Meu Pai é Um Traficante

Capítulo 66°

     Eduarda Narrando:

Eu acordei mas fiquei uns minutinhos deitada, tomo coragem e me levanto da cama e vou direto para o banheiro, tiro a minha camisola e entro no box do banheiro. A água morna caía sobre o meu corpo, lavo os meus cabelos e escovo os meus dentes, saio do banheiro enrolada na toalha e vou para o meu closet pegar algo para vestir.

Pego um conjunto qualquer de sutiã e calcinha e visto o mesmo, coloco uma saia preta de cintura alta à cima dos meus joelhos e uma blusa sem manga pink colocando por dentro da saia, fecho os botões deixando dois abertos. Penteeio os meus cabelos e seco os mesmos no secador, faço um coque alto bem feito nos meus cabelos e calço os meus saltos pretos.

Pego uma mala média e começo a colocar umas roupas minhas dentro da mesma, Eu não posso ficar Longe de Lyandra então tomei a decisão que ficarei um tempo morando com Marcos até ela se recuperar desse susto. Termino de fazer a minha mala, eu pego a minha bolsa com alguns pertences e as chaves do meu Carro. Desço as escadas com cuidado e vou em direção a porta com uma certa pressa.

– Filha? Para onde vai com essa mala. -Ele fala atrás de mim.

Respiro fundo e me viro, encaro o meu Pai que estava de braços cruzados esperando a minha resposta.

Eduarda: Oi Pai… Eu vou passar uns tempo na casa do Luka. -Minto.

Fernando: Do Luka? Por que isso agora e Lyandra? -Ele se aproxima e fecho os meus olhos.

Eduarda: A Lyandra vem comigo. -Falo olhando para os lados. -Eu vou para lá porque é mais perto para mim, já que estou lotada de trabalho no Ateliê. -Falo séria.

Fernando: Eu sei que você está mentindo para mim Eduarda… Para onde vai de verdade? -Ele fala sério e cruza os braços novamente.

Solto uma respiração pesada e vou em direção ao sofá me sentando no mesmo, chamo o meu Pai e ele senta do meu lado. Olho para aqueles olhos azuis piscina penetrantes iguais de Lyandra, pego nas suas mãos e dou um leve beijo nas mesma.

Eduarda: Pai, aconteceu uma coisa horrível com a Lyandra… -Falo e o meu rosto começa a arder.

Vou contando toda a história para ele, meu Pai escutava atentamente cada palavra que saia da minha boca, as lágrimas escorria pelo o meu rosto a cada pausa que eu dava Durante a conversa.

Eduarda: Então ela está nesse momento em um Hospital lá na Maré… -Falo fungando. -Então eu vou ficar na casa do Marcos para ficar perto da minha filha. -Eu falo sentindo as lágrimas acumularem nos meus olhos e olhando para ele.

Fernando: Você não vai para lugar nenhum. -Ele se levanta e fica de costas para mim.

Eduarda: O que? Mas eu tenho que ir, Lyandra precisa de mim lá… Não posso deixá-la sozinha. -Me levanto.

Fernando: Nós vamos buscar a Lyandra para cá, não quero Neta minha naquele lugar onde só acontece desgraça… Eu vou contratar os melhores médicos e enfermeiros para Lya, vou alugar os melhores aparelhos e macas para ela. Vou mandar a Luiza desocupar um quarto de hóspedes e fazer um quarto Hospitalar. -Ele fala andando de lá pra cá.
Eduarda: Pai isso não… Lyandra já começou o tratamento lá, deixa ela terminar ai nós voltamos. -Falo sentindo um nó se formando na minha garganta.

Fernando: Eu quero que você vá buscá-la Amanhã, pois eu vou resolver umas coisas. -Ele me olha sério.

Eduarda: Mas Pai e o Marcos? Ele não vai aceitar a ficar longe da Filha. -Falo sentindo as lágrimas descerem.