Capítulo 11

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Umas semanas depois*

De manhã levantei-me, preparei-me e desci para a cozinha, agarrei numa maçã e saí.

Estava a sair de casa quando recebo uma sms do Harry.

Mensagem ON*

Bom dia pequenina  estou já a sair de casa, espera por mim sfv.

Mensagem OFF*

Mal acabei de ler a mensagem vi o Harry no fundo da rua, sorri-lhe e ele retribuiu.

Harry: Bom dia pequenina, dormiste bem? – Deu-me um beijo na cara.

Eu: Bom dia grande. – Ri-me. – Sim, dormi e tu?

Harry: Também. – Sorriu.

Eu: Ainda bem.

Fomos o caminho todo a falar, neste tempo que passou temo-nos conhecido bastante e cada vez nos estamos a dar melhor, chegámos à escola e a Nicole foi logo colar-se ao Harry. Eles já tinham feito o trabalho (à algum tempo até), mas apesar disso ela continuava a colar-se a ele todos os dias, e quando eu digo todos os dias, era mesmo todos os dias, como se fossem muito amigos.

Nicole: Olá Harry! – Com uma voz super sínica, dando-lhe um beijo bem perto do canto da boca.

Eu fiquei pasmada a olhar para aquilo. O Harry afastou-se logo dela, ele tem tido muita paciência para a aturar, mas acho que isto hoje foi a gota de água.

Harry: Oh miúda, já chega não? Já acabámos o trabalho, escusas de estar sempre colada a mim! Para além do mais, a Chloe também está sempre comigo e nunca vi tu a cumprimentá-la, ela é minha amiga!

Nicole: Mas essa aí nem merece a tua amizade! Tu tens é de andar com pessoas como eu!

Eu: Essa aí é a filha da tua avó! – Disse eu.

Harry: Ahahahah, Chloe 1 – Nicole 0. – Disse o Harry.

Nicole: Chamas-te o quê à minha avó?

Eu: A sério, esquece! Não vou gastar o meu tempo contigo!

Nicole: Oh ‘tadinha, deves ter a agenda muito preenchida com a tua popularidade, ahahah, é pena é ser pelas piores razões! És horrível, nem devias ter nascido! Como é que os teus pais se sentem ao ter uma filha como tu?!

Eu: Tu não voltas a falar dos meus pais! Não os conheces de lado nenhum para estares a falar deles! – Saí dali a correr, já a chorar e fui para o jardim.

HARRY ON*

Eu: Os teus pais é que não devem ter nenhum orgulho em ti! – Disse à Nicole.

Onde é que será que a Chloe está? Fui ao jardim e lá estava ela.

CHLOE ON*

Harry: Chloe, porque é que estás assim?

Eu: Ela não devia ter falado dos meus pais, não dos meus pais!

Harry: Não me queres contar essa história? É que eu nunca cheguei a perceber.

Eu: O meu pai morreu num acidente quando eu tinha 9 anos e a minha mãe morreu à 5 meses com cancro (na mama). – Comecei a chorar ainda mais.

O Harry abraçou-me e não disse nada, ele sabia que eu naquele momento só precisava de um abraço e não de palavras.

Tocou e disse ao Harry que não queria ir às aulas, mas insisti para que ele fosse, ele não me quis deixar sozinha, então ficou comigo. Saí-mos da escola e fomos a um parque lá perto, estivemos lá até à hora de almoço e depois ele convidou-me para ir a casa dele almoçar e eu aceitei, fomos para casa dele, chegámos e ele mostrou-me a casa (sim, porque apesar de nos conhecer-mos à 2 meses, eu nunca tinha visto a casa dele toda), até que chegámos à porta do quarto dele. Entrámos e ele mostrou-me o quarto, depois descemos até à cozinha e ele começou a preparar o almoço, ainda lhe perguntei se queria ajuda mas ele não aceitou.

Sentei-me ao pé de um balcão que havia na cozinha e fiquei a ver o que ele fazia, estava sempre a fazer palhaçadas e eu só me ria.

Harry: Bem, já que aqui estás, vais ter de ver as minhas qualidades todas na cozinha. O que é que me dizes de eu fazer um bolo para a sobremesa? – Perguntou ele com um sorriso de orelha a orelha.

Eu: Acho uma ótima ideia, ou melhor, só te deixo fazer com uma condição!

Harry: Qual?

Eu: Tens de me deixar ajudar-te a fazê-lo.

Harry: Ahahahah, pronto está bem, pode ser.

Ele foi buscar os ingredientes todos, eu punha-os numa taça e ele “batia-os” com a batedeira. Eu estava a agarrar no pacote da farinha e não sei como, escorregou-me das mãos indo parar à roupa do Harry. Eu fiquei super nervosa.

Eu: Ai, meu Deus. Desculpa Harry, desculpa, desculpa, desculpa, …

Harry: É guerra que tu queres? É guerra que vais ter! – Disse-me a rir-se, enquanto começou a atirar-me farinha.

Never Give UpOnde histórias criam vida. Descubra agora