Capítulo 1 - Festival da Primavera!

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Era um dia bastante movimentado na cidade, todos estavam eufóricos era o festival de primavera, em que, o melhor agricultor do ano seria premiado a noite haveria o baile de mascaras e o salão principal estava devidamente arrumado, as ruas enfeitadas, os artesãs com belas barracas por todos os lados. O sol estava brilhando como nunca e o céu mais azul que os mares da Jamaica, caminhando pela rua surgiu uma figura; era um rapaz alto de cabelos cacheados um tanto desarrumado em um tom castanho médio, aparentemente 17 ou 18 anos, olhos claros, trajes nobres e um rosto incrivelmente marcante, ninguém que o olha-se esqueceria da sua figura. Mas, repentinamente outro rapaz com uma estatura semelhante a do jovem, aparentemente um pouco mais velho e com cabelo penteado todo para trás aproximou-se dele e segurou em seu braço o reaprendendo e o arrastou em discussão para um grande castelo um pouco distante da cidade, era uma construção feita a pedras e tinha um portão de madeira imenso, eles se direcionaram a uma sala gigantesca e requintada cujo um homem estava sentado em uma cadeira enorme era o temido e respeitado senhor Salazar Ulric. Então, ele olhou para o jovem devidamente a sua frente e perguntou:

— Miguel, meu filho, ordenei ao seu irmão Heitor que te procurasse você sumiu a manhã inteira. Hoje você faz 17 anos, que presente quer que seu pai te dê?

O olhar de Miguel enche-se de alegria e seu semblante mudou completamente, em seguida ele diz ao pai:

–– Com todo o respeito, o senhor sabe o meu desejo o que tanto sonho!

Imediatamente, Salazar responde com furor:

–– Filho você sabe que eu te amo mais que tudo, entretanto, não posso te deixar estudar em Londres, você e seus irmãos devem ficar aqui ao meu lado para me suceder até o dia da minha morte.

O jovem Miguel responde ao pai dizendo que não queria nada e o seu semblante se entristece, retirando-se cabisbaixo. Então, ele caminha até um longo corredor e no final havia uma janela enorme de lá dava para ver toda a cidade em uma vista esplendorosa. Miguel costumava ficar horas do dia sentado naquela janela olhando e admirando a beleza do céu, contando estrelas e lembrando das histórias antigas contadas pelos anciões da cidade. Repentinamente seu irmão Arthur colocou a mão em seu ombro e o assustou, assim, lentamente sentou-se ao lado dele e sorriu perguntando:

— Irmão, porque você quer tanto ir estudar em Londres? Porque não fica conosco? Hoje é o seu aniversário fique feliz!

Miguel olhou para baixo respirou fundo e sorriu tristonhamente olhando nos olhos do irmão dizendo:

— Hoje também faz 17 anos que nossa mãe se foi, como posso está completamente feliz se para que nascesse ela precisou morrer. Por isso, quero ir para o instituto de Londres estudar medicina e poder salvar muitas mulheres da morte em seus partos.

O silêncio por um momento tomou conta, pois Arthur não soube o que dizer ao irmão apenas ficou ao seu lado e pediu que tivesse paciência com pai. Desde pequenos Miguel e Arthur sempre foram bons amigos dividindo tudo, até escondiam as travessuras um do outro, contudo, o irmão mais velho Heitor nunca se deu bem com os dois, pois se sentia de certa forma superior por saber que seria o futuro Suncerano daquela casa e dedurava assim que sabia ao pai qualquer coisa errada que os irmãos fizessem.

O anoitecer chegou, na mansão Ulric todos estavam em alvoroço era o baile de mascara do festival de primavera, a festa principal da cidade. A carruagem estava pronta e todos se direcionam para o jardim, até que Salazar para de andar e indaga para os filhos:

— Onde está Miguel? Não podemos ir sem ele.

Então, Heitor olha para o pai e com um tom enciumado afirma que não entende o porquê dele ser tão preocupado e concessivo com Miguel, já que não era assim com ele e nem com Arthur. "Salazar olha com irritação para o filho e pede que ele vá chamar o irmão, porém a porta abre e uma voz um pouco distante percorre dizendo que não precisava, pois estava aqui assim como o vosso senhor ordenou". Dessa forma, quando o senhor Ulric e seus filhos chegaram ao baile o olhar de todos voltou-se para os mesmos e começaram a reverenciar, um pouco a frente havia um altar enorme com três grandes cadeiras na direita estava Mulikan na esquerda George, então, Salazar sentou-se devidamente ao meio, encheu-se de orgulho e imponência. Ambos os Sunceranos se cumprimentaram e Mulikan sorri para o amigo dizendo:

— Meu grande amigo hoje seu filho faz 17 anos, falta pouco para alcançar a maior idade seu menino se tornou um grande homem, mas sabe de todos os seus filhos ele é o que mais se assemelha a você.

Logo, Salazar indaga:

— Porque meu velho, você acha isso?

Imediatamente Mulikan dá uma risada alta afirmando:

— Atrás dessa sua carapaça séria existe um homem justo, honesto e amoroso, tudo isso consigo enxergar olhando apenas nos olhos dele, ou seja, certamente Miguel daria um perfeito Suncerano, pena que é o mais novo.

Salazar ficou em silêncio e disfarçadamente sorriu mergulhando em seus pensamentos. Imediatamente George olha para o senhor Ulric afirmando:

— Acho que chegou o momento de fazermos uma união entre as famílias não podemos deixar que nossa herança morra aqui. Assim, é prudente realizar um casamento entre minha filha Elizabeth e seu filho Heitor.

Embora Salazar soubesse que essa união era necessária ele nunca obrigaria um filho a casar-se com alguém que não quisesse, entretanto Sr. Ulric sabia que Heitor tinha horror da filha de George e não queria de forma alguma essa união. Portanto, não o restava nada a fazer além de esperar o filho encontrar uma esposa e cantarolar desculpas esfarrapas para George, que a muito vinha ansioso com a delonga dessa decisão.

Lágrimas da FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora