Acordei e comecei a olhar para os lados, já não estava no carro.
Eu: Já chegámos? – Perguntei ao Harry que estava sentado ao meu lado.
Harry: Já pequenina, bem-vinda à nossa nova casa. – Sorriu-me. – Obrigada por teres vindo comigo, por nunca me abandonares e fazeres de mim o rapaz mais feliz do mundo.
Eu: Da mesma maneira que tu nunca me deixas-te sozinha e estiveste sempre ao meu lado, eu também vou estar aqui sempre para ti amor e tu sim, tu é que fazes de mim a rapariga mais feliz do mundo. – Aproximei a minha cara da do Harry e uni os meus lábios ao dele.
A semana foi passando, a audição do Harry era na sexta-feira, ele ficava em casa a ensaiar ou então a descansar e eu como estava farta de estar em casa, decidi ir à procura de emprego, algo me dizia que nós íamos continuar por mais tempo em Londres.
Encontrei alguns que achei interessantes, mas houve um que me interessou mais, era um atelier de desenho, não sei se alguma vez vos contei, mas eu tenho uma paixão por desenho, quando era mais nova e antes de a minha mãe morrer, eu estava lhe sempre a dizer que queria ir para uma escola de artes, só que depois ela morreu e o meu padrasto não autorizou. Decidi entrar e ver o ambiente, era bastante agradável. Quando me estava a dirigir à receção para pedir informações sobre como poderia arranjar uma entrevista, senti alguém a ir contra mim, fazendo-me desequilibrar. Quando olhei, o chão estava cheio de capas e folhas, provavelmente a pessoa ia com tanta presa e com tantas coisas que não me viu. Olhei para cima, para a pessoa que estava parada à minha frente com uma cara aterrorizada. Tenho de admitir que fiquei espantada com o que vi, era um rapaz, bastante bonito, tinha cabelo castanho e se não me engano, olhos verdes, não lhe dava mais que 20 anos.
Xxx: Desculpa, desculpa, desculpa. – Disse, dando-me a mão e pondo a outro no meu braço para me ajudar a levantar.
Eu: Não te preocupes, não há problema, já vi que estavas bastante carregado.
Xxx: Sim é verdade, isto é uma trabalheira. – Começou a rir-se.
Eu: Acredito. – Ri-me também.
Xxx: Bem, eu sou o Luke… Luke Baker. – Aproximou a sua mão, para me cumprimentar com um aperto de mão.
Eu: Eu sou a Chloe… Chloe Carter. – Retribui o gesto e apertei a sua mão.
Luke: Nunca te vi cá, és nova?
Eu: Pois é normal, nunca vim cá, mudei-me à pouco para Londres.
Luke: Hum, e precisas de ajuda para alguma coisa?
Eu: Ia agora à receção, antes de ires contra mim. – Sorri. – Para tentar arranjar uma entrevista de emprego.
Luke: Então deixa-me ajudar-te, para te compensar do que aconteceu.
Eu: Como é que me podes ajudar?
Luke: Vem atrás de mim, vou levar-te ao dono.
Eu: A sério? – Sorri.
Luke: Sim… Anda.
Andámos até pararmos à frente de uma porta grande, o Luke bateu duas vezes e ouvimos uma voz lá de dentro a dizer para entrar, ele abriu a porta e entrámos.
Luke: Pai, está aqui uma rapariga para fazer uma entrevista de emprego e como sei que estás à procura de pessoas novas…
Eu: Pai? – Sussurrei ao ouvido do Luke.
Ele olhou para mim e sorriu.
Xxx: Sim é verdade que estamos a precisar de pessoas novas.
Ele levantou-se da sua enorme cadeira e estendeu a mão para me cumprimentar, fui um pouco à frente e retribui o gesto, cumprimentando-o.