Capítulo III

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Sobre aquela sensação de Deja-vú, fui no Wikipédia pesquisar e encontrei o seguinte: Déjà vu é uma sensação que surge ocasionalmente, ocorre quando fazemos, dissemos ou vemos algo que dá a sensação de já ter feito ou visto antes, porém isso nunca ocorre. O déjà vu aparece como um "replay" de alguma cena, onde a pessoa tem certeza que já passou por aquele momento, mas realmente isso nunca ocorreu.

Bater com a cara no poste é fichinha, quero ver é cochilar no ombro de um desconhecido no ônibus e outra, encontrar com ele novamente.

Meu nome deveria ser mico e o sobrenome vergonha. Tenho um relacionamento sério com o chão, com o alface no dente e com as risadas fora de hora. E quando eu falo fora de hora não é só durante a aula não, eu estou falando de velórios, daqueles que o morto está no centro e família em volta chorando. 

Ah se eu só exagerasse na risada, seria tudo tão mais divertido, tão menos difícil. Mas quem me conhece sabe, aqui é só 80, é só mais, demais.

Não sei se a melhor parte, mas a parte que mais me orgulho no que se refere a sentir, é que nunca obriguei ninguém a sentir como eu, ou a lidar com meus exageros. Como posso exigir de alguém algo que nem eu sei? Mas também, como podem me pedir o mesmo? E outra, como eu consigo lidar com os problemas dos outros enquanto nem sei a fórmula que preciso usar para resolver os meus?

Doía e confesso que ainda dói pensar que eu sou como um degrau para as pessoas, uma forma delas se sentirem melhor.

Desaprendi a diferenciar quem era de verdade e quem era de mentira. E não tinha época pior para isso acontecer.

Eu me sentia só, sufocada, não sei, era como se tudo desse certo para todos, menos para mim. Eu precisava escrever, colocar para fora. E foi aí que comecei a postar meus rabiscos, no início, era só isso. Escrever, postar e escrever novamente. Mas as coisas foram acontecendo um pouco rápido demais e eu que antes não tinha amigos, no final do mês eu tinha tantos que já tinha desistido de contar. Pelo menos eu achava que eram meus amigos.

Comecei a me relacionar com pessoas de todo o Brasil, boa parte do meu tempo era direcionando a elas nos vários grupos no WhatsApp, interessante que quando recebemos conselhos sobre pessoas que conhecemos virtualmente, normalmente reviramos os olhos. Reviramos porque já estamos cansados de ouvir a mesma coisa. Ouvimos nos noticiários, nas revistas e principalmente dos nossos pais. Mas achamos que somos grandinhos demais para dar tanta atenção a isso. Pensamos que podemos cuidar de nós mesmos.

Sabe como chama isso? Autoconfiança. E isso eu tinha de sobra.

...

Tinham tantas poesias, fiquei encantada com a qualidade daqueles escritos. Quem quer que tenha escrito deve realmente sentir muito, pensei.
Resolvi deixar uma mensagem elogiando já que seguia o blog há um bom tempo e nunca tinha enviado nem uma ask dizendo "Bom dia" ou "Seguindo".

Não achei estranho a pessoa só responder minha mensagem alguns dias depois e como de costume, respondi na mesma hora.

...

Tudo poderia ter acabado aí. Na verdade, eu pensei que nunca mais nos falaríamos.

Eu sempre penso errado.

...

Meu celular vibrou, era a Amanda, minha melhor amiga.

Vomitei Borboletas Mortas [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora