Depois de ficarem alguns minutos naquela posição, Harry começou a fazer um leve carinho no rosto da menina, que deu um sorriso ao receber aquele toque. Ele não queria falar, não queria acabar com aquilo, mas era necessário.
Ela precisava saber.
"Eu tinha uma irmã, Olivia. Seu nome era Gemma, você deve ter conhecido. Ela sempre ia ao orfanato." - A garota pendeu a cabeça para o lado, tentando lembrar-se da menina.
Recordou-se de uma garota com cabelo rosa, acenando para ela quando tinha onze anos.
"Ela tem o cabelo rosa, não tem? É tão bonita." - Seus olhos brilharam, fazendo um nó se apertar na garganta de Styles.
Ele a soltou, andando pelo sala, suspirando, passando as mãos no cabelo, tentando conter toda a tristeza e nervosismo que tomava conta de seu ser.
"O quê? O que foi, Harry? Eu disse algo errado?"
"Não...Não, é só...Caralho. É complicado."
"Onde....Onde sua irmã está?"
Ele não iria chorar na frente daquela garota. Não podia ser tão fraco ao ponto de derramar lágrimas em frente a um ser inferior. Falar sobre aquilo doía, como se cutucasse uma ferida que estivesse recém aberta.
Mas ela já estava aberta fazia quatro anos.
Aquilo doía demais, como se seu oxigênio fosse retirado e fosse morrendo lentamente.
"Olivia...Gemma está morta." - A morena arregalou os olhos e colocou a mão sobre a boca, mostrando todo seu espanto e negação quanto àquele fato.
A garota dos cabelos rosas era tão linda, tão nova, aquilo não podia ter acontecido.
"Oh Harry..." - E ela começou a chorar novamente, audivelmente, fazendo com que o homem se aproximasse dela, sentindo vontade de protegê-la.
"Não precisa chorar, está tudo bem." - Sem dizer mais uma palavra, a menina o puxou para um abraço apertado, tentando transmitir todos os seus sentimentos.
Seu pai estava morto, sua irmã estava morta, só faltava sua...Oh não.
"Harry?" - Conseguiu falar em meio ao choro.
"Sim?"
"A sua mãe...Ela está..."
"Morta." - As lágrimas se tornaram mais fortes e os soluços cada vez mais rápidos e altos, enquanto em seu cérebro tentava captar aquelas informações tão horríveis que o diretor estava lhe dando.
Não se pode colocar a culpa de ser o que é em coisas ou pessoas, mas agora os olhos de Linton se abriam e percebiam o quanto aquele homem que acariciava suas costas havia sido machucado, esmagado, como tinha uma vida tão miserável mesmo com toda aquela riqueza.
Apertava sua camisa entre os dedos, apenas querendo ficar ao seu lado para sempre. Ele tinha tantas cicatrizes, mesmo que não se mostrassem em todos os momentos.
Styles jurava que naquele instante, em que abraçava a sua menina, toda as cicatrizes que doíam simplesmente desapareciam. Era como uma anestesia, como se ela fosse a mais poderosa droga do mundo.
E de certa forma, era.
"Eu sinto muito, Harry." - Tirou o rosto de seu pescoço, olhando em seus olhos.
"Não sinta, está tudo bem. Antes de irmos, há uma coisinha que você precisa saber."
"O quê?"
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Yes, sir. | h.s
Fiksi Penggemaronde uma garota se encontra perdidamente apaixonada pelo sórdido diretor de seu orfanato e vê sua vida transformada num inferno. os que se atormentam com as sombras do passado podem realmente viver os reflexos do presente? Copyright © 2016 Inc. Al...