Na Trave

Capítulo 21 - Miguel H.

ATENÇÃO ANTES DE COMEÇAR A LER ESTE CAPÍTULO,LEIA A ULTIMA PARTE DO ANTERIOR.

- Sim Marcelo,amanhã eu estarei lá,boa noite - Respirei fundo após desligar o telefone.

Faltava menos de 24 horas para o início da minha luta. Eu ia começar de verdade a brigar pelo meus filhos,eu ia finalmente mostrar todas as minhas cartas e deixar claro que o lugar deles era comigo. No fundo eu ainda sentia um pouco de medo,eu vinha cometendo erros que perante a justiça podia ser o motivo para os meus filhos não viverem mais comigo e isso atormentava minha cabeça e eu me sentia péssimo.

Eu infelizmente tinha feito muita besteiras e vinha tendo péssimas atitudes com meus filhos. Eu estava no meu pior momento e eles foram minhas vítimas.
Eu sabia que era errado culpar os outros pelo o que acontecia,alias pela confusão que estava na minha cabeça mas infelizmente eu não pensava e as palavras ruins saiam da minha boca. E eu tinha medo que por minhas atitudes,péssimas por sinal,eles fossem viver com a infeliz da Olga.

Sem falar que eu também que eu fui um idiota com a Olíviah,ela estava sempre comigo justamente para que eu conseguisse ter a guarda definitiva dos meus filhos. E mesmo assim eu tratei ela da pior maneira possível.
Mas a Olíviah era o meu grande problema. O que me deixava com raiva era o fantasma dela na minha mente. Cacete,não bastava ter que conviver com ela,eu ainda tinha que ter ela no meus pensamentos. Era isso que tinha me deixado com raiva a ponto de descontar a raiva em todo mundo.

A cada dia que passava ficava mais confusa e complicada a nossa convivência. Eu tentei minha ultima cartada,e o resultado foi ainda pior. Tentei me enfiar em todos os tipos de mulheres possíveis mas em todas que eu procurei sexo nenhuma chegou perto ou me enlouquecia como Olíviah. Era sem graça,alias tinha ficado chato transar com outras mulheres depois que eu tinha estado dentro dela.

A pior tentativa tinha sido com a Mayra. Antes ela era a mulher que eu mais gostava de transar mas depois que eu tive a Olíviah nos meus braços novamente até a Mayra tinha ficado uma transa sem prazer e fria. Eu não tinha conseguido cumprir meu papel como homem na última tentativa com a Mayra,não sei talvez pela briga com meu irmão ou se porque a maldita Olíviah não saia da minha cabeça.

- Quer tomar um banho para relaxar? - Mayra perguntou enquanto eu bufava de raiva - Temos a noite toda ok?

- Não vai rolar ok?! - Eu balancei a cabeça. E ela lançou um olhar de decepção - Foi nmal. Eu só preciso dormir um pouco se importa?

Eu só queria entender o que acontecia entre nós 2. Era claro o ódio e a vontade de transar ao mesmo tempo. Eu me perguntava se eu também rodeava os pensamentos dela,se ela também ficava com meu fantasma 24 horas por dia. Eu cogitei perguntar a ela mas eu não podia ser tão idiota a tal ponto,eu não queria que ela interpretasse mal. Então era mais viável viver na dúvida.

Quando dei por mim eu já estava tocando a campanhia. Eu tinha uma enorme vontade e necessidade de ver a Olíviah,foram 3 dias sem ouvir a voz irritante e sem ver o corpo dela deitado no sofá.

- Olá dona Marta! - Sorri assim que a porta se abriu - É..mma Olíviah...está?

- Sim meu filho,entra! - Ela deu espaço e eu entrei - Estamos no meio de uma pizza quer?

- Não obrigado! Eu jantei no hotel.

Cacete! Assim que ela surgiu meu coração acelerou,finalmente eu estava vendo aquela maldita mulher depois de 3 malditos dias. Ela parecia mais perfeita e mais gata.

- Eu...eu esperei você mas como tá tarde eu decidi vir pegar você - Ela ergueu a sobrancelha - Meu advogado ligou e amanhã é a primeira audiência....

- Mas já? - Ela franziu a testa - Eu não me liguei que era essa semana.

- Sim,bom podemos ir? - Eu perguntei sem rodeios - Eu hoje não estou bem..estou um pouco cansado.