Estacionei o carro na garagem, e sai junto com o David do carro e abri a porta, e ninguém me disse nada.
-Oi.
-Oi filha – disse minha mãe concentrada na televisão.
E meu pai continuou fazendo silencio no lado dela como seu eu não estivesse ali, bom ninguém.
-Como foi a aula Noah? – enfim meu pai abriu a boca.
-Foi boa.
-Já sabe o que vai fazer de vestibular? Que curso?
-To pensando em fazer Design, acho que é a minha cara.
-Filha, o já conversamos sobre isso. - disse a minha mae.
-Ta ta ata, estou subindo.
-Ta, vai la.
Tinha algum problema em fazer a faculdade que eu pelo menos gosto, por que empregos nos quais eu vou me ferrar e não terão nada haver com o que eu vou exercer eu sei que eu iria ter.
Fechei a porta, e não vi mais o David, acho que ele deveria ter ido embora, até parece que alguém ia me aguentar por muito tempo. Subi as escadas e minha irmã estava com a cara no ipad, e a janela estava aberta, bom, estava quente hoje mesmo. Minha cama estava bagunçada, bom o meu irmão Jeremy podia ter feio aquela bagunça.
-Oi mana.
-Oi.
-Nossa, por que não vai tomar teu banho?
-Ta, to indo. – Ela saiu fazendo careta pra mim.
-Essa garota tem problema...
-Eu escutei babaca.
-Aí.
Bom, coloquei minha mochila no chão e fui sentar na cama, tinha alguma coisa esquisita debaixo do meu cobertor. Achei que era um dos brinquedos do mano, mas quando tirei o cobertor de cima, tinha um lindo morceguinho, se escondendo nas asas, peguei ele com cuidado nas mãos, ele tirou as asas da face, e mostrou seus dentes como se estivesse pronto para me morder, e tomou a forma humana novamente. E não sei como fiquei encima do colo dele. Ele estava me mostrando os dentes, eu senti um arrepio correr meu corpo todo, como se eu desejasse aquelas mordidas em meu pescoço, o desejava, ele era tão lindo. Olhei ele no fundo dos olhos e sai de cima dele como se tivesse levado um susto.
-Te assustei princesinha?
-N...Na realidade não, foi outra coisa.
-O que foi então, sou tão terrível, como não te assustei?
-Pra ser franca me responda uma coisa, como que se faz pra virar um vampiro?
-Ah – Ele se sentou na cama me dando espaço para sentar de frente para ele. – É assim, você tem que beber sangue de algum vampiro, ou é só derramar algumas gotas do sangue de um vampiro na ferida ou corte de um humano, que ele se torna vampiro. Se doi?, doi e muito.
-Ah, entendi.
-Porque a pergunta? Estas querendo virar uma vampirinha?
-Não, não quero, é que, não querendo ser atirada nem nada, mas fiquei com muito desejo de suas mordidas. Desculpa.
-Como você é fofa. Mas não posso fazer isso com você aqui na sua casa.
-Entendo. Sem problema. Bom, eu sei que é um pouco precipitado e tudo, mas queria lhe informar que...
Comecei a pensar profundamente nisso, eu tive o que se chama de tchã, quando o vi antes de cair com tudo no chão.
-O que Noah?
-Ah nada não, só tenho que estudar pra passar nos vestibulares. Me desculpa, queria mesmo conversar mais com você.
-Tudo bem princesa.
-E por favor, não me chame de princesa. Acho esquisito e nada parecido comigo.
-Tudo bem, mas me responda.
-O que você estava fazendo naquele terraço àquela hora?
-Pra ser franca, eu só fui me refrescar, o dia estava quente, e aquele é meu lugar favorito, dá pra ver a cidade inteira, e a sua escola também.
-Você não tem nada a ver com o ogro que estava olhando fixamente para você? E nem com aqueles que estavam lhe perseguindo?
-Não. Não sei por que eu sou alvo desse tipo de coisa, depois que pressenti a chuva sangrenta, as coisas na minha vida foram de mal a pior, tudo bem que eu devo ser louca, o pessoal da escola viviam me incomodando por causa disso. Mas com meus amigos aprendi a superar, bom eu sei que eles são seres especiais assim como você. Mas prefiro ficar quieta e imaginar que isso é tudo coisa da minha cabeça.
-Eu não sou um ser especial, eu sou um monstro, mato pessoas sem dó.
-É, eu sei.
-Não, você não sabe.
-Ta bom então, mas não se preocupe, não vou contar nada para ninguém. E vou falar que você não era meu namorado.
-Por que?
-Porque você não sente nada por mim, e vai me magoar, como todos os caras fazem. Em especial comigo.
Ele simplesmente ficou mudo, não falou absolutamente nada, olhou para mim com uma cara de como seu fosse a culpada de tudo. Abriu a janela, e voou, e em seguida fui eu lá fechar a veneziana. Quando acebei de fechar a janela minha irmã saiu do banheiro.
Peguei meu pijama e minha calcinha e fui tomar um banho. Liguei o chuveiro e esperei a água esquentar, enquanto isso tirei minhas roupas e fiquei me encarando no espelho, peguei meu celular no bolso da calça e coloquei Vigiland – Ping pong e comecei a dançar.
Eu não sou magra nem muito gorda, meu corpo é cheio de manchas de alergias, que de vez enquanto saem e voltam com tudo. Minha bunda segundo minha mãe, é muito grande. Peitos médios, quase sem na realidade, daí eu uso um sutiã que aumenta eles e me ajuda a respirar um pouquinho melhor. Entrei de baixo do chuveiro e a música já havia trocado, pra Brooke Candy – Paper or Plastic, eu realmente amo essa música. Tomei um banho rápido, sai antes da música acabar.
Coloquei minha roupa, sequei meu cabelo que havia molhado com os respingos da água. Peguei meus livros e fui estudar no último quarto da casa. Aquele quarto normalmente era muito gelado, mas hoje estava muito agradável.
Depois de umas 2 horas estudando e fazendo pausa pra desenhar, comecei a me lembrar do David, e achei melhor esquecer, ele nunca ia se apaixonar por mim, era realmente impossível, ele era todo frio, inclusive seu corpo, mas era fofo ao mesmo tempo. Passei minha mão pelo meu pescoço e fiquei arrepiada, como que eu queria tanto aquelas mordidas, mas não fazia sentido. Eu não estava confusa, mas também não estava totalmente sã. Levantei e fui jantar alguma coisa, peguei uma lasanha coloquei no micro-ondas. Quatorze minutos depois já estava ponta, fui pegar uma faca pra cortar a lasanha, e furei meu dedo, cara, minha mãe só fica comprando essas facas afiadas, ela n tem noção que é perigoso o Jeremy podia vir aqui e se cortar fácil.
Olhei para o meu dedo e ali estava o corte fundo no meu dedo, eu queria gritar, mas apenas lagrimas correram pela superfície do meu rosto, peguei meu dedo e coloquei ele na boca, chupando todo o sangue o fazendo sessar. O gosto de sangue era bom, tinha gosto de metal, como as feridas dos meus braços de quando era pequena, olhei para a junta dos meus braços, estavam manchados das alergias que tive que machucaram a pele, a fazendo ficar dois tons de diferença da minha pele.
Coloquei a junta do meu braço na boca e o chupei, tinha o mesmo gosto de metal. E me dei conta do que estava fazendo. Eu deveria ser doida mesmo. Parei e fiquei com as minhas bochechas levemente vermelhas, desde que eu era morena, eu não ficava muito vermelha.
Sequei meu braço e cortei a lasanha, peguei um garfo e voltei para o quarto aos fundos.
Quando olhei no relógio já era uma e pouco da manhã, fui para o meu quarto coloquei o despertador para tocar e fui dormir.
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Meu Mundo Sobrenatural
RandomEstava tudo normal em sua vida, até que ele apareceu e transformou tudo o que ela construído dentro de si em nada, ela seria forte? valeria a pena correr o risco? esse amor, seria ele real?