Eu: Amor, sou eu, o Harry.
Chloe: Amor?... Harry?... – Fez uma pequena pausa. – Quem… sou… eu?... Onde… é que… estou?
Comecei a deixar cair algumas lágrimas, ao perceber que ela não se lembrava de nada.
Eu: Eu sou o Harry, o teu namorado.
Chloe: Na… namorado?...
Eu: Sim… Agora descansa, por favor.
Chloe: Quem… sou… eu?...
Não sabia de lhe havia de responder ou apenas deixá-la descansar, mas ela insistia para saber quem era.
Eu: Chamas-te Chloe, tens 18 anos e vives comigo.
Chloe: Vi… vivo contigo?... Sozinhos?...
Eu: Não, comigo, com a minha mãe, a minha irmã e o meu padrasto.
Chloe: Então... e… os meus… pais?... Porque… é que… eu… não vivo… com eles?...
Eu: Não te lembras mesmo de nada?
Chloe: Não… – Disse, deixando cair uma lágrima.
Chloe ON*
Estava assustada, não me consigo lembrar de nada, mas afinal quem sou eu? Porque é que estou aqui… assim? Olhava para o tal Harry para tentar lembrar-me de algo, mas não conseguia. E agora? Tinha tantas perguntas na minha cabeça, às quais não tinha resposta. Comecei a sentir-me mal, ainda mais fraca do que já estava e a máquina à qual eu estava ligada, começou a apitar cada vez mais rápido.
Harry (agarrou a minha mão): Calma amor!
Eu afastei a minha mão, afinal de contas, não sabia quem era ele.
Eu: Não… me… chames… amor!... – Sussurrei, cada vez com menos força.
Harry: Desculpa!... Mas tem calma.
Harry ON*
O médico de repente entrou no quarto, com a enfermeira atrás, dirigindo-se a correr para ao pé da máquina, que estava a emitir um som cada vez mais rápido.
Eu: O que é que se está a passar com ela, doutor?
No momento em que perguntei isto, só vimos a Chloe a perder os sentidos, eu agarrei logo na mão dela.
Eu: Chloe, não… não me faças isto, por favor! Acorda! Abre os olhos!
Médico: Vou ter de lhe pedir para sair já, por favor! – Disse, enquanto me tentava afastar dela.
Eu: Não! Agora não! Eu preciso de ver a Chloe acordada! Não lhe pode acontecer nada, não pode!
As lágrimas começavam a cair cada vez com mais intensidade, isto estava a ser demasiado difícil para mim, eu não aguentaria se acontecesse alguma coisa a Chloe. Vi a enfermeira a ir ao corredor e passados segundos voltou a entrar, com um segurança atrás. O segurança agarrou-me.
Segurança: Venha comigo, por favor!
Eu: Não, não a posso deixar sozinha agora!
Eu estava completamente sem forças, desnorteado. O segurança lá conseguiu com que eu viesse cá para fora e levou-me até à sala de espera, onde estava a minha mãe, ela quando me viu e quando viu o meu estado veio logo apressadamente ter comigo.
Anne: O que é que se passou Hazza?
Eu: Mãe… - Abraçei-a com bastante força, chorando.
Anne: Calma amor… A mãe está aqui!