— Ludwig, como Van Beethoven? — perguntou Emma quebrando o silêncio no carro
— Ah minha mãe, um ser humano muito criativo — disse zombeteiro — Se eu ganhasse um dólar por cada vez que me fizeram essa perguntar, Regina Mills estaria dirigindo e eu estaria no banco de trás do carro
Emma não conseguiu conter-se e deu uma risada vívida que foi acompanhada pelo motorista. Secando o canto dos olhos com o indicador, disse:
— Ela não é uma megera, é?
— Ah não, a Srta. Mills é um amor, muito doce. Ela só não demonstra muito — ele olhou-a pelo retrovisor — Ela é uma mulher muito, como podemos dizer, reservada.
— Ah... E ela costuma emprestar seu estimado motorista assim, para uma estranha? — perguntou ela
— A senhorita é uma moça muito curiosa — riu ele profundamente — Mas não, ela não costuma. A menos que...
— A menos que... ? — Emma arqueou as sobrancelhas
— Hm, eu não sei. — mentiu descaradamente
A loira semicerrou os olhos e cruzou os braços para o senhor. Ele deu de ombros com um sorriso brincalhão no rosto — ela entendia que ele não poderia contar qualquer que fosse esse "a menos que".
A noite tomara o céu por completo. Passavam agora pela rua do pub onde Lacey e August a esperavam e ela mal percebera quando Ludwig parara pois estava remoendo o largo sorriso de Regina em sua mente.— Chegamos — alertou
Puxando o freio de mão e desligando o carro, o senhor saiu do carro deslizando do banco do motorista para abrir a porta para a loira. Estendendo a mão para ela, Ludwig ajuda Emma a sair do veículo graciosamente como se ela fosse uma noiva prestes a entrar na igreja.
O sobretudo azul cai-lhe perfeitamente junto ao corpo quando fica de pé e sorri ao ver as caras de seus amigos com vários pontos de interrogação.— Tchau Ludwig — Emma deu um meio abraço no mesmo — Obrigada
— Tchau senhorita Swan — sorriu ao se afastarem — Cuide-se
O senhor entrou no carro e zarpou noite a dentro, dando meia volta e voltando para o centro da cidade. Mal o carro despontou na esquina e os amigos de Emma a lotaram de perguntas.
— Você não tinha me contado que a Em ganhou na Mega-Sena — disse August com seu sotaque arrastado do Texas
— E eu não ganhei — gargalho ela — Foi uma gentileza — sorriu involuntariamente
— Regina — disse para August que estava sem entender nada
O rapaz fez um "ah" de quem entendeu e todos riram. Lacey deu o braço para Emma e August e juntos entraram no pub onde beberiam até não serem capazes que pisar no chão sem cair.
— Como você se perdeu em NY, Pinóquio?! — perguntou curiosa
— Perdido?! — perguntou ele confuso — Morávamos no mesmo abrigo Em, não tem como eu me perder na minha cidad- ai Lacey!
Bela deu um pisão no pé de August para que ele calasse a boca e passou um olhar atravessado para ele.
Emma xingou-se por dentro — como não percebera que Lacey estava mentindo mais cedo quando estavam na casa de Regina?
Ela olhou para a amiga de cara feia e a mesma sustentou o olhar com um sorriso sínico nos lábios.
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A Pianista
RomanceCheiro de terra molhada, vidro embaçado, xícara de café sobre a escrivaninha, e folhas rabiscadas com poucas palavras. Ali tinha um sentimento: saudade. Mas não era saudade de uma moça, uma amizade, um conhecido ou um rosto nada familiar... Era saud...