- Eu sabia! Desgraçada! - Falei com raiva enquanto apertava o canivete, e acabei me cortando.
- Ai! Merda! - Falei. - Vamos lá então. Nada tenho a perder. - Saí daquele lugar mórbido e voltei para o quarto onde Mirna estava, peguei minha sacola com as coisas que eu tinha pego naquele pequeno depósito... - "O celular" - Penso. - Pego o meu celular e disco o número daquela destruidora de lares.
- É uma surpresa que você tenha me ligado baby..! - Eca, baby!
- Que nojo! - Respondo. - Onde você está? Temos contas a acertar.
- Eu não me lembro de você vendendo alguma coisa pra mim! -Ela disse sarcástica.
- Verdade, mas eu lembro de umas dívidas! - Falo sorrindo maleficamente
- Eu fiquei curiosa agora. Estou indo pra tua casa... E.. Se o que você me disser não me agradar, acho que vou fazer mais uma dívida principal.. - É claro que ela referiu-se à minha mãe - que por acaso estava sumida e eu não a via fazia dois dias.
- Certo Liv. Até em casa! - Disse e finalizei a chamada. Me dirigi à primeira saída possível daquele lugar. Consegui sair sem nenhum empecilho e peguei um táxi e disse pro taxista o local. Fiquei no banco de trás pra organizar meus brinquedinhos, o motorista talvez pensasse que eu fosse uma assassina né? Melhor não arriscar. Deixei tudo em ordem, não podia falhar, de novo!
- Chegamos moça. - O homem falou.
- Obrigada. - Agradeci simpaticamente, e o paguei. - Vamos ver se isso te afeta Lívia. - Falei olhando em direção àquela casa. -"Toc toc" - Bato na porta.
- Oii! Tem alguém em caasa? - Gritei. Logo a porta se abriu.
- Amora? Você por aqui? - Ele disse surpreso.
- Por que tanto espanto, Dionatha?! - Perguntei.
- Não é que eu.. você... a Lívia.. Ela não está. Saiu há dois dias com o namorado.. - Ele disse sem graça.
- Ah, eu sei. Vim aqui te ver mesmo.. - Falei na cara de pau. A cara dele foi a melhor, quase seus olhos saltaram pra fora.
- Nossa! ...- Ele passou a mão na cabeça e olhou para trás (para dentro da casa). - Você, quer entrar? - Ele perguntou corando.
- Claro. - Tentei soar a mais interessada possível. - Entrei e beijei em sua bochecha.
- Bem, eu.. Não esperava vê-la. - Dio falou tímido.
- Então prefere que eu vá embora.? - Fingi estar ofendida.
- NÃO! - Ele disse um pouco aflito e segurou minha mão, e eu pus minha outra mão em seu cabelos, e fiz um cafuné.. acariciei seu rosto e finalmente sua bela boca rosada... Ele segurou minha mão em tom de reprovação e eu fiz cara feia.
- O que houve? -Perguntei irônica.
- Você.. Eu não posso. Você é muito nova pra mim... - Ele disse com a decepção nos olhos.
- É só um beijo! - eu disse e o beijei, suavemente e depois mais quente. - Apesar de ser um plano de maldade, eu gostei muito; além disso eu sempre quis beijar ele mesmo. - Então me afastei um pouco e sorri em seus lábios e, sorrindo pedi que trouxesse algo para bebermos.
- Claro - Ele disse com um imenso riso estampado no rosto. - Como você não bebe vinho, trarei um suco de groselha..
- Tá, claro. - Falei. Ele foi e trouxe uma jarra bem cheia.
- Poxa! Que eficiente. - Falei brincalhona.
- Eita, faltou os copos!
- Eu pego! - E num salto já estava indo em direção à cozinha.
- Tá bom.. - Ele disse e sorriu. Eu não queria magoá -lo, vi que ele gostava de mim, apesar da diferença de idade, mas era preciso.
Peguei dois copos vermelhos escuros e voltei.
- Acheei!
- Hahaha.. Você é uma graça, sabia Amora? - Ele brincou.
- Obrigada.. Então.. Vamos tomar esse suco.. - Falei. - Ah, Dionatha, pega pra gente lá uns cubos de gelo, fica ainda melhor! - Eu disse animada.
- Verdade! - Ele respondeu. E foi.
Peguei a dose em pó que faria ele dormir e pus em dos copos, transparente, ele não perceberia com tanta empolgação.
- Pronto Amora! Agora está tudo certo. - Ele disse.
- É. Vamos nessa. Quem termina primeiro? - Desafiei.
- Com certeza.
Bebemos tudo - e ele tomou o suco com pó - Deitei sobre sua perna e ficamos conversando sobre a vida, a escola, o trabalho dele, essas coisas, até que ele começou a ficar tonto.
- Eu acho que.. eu vou.. Ca... ir.. - Ele disse e caiu sobre mim.
- Desculpa Dio. Eu te adoro, MSS você.. Você era a minha última opção. - Falei em seus ouvidos. - E agora meu plano entra em ação. - Completei. Ando em direção ao telefone fixo e disco o número de celular da Lívia.
- Oi Dionatha, o que foi? Te avisei que eu ia passar esses dias fora! - Ela falou insastifeita; e eu respondi:
- É.. Parece que o Dionatha esqueceu-se disto. - Falei com voz angelical. E só o silêncio imperou, acho que passaram- se um minuto mais ou menos até que ela voltasse para si.
- Você não pode fazer nada com meu irmão. Você não tem coragem... - Ela disse tentando parecer confiante, mas ela não estava nem um pouco.
- Você matou o Lúcios, você matou o Daniel, você matou o Matt. O Matt Lívia. Nosso melhor amigo depois do Peter, e ainda tentou matar o Peter. Você acabou com a minha vida, com a minha alegria e o pior.. Agora eu sou como você... Não tenho aquilo que as pessoas chamam de sentimentos! Você queria um monstro? Agora tem. "Vamos ser psicopatas juntas", como minha iniciação, tenho o Dionatha... O que acha..?
- Você tá louca? Só eu posso matar, eu sei como fazer. E Amora, ele é meu irmão, ele não fez nada pra você, eu te peço, por favor, eu imploro... - Ela dizia
- Eu não implorei que parasse também? E o que você fez?
- Eu...
- DIGA- ME O QUE VOCÊ FEZ!! - Gritei.
- Eu... eu matei a dona Mirna..
- Exatamente. Agora... Vou seguir teus passos.. Adeus... Dionatha! - Falei e finalizei a ligação. " Uffa! Consegui enganá- la" - pensei comigo mesma. Havia mais ligações a serem feitas, e assim fiz.Obs: Oi pessoas, aqui é Gabi. Espero que estejam gostando (esse é meu primeiro livro também). Vim aqui só pra dizer que está próximo o fim desta pequena história, e não há nada de previsível neste fim. Comentem e me digam o que estão achando. Beijos.
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Psicose - A árvore forca [COMPLETO]
Mystery / ThrillerAs pessoas mais doces são as mais perigosas. Primeiro livro da saga Psicose.