Chapter fifteen

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"Diga meu nome, eu estou morrendo de vontade de acreditar em você. E me sinto sozinha em seus braços, sinto você quebrando meu coração." - Say My Name, David Guetta.

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Flashback on

A menina de sete anos estava sentada numa cadeira baixa enquanto observava seu pai adotivo ler o jornal, como se não fosse o monstro que era.

Estava cansada das experiências que tinha com pais.

Sua mãe adotiva era maravilhosa, mas passava o dia todo no trabalho, obrigando-a a ficar com aquele cara.

"Bom dia, docinho. Nos vemos amanhã de manhã. "- Deu um beijo em sua cabeça e saiu de casa.

"Por que ainda não terminou a porra do café da manhã? Acha que tenho todo tempo do mundo?"

"Desculpe." - Tentou comer mais rápido e no desespero, derramou o resto de leite e cereais que tinha no prato.

"COMO PODE SER TÃO ESTÚPIDA?" - A agarrou pelo braço e a pequena nem ao menos protestou, sabendo que seria pior.

Foi arrastada para fora da casa e levada ao pequeno galpão que havia ali, ao qual estava tão habituada.

Mas daquela vez foi diferente. Ele entrou junto, e,  jogando-a no chão, lhe deu chutes, socos e tapas. 

Sua visão estava embaçada, seus sentidos lentos, quase desmaiando.

E então, proferiu as primeiras palavras "feias" que já havia proferido na vida.

"Eu odeio você."

E com um chute na cabeça, desmaiou. 

Ficou ali por dois dias, sem água ou comida.

Enfim, a polícia chegou.

Flashback off.

***
"Você...Está bem?" - Harry se abaixou ao seu lado, tirando uma mecha do cabelo de seu rosto e colocando atrás da orelha.

"O senhor pode me tirar daqui, por favor?" - O moreno não conseguiu fazer nada além de assentir e tirá-la dali em seus braços, colocando-a na cama.

Nunca havia visto Olivia daquela maneira, tão...Afetada.

"O que diabos você tem?" - E o monstro estava de volta.

"Nada."

"Bom, então talvez seja melhor você voltar para a merda do orfanato."

"Talvez seja, senhor."

Pela primeira vez Linton havia o deixado sem palavras, pois este achava que ia protestar, implorar para ficar, qualquer coisa, como todas as outras mulheres, mas ela apenas...Apenas concordou.

Ele saiu do quarto para deixá-la se vestir e em minutos, estava em sua frente, com seu vestido sem graça. Seus cabelos já estavam arrumados novamente num coque apertado, no alto da cabeça. 

A mochila estava nas costas e seus olhos continuavam vermelhos.

"O senhor tem algo para dor de cabeça?"

"O motorista passa numa farmácia e compra. Te vejo em breve." - A garota assentiu, apertando a alça da bolsa.

"Tchau." - Acenou levemente, andando rapidamente para a porta, saindo sem olhar para trás.

Yes, sir. | h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora