Chapter thirty two

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"Ajude-me, é como se as paredes estivessem desmoronando, às vezes sinto vontade de desistir, mas eu não posso, não está no meu sangue." - In My Blood, Shawn Mendes

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Quando você está parada em frente a uma cama hospitalar com a pessoa que ama ali, sem reação, é como se o mundo parasse por um instante. Como se todo o resto sumisse e sua alma fosse levada a outra dimensão enquanto vê a vida se esvair por entre seus dedos e a impotência tomar conta de cada centímetro do seu ser. A sensação de ardência domina toda pequena célula de seu corpo e a dor se alastra de forma descomunal.

Enquanto o corpo mole de Olivia era transportado para outro local, a médica subia a cama de Harry e começava a massagem cardíaca, pronto para o transporte para sala de cirurgia. A incerteza pairava sobre aquele ambiente, as enfermeiras se olhavam temerosas, os cirurgiões não conseguiam disfarçar seu nervosismo e Harry...Bem, Harry não sentia nada.

Havia uma pessoa a mais naquela cena, vendo tudo que se passava sem conseguir mover um músculo. Aquele homem deitado sendo levado para sala de cirurgia era seu melhor amigo, tudo que possuía na vida desde os seus doze anos.

Ninguém levava em conta sua dor ou como se sentia naquele momento, pois as atenções estavam todas sobre Harry e Olivia, e, como sempre fora, ele era esquecido, como se tudo que passasse por sua mente não fosse tão significante. Já se tornara algo comum esquecer-se de seu sofrimento para ajudar aos outros e era isso que fazia enquanto secava as lágrimas e rumava para seja lá onde quer que Olivia estivesse. Ainda sem rumo, perguntou a uma enfermeira que indicou uma porta branca não muito distante de onde estava. Caminhou em passos lentos até lá, abrindo a porta vagarosamente e contemplando aquele rosto pálido que dormia – forçadamente – sobre o leito ali instalado.

Fechou a porta e se sentou. Deu um longo suspiro, olhando-a novamente.

Seriam horas longas, afinal.

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Patrick olhava ao seu redor e tudo parecia um grande vulto, dada a rapidez que o leito passava por entre os corredores. A melhor equipe daquele estabelecimento estava ali, totalmente disponível a salvar a vida do maior CEO da Inglaterra. A doutora Laura estava sobre o corpo, este, totalmente imóvel, pálido e abatido. Quando direcionou seu olhar ao homem, quase parou de correr.

Aquilo era um cadáver.

Por que corriam tanto se já haviam perdido a luta? Harry Styles estava morto e nada podiam fazer em relação a isso. A medicina não faz milagres, pelo menos era isso que havia aprendido em sua faculdade.

"Injete uma dose de epinefrina e lidocaína! AGORA!" – A voz parecia distante demais para que o jovem médico movesse algum músculo. Se sentiu aliviado quando viu Lívia, sua colega, injetar os medicamentos necessários.

"Por que estamos fazendo isso? Ele está morto." – Laura olhou-o, continuou a massagem cardíaca ritmada e franziu as sobrancelhas fortemente.

"Se para você esse homem está morto, se retire do caso imediatamente."

"Doutora..."

"AGORA!" – As mãos do loiro soltaram o carrinho, enquanto o via distanciar-se mais.

Antes que entrassem no elevador às pressas, um barulho captou sua atenção, assim como a atenção de todos que estavam conduzindo o paciente.

Era um batimento. Era um batimento cardíaco!

Harry Styles estava vivo!

Diferente de Patrick, que deu um pequeno sorriso, as feições dos médicos ali continuaram as mesmas. A porta se fechou e ele não pode ver mais nada.

Yes, sir. | h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora