianças na rua de baixo. Como seria essas crianças?
Liguei a lâmpada do abajur ao lado da minha cama ,peguei meu caderno e fiz alguns esbousos de como eu imaginava que elas eram, por mais que eu não pudesse estar com elas passei a gostar de escuta -las brincar.
Todos os dias depois das cinco da tarde eu ia para de baixo da árvore para ouvir as crianças bricarem , nem sempre elas estavam lá mas eu ia mesmo assim ,não importa se estáva calor ou frio eu sempre estava lá , e a noite deitado na minha cama, eu criava desenhos e histórias sobre elas e sobre que tipo de brincadeira elas faziam.
Nas minhas história, como não sabia o nome delas ,inventei nomes fictícios. Tinha o Carlinhos ,que era muito briguento , o João que era muito bom no futebol , o Jeferson que era o líder do grupo e a Nanda que era irmã do Carlinhos.
Nessas história que eu inventava,
imaginava como se minhas pernas estivessem boas e eu pudesse correr como o vento, como se eu pudesse pular e brincar na areia, jogar futebol e quando cansar ,sentar na calçada e sorri...sorri como nunca sorri antes.

Na Rua De BaixoOnde histórias criam vida. Descubra agora