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•Emma On•

Eu ouvi algumas vozes do andar de baixo e deduzi ser os meus pais. Fui até o banheiro e fiz as minhas higienes matinais, me arrumei e desci as escadas.

Mãe : chegamos agora, Emma. -disse digitando alguma coisa no celular-
Eu : vão ficar aqui agora, não é?
Pai : até hoje à noite.
Eu : o que? Vocês acabaram de chegar e já vão viajar? -disse desapontada- Nós nunca ficamos juntos.
Mãe : você devia agradecer, Emma. Nós trabalhamos para você sobreviver, e você ainda reclama? -disse irritada-
Eu : EU NÃO PEÇO PARA VOCÊS ME SUSTENTAREM, PEÇO PARA VOCÊS FICAREM AO MEU LADO.
Mãe : Emma, para de se fazer de mimada! -bufou-
Eu : mimada?! Olha aqui, Elisabeth, eu nem sei se posso mais te chamar de mãe, porque você nunca fez esse papel na minha vida! Vocês já pararam para pensar que a única coisa que importa para vocês é o dinheiro? Eu nunca fui importante, nunca ganhei um abraço sincero, vocês nunca disseram um "eu te amo", nem os meus aniversários vocês passavam comigo!

Nesse ponto eu já estava chorando. Todo aquele sentimento guardado veio à tona naquele momento, eu não conseguia mais guardar tudo para mim. Eu precisava dizer.
Bati a porta com força, os meus joelhos fraquejaram e eu caí ali mesmo, na grama em frente a minha casa. Ouvi alguém dizer "Emma, o que houve?" e quando percebi quem era tive vontade de sair dali, mas eu precisava dele naquele momento.

Nate : Emma? -ele correu até mim-
Eu : eu quero socar a sua cara! -disse nervosa- Mas eu preciso de você. -o abracei-
Nate : vem comigo, precisamos conversar.

Ele me ajudou a levantar, fomos até seu carro e ele abriu a porta para que eu entrasse. Sequei as lágrimas e fitei meus joelhos. Não sabia para aonde ele estava me levando e nem fiz questão de perguntar, demorou mais ou menos uns vinte minutos até ele dizer :

Nate : chegamos.

Aquela foi a única hora que eu levantei a cabeça, estávamos em uma praia. Uma praia linda e deserta.

Eu : ual. -sorri e sai do carro-
Nate : eu sabia que você iria gostar.

Nós nos sentamos em uma pedra e ele suspirou.

Nate : eu não me lembrava direito do que tinha dito, Derek quem me disse. Eu não consigo dormir me imaginando dizendo tudo aquilo para você, e depois de te ver com aquele garoto eu...

Ele suspirou e ficou em silêncio por alguns segundos.

Nate : me desculpa, eu sou meio explosivo mesmo, você é toda certinha e eu sou todo estranho e...

Eu fiz o que jamais imaginaria fazer. Eu beijei Nate. Era o que eu mais queria naquele momento, era como se eu precisasse dos lábios dele colados nos meus.
Ele me aproximou mais dele, suas mãos apertaram gentilmente a minha cintura e as minhas mãos foram para o seu cabelo.

Nate : wow. -disse assim que separamos o beijo-
Eu : me desculpa eu... -ele me interrompeu com um selinho-
Nate : eu gostei. -sorriu- Eu gosto de você, Em.
Eu : eu também gosto de você, Nate.

Ficamos em silêncio por algum tempo.

Nate : quer dizer que você não está mais brava comigo?
Eu : ainda estou um pouco. -fiz careta-
Nate : ah é? -riu-

Ele me colocou nas costas e correu para o mar.

Eu : NATE! -gritei após sentir a onda bater nas minhas costas-
Nate : você tinha aula. -ele colou sua testa na minha-
Eu : eu nem ligo. -entrelacei as pernas nele e colei nossos lábios-

Isso pode ser um erro, eu posso me arrepender no futuro, não sei se ele vai ferir os meus sentimentos, na verdade eu nem sei ao certo quais são os meus sentimentos pelo Nate.
Só sei que é intenso e que é bom, muito bom.

Best Mistake | MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora