Yes, sir. | h.s

Chapter forty one

p.s: NÃO é o último capítulo.

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"Apenas pare de chorar, é um sinal dos tempos. Bem-vinda ao show final, espero que você esteja vestindo suas melhores roupas." - Sign of the Times, Harry Styles.

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Ela se sentia sozinha. Niall havia ido até sua casa buscar algumas roupas e enquanto encarava aquele teto branco, sentiu como se não devesse mais existir. Algumas horas antes um ser estava dentro de seu ventre, trazendo alegria, proporcionando felicidade e uma chama de esperança que as coisas dessem certo em seu relacionamento problemático.

Por um segundo, reconheceu que aquela criança passaria por situações horríveis por ter como pais duas pessoas que não conseguiam ficar num mesmo ambiente sem ter algum tipo de atrito. Por ser concebida decorrente a um relacionamento extremamente tóxico, infiel e sem sentido. Era cruel demais esperar que um bebê aguentasse aquela adrenalina, aquele ambiente que já era cruel para adultos, quanto mais para crianças.

Havia demorado muito tempo para entender, mas tudo fazia um pouco mais de sentido naquele momento. Styles a prendia como um pássaro dentro da gaiola, decidindo quando alimentá-la, quando lhe dar água ou atenção. Era como se, em seu passado, estivesse cercada por lindas aves e ele, como um caçador impiedoso, tivesse arrancado sua liberdade e trancafiado-na numa prisão. Suas forças para lutar contra estavam esgotadas – se é que um dia existiram – e só queria desaparecer.

Não queria mais ter que lidar com os gritos, com as ofensas, com as traições e humilhações que ele a fazia passar. Ao mesmo tempo em que não queria ficar sem seu toque, seu cheiro, sorriso e presença. Era tão contraditório que fazia sua cabeça ferver, deixando-a uma enxaqueca que persistiu por algumas horas até que desse uma trégua.

Levantou-se devagar e foi tomar um banho, lavando os cabelos e o corpo que ainda tinha resquícios do sangue do irmão, mesmo que a equipe médica tivesse tentado deixá-la limpa. Como ainda era madrugada e provavelmente Niall havia tirado algum tempo para ficar com Styles, colocou a roupa hospitalar que lhe era oferecida e penteou os cabelos com uma pequena escova que fora disponibilizada. Vestiu seus sapatos confortáveis e saiu do quarto, indo ver seu irmão, que, pelo que havia ficado sabendo, estava no quarto 631, no sexto andar.

Chegou vagarosamente e bateu na porta de leve, entrando silenciosamente em seguida. O avistou deitado sobre a cama, um cobertor cobrindo até suas entradas e curativos que tomavam conta de seu abdômen. Ele estava imóvel, ressonando levemente, seu semblante fechado, como se estivesse preocupado.

Linton se aproximou e plantou um beijo em sua testa, sentando-se na cadeira de couro que havia ao lado do leito. Acomodou-se, colocou uma coberta sobre suas pernas e pegou na mão do loiro. Estava tão vazia que nem ao menos tinha vontade de chorar, gritar ou fazer qualquer coisa para expressar suas emoções.

Era como se seu corpo estivesse cansado do sofrimento, como se tivesse apagado qualquer emoção de dentro dela, fazendo-a se sentir inexpressiva. Olhava para Adams e não gostava de vê-lo daquela maneira, machucado, inconsciente; mas apenas não conseguia ficar comovida o suficiente para chorar. Como se toda água de seu corpo tivesse sido minada.

Não notou ao certo em que hora adormeceu, apenas acordou quando ouviu o barulho da porta sendo fechada. Espreguiçou-se lentamente e bocejou, levantando os olhos para procurar seu irmão e dando um sorriso leve quando o encontrou olhando-a.

"Bom dia, anjo." – O mais velho sorriu fracamente.

"Jake Adams, você nunca mais me dê um susto desses, seu idiota. " – Esticou-se e o abraçou levemente, temendo machucá-lo.