Robin: E já lhe tentas-te ligar?
Eu: Sim, claro, várias vezes.
Anne: Secalhar é melhor irmos à polícia.
Eu: Sim, também já tinha pensado nisso e acho que é melhor. Estou tão preocupado, imaginem se aconteceu alguma coisa.
Gemma: Não aconteceu nada, não penses no pior.
Robin: Vá, vamos lá.
Saímos de casa e fomos direitos à esquadra da polícia, quando chegámos, fomos até à receção.
Anne: Boa noite, queríamos denunciar um desaparecimento.
Xxx: Boa noite, espere um pouco que vou chamar um polícia responsável pelos casos de desaparecimentos.
Esperámos uns minutos e chegou um polícia ao pé de nós.
Polícia: Boa noite, sou o Agente Connor, em que posso ajudar?
Eu: Boa noite, queríamos denunciar um desaparecimento.
A. Connor: E de quem se trata?
Eu: Da minha namorada, Chloe Carter.
A. Connor: Quando foi a última vez que a viu?
Eu: Hoje de manhã, antes de ir trabalhar.
A. Connor: Ela tem que idade?
Eu: Tem 18 anos.
A. Connor: Peço imensa desculpa, mas só podemos iniciar as buscas ao fim de 48 horas.
Eu: Mas imagine que lhe acontece alguma coisa antes, por favor, ajude-me! – Pedi, tentando conter as lágrimas que já teimavam em cair.
A. Connor: Desculpe, mas antes das 48 horas não podemos fazer nada.
Eu: Mas o padrasto dela pode-lhe ter feito alguma coisa!
A. Connor: O que é que o padrasto da sua namorada pode ter haver?
Eu: Antes de a Chloe viver comigo, ela morava com o padrasto, ele costumava estar sempre bêbado e batia-lhe, tudo começou quando a mãe dela morreu. Houve uma vez que o padrasto dela a trancou no quarto durante vários dias e então ela fugiu, a partir daí começou a viver comigo e nunca mais viu o padrasto.
A. Connor: Então trata-se de violência doméstica. Isso já é diferente! Pode-me dar a morada da sua namorada, por favor?
Eu: Claro, é …
A. Connor: Muito obrigado, agora podem ir para casa que nós vamos mantendo-vos informados. Deixe-nos aí o seu contacto, por favor.
Eu: Claro. – Disse, agarrando num papel e numa caneta, apontando o meu número.
Robin: Muito obrigado, vamos ficar à espera de notícias.
Anne: Vamos querido. – Disse agarrando no meu braço.
Saímos da esquadra e fomos para casa.
Chloe ON*
O meu padrasto agarrou-me mais uma vez e voltou a bater-me, o meu corpo já estava cheio de hematomas e nódoas negras, estava a ser um dos piores momentos da minha vida, se não era o pior mesmo, só rezava para que alguém aparecesse, não iria aguentar muito mais tempo.
Padrasto: Isto é para aprenderes… A nunca mais me desobedecer… E a nunca mais fugires de casa! – Gritou, enquanto me dava estalos.
Eu não respondi, não tinha forças para o enfrentar. Ele agarrou-me pelos cabelos, levantando um pouco a minha cabeça e ombros, devido ao facto de eu estar deitada, eu só conseguia dar pequenos e silenciosos gemidos de dor, deu-me um estalo bastante agressivo, o que fez com que eu batesse com a cabeça no chão e ficasse inconsciente.