Definitely Perfect •hiatus•

Capítulo 20

Acordo com o barulho de gavetas e portas sendo fechadas. É nessa hora que você não gosta de ter um irmão mais novo que acorda cedo nos fins de semana (pois é).

Viro para o outro lado, tentando continuar a dormir, mas o barulho continua enchendo meu saco, ou seja, minha tentativa de dormir mais foi um fracasso.

Me sento na cama e olho meu celular, eram 9:57, pensei que era bem mais cedo. Me levanto e olho no espelho, meu cabelo estava exatamente igual à ontem, cheio de cachinhos.

Vou ao banheiro e lavo meu rosto, como uma tentativa de fazer minha alma acordar. Já bem melhor, decido trocar de roupa, pego um sweater branco felpudo com um short colorido e, quando termino de me trocar, vou tomar café.

Atravesso o corredor até a cozinha. Encontro minha mãe fazendo um queijo quente para o meu irmão, que estava sentado na mesa, esperando ficar pronto.

Vou até a cesta de frutas e pego uma maçã, dou uma mordida atrás da outra, meu irmão já estava comendo seu queijo quente quando eu terminei.

Decido fazer umas torradas, depois de terminar vou até à mesa e acabo meu café.

Quando estava saindo da sala minha mãe me fala para eu botar uma roupa. Ela tinha marcado o médico para de manhã, já que Gabb vinha mais tarde.

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Chego no medico esperando apenas um pouco para ser atendida.

Acompanho minha mãe até a sala e me sento, juntamente a ela.

Ele começa a explicar que eu não devia fazer muito esforço e mais algumas coisas.

Me sento na maca e observo ele tirar a tala devagar.

Logo após vejo que já posso pisar normalmente!!

Ele me entrega uma pomada e diz para eu passar 2 vezes por dia, para ajudar na recuperação total.

Saio super feliz do consultório. Minha mãe liga o carro e estava passando Fire N Gold no rádio.

Chego em casa morrendo de fome. Sinto um cheirinho bom, vou até a cozinha, e descubro de onde ele vem.

Vou até à mesa e me sirvo de um pouco de lasanha.

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Depois de escovar os dentes, decido colocar uma regata e um short, estava muito calor.

Quando faltava meia hora para o Gabb chegar eu decido ir arrumando logo as cadeiras e o meu violão, depois de uma semana toda ensaiando todos os dias ele ficou totalmente desafinado!!

Levo uns 10 minutos para afina-lo, nunca levei tanto tempo para afinar um violão na minha vida!!

Faço um aquecimento na voz que aprendi na época que participada do coral da escola. Uma, duas, três vezes. Tento cantar o refrão e percebo que está melhor do que no começo do ano. Vou fazendo um exercício no violão que sempre faço antes de tocar, que também serve como aquecimento.

Termino tudo e ouço a campainha tocar. Pouso delicadamente o violão em cima da cama e olho no celular. 14:27, sempre pontual.

Vou correndo até a porta de entrada e giro a chave. Encontro um Gabb super sorridente e provavelmente cansado por carregar um violão nas costas.

-hey!! Você tirou a tala!!

-Siiiiiim!!- digo saltitando super feliz.

Sinalizo para ele entrar e no curto caminho ao meu quarto começo a lembrar que tinha vezes que ficava um silêncio estranho entre nós, mas isso melhorou muito, estamos bem mais próximos e acho que ele vai ser um amigo que vou guardar por muito tempo.

Abro a porta do quarto e ele entra, se sentando na cadeira logo em seguida.

Me jogo na cama, onde se encontra o violão, posiciono ele e percebo que o Gabb está me observando.

Fico vermelha na hora, balanço a cabeça e volto a olhar para ele, que também já estava pronto.

-Se lembra da escolha das estrofes que a gente fez?-ele pergunta do nada pegando alguns papéis.

-Sim. Você fica com o primeiro verso, eu com o segundo e cantamos o refrão e a ponte juntos.-digo contando nos dedos para verificar se estava certa.

-Sim, vamos começar.

Ele conta até três começamos a dedilhar as cordas do violão. Terminamos a introdução e ele começa a cantar, ele canta muito bem, diferente de muitos amigos que já tive.

Ele termina o verso e começamos a cantar o refrão.

Ele se levanta da cadeira, decido acompanhar e me levanto também, ficando de frente para ele.

A conexão entre nós estava incrível, ele olhava nos meus olhos e conseguia ver que ele está bem seguro sobre a apresentação.

Terminamos o refrão e paro de olhar para ele, começo a cantar minha parte do segundo verso. Eu já tinha a música toda decorada bem antes de escolhermos ela, então não foi difícil.

Termino meu verso e voltamos para o refrão. Viro na direção dele novamente, mas estávamos tão perto que nossos narizes se tocaram. Me afasto um pouco, sem tirar o olhar daqueles olhos cor de mel.

Começa a ponte e continuamos com uma incrível conexão, sem tirar o olhar um do outro, percebo que ele é bem expressivo enquanto canta.

Voltamos para o refrão, repetindo-o algumas vezes, antes de acabar a música.

Mesmo depois da música acabar, nossos olhares continuam um no outro.

Me sinto corar e desvio o olhar para baixo.

-Então... Vamos de novo?