A nova vida de Manu

Hotel

Acordo, pego o meu aparelho celular, e durante alguns minutos eu permaneço deitada atualizando as minhas redes sociais até que finalmente levanto da cama. Vou ao banheiro, tomo banho, visto um short jeans preto com uma blusa branca, calço uma sandália e saiu do quarto.

Vou para a área da piscina e me deparo com o Miguel numa espreguiçadeira lendo uma revista.

- Bom dia. - Digo me sentando na espreguiçadeira ao lado da dele, mas o Miguel nem olhou para mim quanto mais responder. - Está de tpm moço? - Tento fazer graça, mas nem um sorriso o menino deu.

Deito-me e observo o céu por alguns segundos em silêncio.

- Está com raiva de mim? - Digo em um tom mais sério.

- Não. - Diz Miguel curto e grosso comigo.

- Imagine se estivesse... Mas por que você está estranho? - Pergunto.

- É que...é que...você é a minha melhor amiga. Não gosto de te ver com outra pessoa, sinto que estão te tirando de mim. E também eu não gosto que nenhum pirralho chegue perto da minha princesinha. Principalmente aquele garoto de nariz empinado. - Diz Miguel fazendo uma careta.

- Você também é o meu melhor amigo Miguel, e é por isso que ninguém vai conseguir me afastar de você. E você precisa parar com esse ciúmes bobo. - Lhe dou um tapinha de brincadeira o fazendo dar um pequeno sorriso. - Sobre o Paulo, ele não é nariz empinado, ele é um garoto legal! E eu não quero ter nada com ele e nem com ninguém mais, se você quer saber. - Digo.

- Ninguém? - Diz ele surpreso.

- Sim, não quero me magoar novamente. - Digo olhando para baixo.

- Nem todos os homens são idiotas como o Matt. - Diz Miguel.

- Eu sei, mas acho que nunca vou conhecer alguém que me ame de verdade. - Digo.

- Tem um que está bem perto, mas você não consegue enxergar isso. - Diz Miguel num tom baixo, mas deu para escutar.

- Quem? - Digo curiosa.

- An? Nada não, esquece! - Diz ele voltando a sua atenção para a revista.

Quando insistiria em saber quem é que "me ama de verdade" , vejo a pessoa menos provável do outro lado da piscina numa espreguiçadeira.

- Anne? - Grito, a mesma tira a atenção do livro que lia e olha em minha direção.

- Ai meu Deus! Manu! - Diz Anne lavantando-se da espreguiçadeira.

- Anne! - Digo correndo em sua direção.

- Que saudades amiga. - Diz ela me abraçando fortemente.

- Também estava morrendo de saudades de você! - Digo retribuindo o abraço. - Por que está aqui no Brasil? - Pergunto.

- Vim passar a férias com a minha família toda. E você? - Diz Anne.

- Eu ganhei um concurso da escola, e como prêmio, irei passar quatro dias aqui com os meus amigos e com a minha mãe. - Explico.

- Ata! E onde está o seu namorado? - Pergunta Anne.

- Terminanos. - Digo triste.

- Como eu sei que a história é longa e temos bastante novidades, que tal numa outra hora atualizarmos uma a outra sobre o acontecimentos? - Sugere Anne.

- Seria uma ótima ideia! Hoje nós iremos fazer um passeio pelo Rio de Janeiro, quer ir? - Digo.

- Adoraria ir! - Diz ela sorrindo.