Capítulo 21

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Quando todos finalmente foram embora nos reunimos na sala de TV para ver o tal vídeo, minha cabeça fervilhava de tanta raiva que eu estava sentindo por conta dele ter conseguido "invadir" o aniversário de Tracy. Conectei o notebook na televisão e coloquei o pendrive, em poucos minutos lá estava ele, era como se o próprio estivesse na nossa frente nos olhando.

- Oi Tracy! O que achou do meu presente? Espero que tenha gostado. - ele deu um riso - Foi difícil encontrá-lo, mas o meu assunto mesmo é com sua irmã, o presente foi só pra você saber que não me esqueci do seu aniversário. Sabe Taylor eu podia ter matado você e sua donzela aquela noite, mas quero ter a honra de poder me divertir com vocês mais um pouco, tenho muitas novas brincadeiras pra gente. - ele riu - Espero que saiba que seu dinheiro pouco me interessa, eu só quero apenas poder mandar você para o inferno, soube que triplicou a segurança da mansão com medinho, é bom que tenha medo mesmo Taylor porque eu estarei muito mais perto de você quanto imagina.

- FILHO DA PUTA! - gritei dando um soco na mesinha de centro ao terminar o vídeo, todas se assustaram com o estrondo.

- Calma Taylor ele não vai chegar perto de nós novamente não é? - disse Hayley tentando me acalmar.

- Eu não vou ter calma enquanto não pegar esse desgraçado ou seja lá quem esteja por trás dessa fantasia ridícula. - murmurei irritada.

- O que pretende fazer? - agora era Penny preocupada.

- Vou mandá-lo para o inferno primeiro. - resmunguei virando a cadeira e indo para a porta envidraçada da sala.

Sai sem dizer mais nenhuma palavra, minha cabeça estava uma pilha de nervos, precisava respirar, precisava fumar um cigarro. Faz tempo que não faço isso, mas sentia falta a cada estresse que me afligem. Respirei fundo tentando trazer todo ar que precisava para os meus pulmões, sumiria de Londres por um tempo se pudesse, poder eu posso né, o que não posso mesmo é deixá-las aqui com todo esse problema.

- Amor você não vem dormir? - perguntou Hayley me tirando do mundo paralelo.

- Eu já vou, já tomou seus remédios? - indaguei virando-me para ela.

- Sim, agora a enfermeira irá refazer os curativos. - explicou.

- Sabe que a pouco havia sentido Sr Smith lamber meu pé? -disse pensativa.

- Impossível! Ou não... - ela fez uma cara pensativa - Não seria coisa da sua cabeça?

- Também havia pensado nisso. - disse desapontada - Talvez minha vontade seja tão grande em querer voltar a andar logo que meu cérebro acaba brincando comigo.

- Seja paciente, eu vou deitar está bem? Os remédios estão me dando sono. - ela selou meus lábios.

- Vou com você, todo esse problema me deixou com dor de cabeça. - respirei fundo e a acompanhei.

Acordei no dia seguinte com uma sensação estranha no meu pé, aos poucos a imagem do quarto ia se fazendo diante dos meus olhos, ainda estava sonolenta, ao olhar pro meu pé lá estava o Sr Smith me lambendo outra vez.

Em um movimento muito rápido quase imperceptível meu pé mexeu por conta do reflexo, eu não estava acreditando nisso, e ao ver meu pé mexer o Sr Smith cravou suas unhas como quem quisesse brincar com Eles.

- Aiii... Assim não Sr Smith. - resmunguei baixinho para não acordar Hayley.

- Ainda tá cedo amor, dorme. - resmungou ela virando para o outro lado.

E logo em seguida ele saltou da cama e correu, me peguei pensando se estaria mesmo sentindo essas coisas, foi então que tentei me levantar da cama dessa vez sem a cadeira de rodas.

Que Sorte a Nossa (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora