Capítulo 94°

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     Eduarda Narrando:

Abrir os meus olhos devagar, não sei o que aconteceu, só o que me lembro é que eu estava no posto abastecendo o meu Carro quando alguém me agarra por trás e coloca um pano com um cheiro muito forte no meu nariz e eu apaguei. Olhei ao redor e vejo que estou em um tipo de cabana de madeira, ouço som de mar lá fora, os meus pulsos estão amarrados com uma corda grossa e a mesma já está ferindo.

Eu estava deitada em cima de um colchão fino e velho, o desespero tomou conta de mim e as lágrimas tomaram conta de mim.

Eduarda: SOCORROO… ALGUÉM ME AJUDA. -Grito desesperada.

Logo a pequena porta é aberta e a Bárbara entra, ela me olha com nojo mas depois solta uma risada de deboche, ela vem caminhando até a minha direção e se agacha na minha frente.

Bárbara: Pensei que nunca iria acorda… -Ela me olha. -Já está chorando Eduarda? Mas a gente nem começou a brincar ainda. -Ela aperta de leve o meu nariz.

Eduarda: Bárbara?! O que você quer de mim? -Falo entre dentes.

Bárbara: Boa Pergunta Eduarda… -Ela se levanta. -O que eu mais quero de você?… É muito fácil, Eu quero tudo aquilo que você tomou de mim. -Ela fala entre dentes.

Eduarda: Como assim? Tá louca garota… -Falo secando as minhas lágrimas.

Bárbara: VOCÊ ME TOMOU O MARCOS E TODA A MINHA FELICIDADE… Você e a Vagabunda da sua filha. -Ela aperta o meu rosto com força.

Eduarda: Eu não tenho culpa se Ele prefere a mim do que Você. -Falo entre dentes e ela fica vermelha de raiva.

Bárbara: CALA A BOCA… -Ela grita e bate na minha cara.

O meu rosto começa a arder, um menino entra na sala e segura a maluca da Bárbara, ela avançava para cima de mim.

— Para com isso Bárbara. -Ele segura ela.

Olho para ele e o seu rosto é familiar para mim, ele me olha por um tempo mas logo muda o olhar.

— Tá doida? Não podemos fazer nada com ela agora… -Ele reclama.

Bárbara: Tem razão, quero guardar o melhor para mais tarde. -Ela fala séria e sai.

As lágrimas logo retornam a rolar no meu rosto, ele vem até a mim e tenta secar a lágrima que caia dos meus olhos, mas eu virei o rosto e me afastei dele.

— Eu sei que a sua gravidez é de risco, então tenta não ficar nervosa, tá? -Ele fala baixo.

Eduarda: Como é que você me pedi para não ficar nervosa, se Eu fui sequestrada e estou longe da minha família. -Falo sentindo o meu rosto arder e encaro ele.

Ele não fala nada, apenas solta uma longo suspiro e sai dali me trancando naquele quarto escuro. Eu choro sem parar, peço para Deus me proteger e meu Bebê também, sinto movimento rápidos na minha barriga.

Eduarda: Oh Meu filho, eu sei que você também está com medo, mas a Mamãe está aqui para te proteger… -Falo soluçando.

Ele mexia sem parar, Eu tentava ficar o mais calma possível para não passar o meu nervosismo para o bebê.

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Já era Noite e pelo jeito era bem tarde e Eu não tinha comido nada, a minha garganta estava seca e não tinha mais lágrimas para chorar. Bárbara as vezes vinha aqui só para me xingar, falar que Eu destruir a sua vida e me bater, ela sempre batia na minha cara e puxava os meus cabelos.

Meu Pai é Um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora