decimo primeiro capitulo

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Já passava das seis da tarde quando o baby chegou na minha casa correndo com um folheto na mão, ele estava ansioso e ainda com a mochila nas costas mal conseguia falar depois de ter corrido tanto. Antes mesmo de recuperar o fôlego ele me entregou o folheto com o carimbo da escola. Na verdade depois de ler consegui entender bem aquele entusiasmos.

O governo do estado junto com a prefeitura da cidade estava promovendo uma competição interescolar com varias provas, e uma parte do dinheiro arrecadado com os ingressos dos eventos, seria repassado para o centro de ajuda a crianças com câncer.

Tinha entre as competições, provas como de soletrar , xadrez , matemática , corrida entre outras mas o interessante disso tudo estava no fim do folheto.

A pedido das escolas particulares que também participariam do evento, colocaram na ultima hora a corrida de kart.

Na verdade as escolas publicas não colocariam esse tipo competição , porque sairia muito caro para a prefeitura ,e poucas crianças de escolas publicas sabiam pilotar um kart.

Depois de ler uma parte do folheto fiquei bem entusiasmado com o que acabara de ler.

Chamei a senhorita Liza, que veio ao meu encontro ainda com as mãos molhadas da louça que estava lavando. Com um sorriso que não conseguia controlar mostrei o folheto para ela e pedi para ela me escrever no evento mas assim que conclui a frase ela se ajoelhou perto de mim e com um olhar de tristeza me alertou quanto ao regulamento que estava na parte de traz da folha.
O ultimo parágrafo do regulamento dizia claramente:

* Todos os participantes deveram estar matriculado e freqüentando escolas publicas ou particulares.

Abaixei a cabeça com um semblante entristecido peguei o folheto novamente e fiquei olhando desfalecido para o papel em minha mão.
A senhorita Liza disse que como trabalhava na escola já sabia desse evento e que não tinha a intenção de me contar porque sabia que eu ficaria decepcionado ao saber que eu não poderia participar.
Acompanhei o baby ate o portão da minha casa sem dizer sequer uma palavra deixei que ele saísse, mas depois que passou um ônibus escolar, me enchi novamente de esperança assim que uma idéia me veio a mente. Gritei para que o baby voltasse e assim que ele retornou compartilhei com ele minha grande idéia e fomos juntos tentar convencer a senhorita Liza.

- Você quer que eu te matricule nas escola que eu trabalho? Perguntou a senhorita Liza com um jeito assustado.

Respondi que sim , e justifiquei dizendo que seria a única maneira de conseguir participar do evento.

Não entendi muito bem, mas a senhorita Liza me respondeu negativamente e não deixou espaço para negociações.

Depois que negou o meu pedido sem justificativa, ela simplesmente se virou e subiu para o quarto que antes era da minha mãe e fechou a porta atrás de si.

Na Rua De BaixoOnde histórias criam vida. Descubra agora