Gêmeas Em Apuros

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    Semanas depois, Matheus apareceu no meu apartamento em um período que eu estava completamente sozinha. Me passei por Marisa para não ter problemas caso ele me beijasse, já que eles estavam namorando.
É meio confuso toda essa história de trocar de lugar. Matheus gosta de mim, mas minha irmã é quem gosta dele, aí ela se passa por mim para poder namorar com ele. Acho isso muito complicado para mim.

— Você é a Marisa? — Perguntou confuso ao recebe-lo na porta.

— Sim. Sente-se aqui! — Apontei para o sofá frente a tevê de cinqüenta e duas polegadas. Tinha um programa que eu amava assistir, e não delisguei a tevê porque não queria perder nada do episódio que estava passando.

— Obrigado. — Agradeceu ao se sentar.

— Bom, Elisa vai demorar um pouco para chegar. — Avisei.

— Tudo bem, posso espera-la aqui?

— Tá, pode sim.

  Ficamos por um longo momento em silêncio, apenas assistindo ao programa. Então tomei a iniciativa de começar uma conversa, mas eu queria saber da parte dele como estava seu relacionamento com minha irmã.

— Então, Matheus, como vai você e Elisa? — Perguntei o encarando.

— Maravilhoso! — Suspirou — Ela é incrível em todos os aspectos.

— E você está mesmo gostando dela?

— Sim. Eu à amo muito mais do que poderia imaginar. Ela tem me mostrado o verdadeiro sentido da vida, sabe? Ela é bastante profunda em todos os aspectos. É alegre, divertida, calma e paciente. E sempre vê o lado bom das coisas, mesmo estando arrasada. — Dava pra ver o brilho em seus olhos apaixonados quando falava de Marisa.

— Fico feliz por vocês. Elisa é muito sensível, acho bom que cuide bem dela.

— Nunca irei machuca-la. Eu à amo de verdade. — Era engraçado ouvi-lo dizer isso diante dessa situação. Na verdade, ele não estava gostando de mim, e sim da Marisa, que estava o conquistando a cada dia como ela realmente é.

   Alguns longos minutos depois, Marisa chegou com um monte de sacolas.

— Oi, meu amor! Não sabia que você viria me visitar hoje. — Disse Marisa surpresa e feliz ao ver Matheus.

— Pois é, queria te fazer uma surpresinha. — Disse Matheus a beijando.

— Vocês dois são tão fofos juntos! — Elogiei — Bom, vou deixa-los a vontade, qualquer coisa tô lá em cima.

— Tá. — Respondeu Marisa.

     Subi até o terraço do prédio onde costumava ficar quando estava precisando de um tempo só para mim. Alguns minutos depois, Eduardo aparece logo atrás de mim me pegando pela cintura.

— Oi, meu amor! — Disse me dando um beijo no pescoço. — O que está fazendo aqui sozinha?

— Nada, apenas pensando um pouco. — Me virei para ele e o dei um beijo.

   Eduardo e eu não estamos namorando porque não queremos fazer da nossa longa amizade um relacionamento que mal sabemos se vai dar certo, então estamos em uma amizade colorida. Se é que posso dizer assim.

— Agente podia sair essa noite, ou você podia ir lá pra minha casa. Faz tempo que você não aparece por lá. — Sugeriu.

— É, o que acha de sairmos com Marisa e o Matheus?

— É uma ótima ideia. Tem um lugar onde podemos ir.

— OK. Depois eu aviso eles. Mas tem uma condição.