Capítulo 29

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- Já deve ter percebido que não vai a lugar nenhum. - ele riu debochando enquanto dava a volta por mim - Sabe o que é isso Taylor? - ele me mostrou o que parecia ser um cartão de memória ou um chip.

- Não sei e nem quero saber. - respondi rispidamente.

- Vai querer saber sim, já que tem haver com as empresas do seu querido pai. - ele apoiou as duas mãos em minhas pernas e me encarou nos olhos - Com isso aqui eu posso acabar de vez com as empresas Smith, aqui contém informações que nem Logan poderia imaginar. E o que quero em troca disso? Você vai transferir toda sua fortuna para mim e me dar também não só a presidência como as empresas.

- NUNCA! - vociferei sendo calada por um soco.

- Você está em desvantagem aqui, não aumente a voz para mim. - murmurou entre os dentes - Gosta de apanhar então? Porque é o que vou fazer se não obedecer minhas ordens.

- Seu inútil!! - esbravejei cuspindo sangue na cara dele.

- Isso não foi legal. - indagou limpando o rosto e me dando um tapa.

Pude sentir o sabor do sangue que jorrava em minha boca, em seguida seu celular tocou e ele se retirou para atender. Aproveitei essa deixa para tentar me soltar da cadeira o que foi em vão, pra minha sorte havia uma parte amassada do ferro que eu aproveitei para tentar serrar a corda. O capanga dele mantinha guarda na porta da sala em que eu estava, que por sinal era um lugar velho e um tanto acabado.

Ser seqüestrada um dia antes do casamento não estava sendo legal, a todo momento Hayley vinha à minha cabeça, imagino sua decepção em não me ver a esperando no altar.

Logo Stanley retornou me dando vários golpes enquanto eu me negava a fazer o que me era pedido, não daria esse gostinho a ele e não decepcionaria meu pai. Eu sabia que depois que transferisse tudo para o nome dele mesmo assim sairia daqui em um saco preto.

Horas depois....

- Está com sede? - perguntou enquanto bebia algo - Irá continuar assim, podemos acabar com isso agora se você fizer o que eu pedi.

- Foda-se você e sua água. - disse o encarando enquanto ainda tentava serrar a corda.

- Vou para os meus aposentos, darei um tempo necessário para você pensar, espero já ter uma resposta quando eu voltar. - ele deu as costas e comecou a andar em direção a porta.

- EU VOU TE MATAR SEU DESGRAÇADO!! - gritei fazendo minha voz emitir eco.

- Trate de fechar a boca dessa cadela. - ordenou ao capanga se retirando em seguida.

Logo o capacho dele amarrou um pano na minha boca, cadê Dominguez com a polícia? Será que ele não rastreou o celular de Stanley como pedi? E se viu a mensagem porque não rastreou o meu ainda? Meus punhos e tornozelos estão doendo de tão apertado que estão essas cordas. Tentei me manter acordada a todo instante, meu rosto estava dolorido pelos golpes que levei, fechei os olhos por alguns minutos para repor minhas energias, a fome e a sede estavam me torturando, minha única saída era tentar adormecer para enganar essa tortura.

No dia seguinte fui acordada com um tapa na cara, lancei-lhe um olhar furioso, Stanley sorria enquanto me via tentar cuspir o sangue que havia juntado em minha boca, não conseguia por pra fora por conta do pano. E para que eu não engasgasse com o próprio sangue ele desamarrou o pano em minha boca me fazendo colocar pra fora todo sangue que estava acumulado.

- Quer água? - ele pegou uma garrafinha de água - Toma.. - em seguida começou a despejar em minha cabeça.

- Idiota! - vociferei dando-lhe uma rasteira e em seguida um soco na cara pegando por fim o cartão de memória que havia em seu bolso.

Que Sorte a Nossa (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora