Capítulo 2°

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    Eduarda Narrando:

Lyandra disse que tinha um homem no calçadão da praia só encarando Ela e fiquei um pouco aflita com isso, nunca deixei Lyandra sair por ai sozinha, tenho medo de que Ela se esbarre com o… Com aquele desgraçado do Pai dela e o meu medo maior é que Ele descubra que Ela é a sua filha e que faça alguma coisa com Ela, mas isso Eu não vou deixar.

Dezessete Anos Atrás…

Conheci Ele em uma festa através de alguns amigos em comum até que Ele me chamou para sair, nós ficamos durante dois meses, Ele me levava para todos os lugares e Eu já estava completamente apaixonada por Ele o mesmo era morador de Favela e sabia que os meus Pais nunca iriam aceitar isso. Então em uma noite chuvosa Ele me levou para o Complexo da Maré, chegamos na sua casa e a mesma era bem luxuosa. Nunca imaginei que tinha casas assim em uma Favela. Ele me levou para o quarto dele e foi ai que Eu perdi a minha virgindade, nessa época Eu só tinha apenas Quinze anos e Ele Dezenove.

Um mês depois Eu descobrir que estava grávida, fiquei desesperada e como Eu iria falar para os meus pais que a sua filha estava grávida aos Quinze anos e de menino que eles nem conhecia. Fui para a Favela onde Ele morava, Eu tinha que contar para ele que estava grávida e que não podia contar para os meus pais sozinha, Ele tinha que tá comigo nesse momento.

Encontrei Ele junto com alguns garotos armados na hora fiquei com medo mas fui mesmo assim, me aproximei e Chamei Ele e o mesmo veio na minha direção.

– O que você está fazendo aqui? -Ele falou sério.

Eduarda: Nós precisamos conversar. -Falei com os meus olhos marejados.

– Beleza, Amanhã nós conversamos. -Ele falou e já foi saindo.

Eduarda: Espere. -Puxei o braço dele. -Eu tô grávida. -Falei deixando algumas lágrimas caírem.

Ele me olhou sério os seus lábios estavam entreabertos e os seus olhos já não tinha mais aquele brilho. Ele pegou no meu braço e saiu me arrastando até um beco um pouco escuro, Ele me escorou na parede e tirou a sua carteira do bolso da bermuda.

– Toma… -Ele me entregou um bolo de dinheiro.

Eduarda: O que é isso? -Perguntei pegando o bolo.

– Isso é pra Tu pagar um clínica para fazer o aborto. -Ele falou sério e sem olhar para mim.

Eu não acredito que Ele está me dando dinheiro pra aborta o próprio filho. Desgraçado.

Eduarda: Eu não vou fazer isso. -Falei pegando na minha barriga.

– Você vai sim, porque Eu não quero essa criatura. -Ele falou entre dentes.

O que aconteceu com Ele, cadê aquele menino que Eu conheci a dois meses atrás, que era carinhoso, amoroso. Agora Ele é um Monstro.

Eduarda: Mas você não pode me deixar sozinha, como é que Eu vou falar para os meus Pais que Eu estou grávida aos Quinze Anos… Você tem que tá comigo. -Falei chorando muito.

– Que se foda Tu e os seus Pais, Eu não quero assumir a criança e pronto. Será que Tu não entendi. -Ele falou com raiva. -Eu sou o Herdeiro desse Morro, não tenho tempo pra fazer papel de Pai besta… Eu tenho mais o que fazer. -Ele falou alterando a voz.

A minha raiva aumentou naquele estante, dei um tapa na cara dele e cuspir no seu rosto.

Eduarda: VAI SE FODER VOCÊ, SEU FILHO DA PUTA… VOCÊ NÃO É HOMEM DE VERDADE, VOCÊ É UM PAU NO CÚ QUE NÃO ASSUME AS SUAS RESPONSABILIDADES, SEU MERDA… -Eu gritei com Ele o mesmo pegou o meu braço e apertou com força.

Meu Pai é Um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora