Capítulo 5 - Eu me chamo Elis

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O tempo foi passando, já havia seis meses que Miguel estava em Londres, a sua vida era penas dedica-se aos estudos, pois queria mais que tudo ser o melhor médico e salvar vidas. Contudo, estava faltando algo, pois o jovem adorava o que fazia, só que em seu peito perdurava um vazio que não importava o que fizesse nada preenchia. Um dia Miguel ficou até tarde estudando no Instituto, até que percebeu o quanto estava tarde, então, saiu correndo para não perder a carruagem sem perceber se bateu com uma pessoa derrubando todas as coisas de imediato apenas abaixou-se recolheu os papéis e quando foi pedir desculpa ficou em silêncio sem consegui falar uma única palavra e seu semblante ficou com uma expressão de surpresa. A pessoa sorriu gentilmente dizendo:

— Olá, eu me chamo Elis!

Miguel sacode a cabeça e pedi desculpa pela falta de cortesia, a moça simplesmente responde que não havia problema em seguida o cumprimenta e vai embora. O jovem fica ali parado por uns minutos pensativo, pois nunca em todo os seus 17 anos nenhuma mulher havia chamado sua atenção como esta moça, mas ela era diferente, não usava vestido estava de calça como um homem e usava o cabelo preso, mas apesar de não demonstrar tanta feminilidade a sua beleza era esplêndida, seus cabelos eram negros, pele branca e um olhar forte com um tom esverdeado. Aquela jovem ficou na cabeça de Miguel a noite inteira, o mesmo fazia várias perguntas "de onde era aquela moça? Será que estudava no Instituto? Terei oportunidade de vê-la novamente? Eram perguntas que fazia a noite toda.

O dia amanheceu lindo o sol brilhava como nunca e Miguel só pensava em reencontrar a jovem, neste dia após o término da aula ficou no portão da saída procurando minuciosamente pela moça chamada Elis, porém não a viu, repetiu a mesma coisa por vários dias e nada. Após uma semana decidiu procurar o seu nome no registro de cursos, assim, foi diretamente para a recepção e perguntou ao senhor Lourenço se podia dizer o curso de uma jovem chama Elis, o senhor disse:

— Meu jovem não posso dá esse tipo de informação, perdão por não poder ajudá-lo.

Miguel não iria desistir de forma alguma e ficou a implorar que homem fizesse esse favor a insistência foi tão grande que Lourenço exclamou:

— Céus, mas que insistência garoto, mas vou te fazer esse favor procurarei.

A felicidade estampou o rosto de Miguel que ficou a esperar ansiosamente, ao ouvir a palavra "achei" seu coração palpitou. O homem se dirigiu ao rapaz "falando que não foi difícil, não têm muitas mulheres no Instituto, na verdade ela é a única, essa jovem chama-se Elisa Katarina Zummach e estuda na classe de Letras". A alegria do garoto foi tanta que beijou as mãos do senhor o agradecendo calorosamente, pelo horário ainda havia tempo para ir a classe de letras, chegando lá ficou perto da porta se perguntando o que falar a moça não podia dizer que a procurou, a mesma podia achar que estava louco, então sentou na escada e podia usar a desculpa que estava ali por acaso. Assim, esperou incessantemente pela garota até que em passos lentos a figura bela da jovem foi avistada por Miguel e seu coração acelerou, quando Elis passou por perto ele levantou afirmando:

— que coincidência nos encontramos novamente. Perdão pela falta de educação, eu me chamo Miguel Ulric, prazer em revê-la.

Elis passou seus finos dedos e ajeitou o cabelo para traz da orelha deu um leve sorriso e o cumprimentou dizendo:

— o senhor Miguel hoje está calmo, outrora estava a correr.

Miguel responde de imediato:
— mil desculpas estava agoniado, pois achava que iria perder o meu bonde e nem olhei para os lados.

A conversa começou a fluir de repente estavam na saída conversando cerca de uma hora e nem notaram a passagem do tempo. Até que Elis percebeu que estava escuro e não havia mais ninguém no Instituto a mesma falou:

— nossa!!! Jovem Miguel já anoiteceu e meu pai não veio me pegar ainda, será que ouvi algo?

— não fica preocupada em instantes ele há de chegar. Mas, enquanto isso ficarei para te fazer companhia não é seguro para uma moça ficar sozinha uma hora dessa.

O tempo passou e o pai de Elis não havia chegado. Então, Miguel sugeriu levá-la em casa, a pobre moça sem opção acabou por aceitar. Chegando em casa ela bate na porta e a empregada abre, Elis pedi que o rapaz entre, ao ver o pai da moça ele ficou vermelho por um instante. O homem alto com os mesmos olhos da filha levantou-se dizendo:

— Ho, minha vida, perdoe o seu desleixado pai foi tanto trabalho que acabei esquecendo de ti.

— papai, se não fosse este jovem Miguel me trazer em casa estava lá até agora a mercê de bandidos.

O homem vai até Miguel aperta em sua mão o agradecendo por ter trazido sua filha a salva para casa. "A propósito, eu me chamo Vincent Zummach".

Lágrimas da FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora