Capítulo 11 - Escolhas!

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Após dois dias  de viagem a família chegou em Havor Land, Vincent fechou os olhos e respirou o aroma doce da cidade, tudo estava diferente as ruas bem divididas e organizadas, as construções bem feitas pedra por pedra, no centro da cidade tinha um monumento em homenagem a Salazar Ulric esculpido na pedra, em volta da obra tinha como se fosse uma pequena lagoa que os patos ficavam a nadar. As barracas ainda estavam lá todas bem colocadas e os diversos cheiros começaram a pairar. Então, o homem mais velho chama a atenção da garota dizendo que aquele da escultura foi o grande Suncerano Salazar que havia falecido a mais de dois anos. De longe Elis avistou um grande castelo e um homem bem vestido vinha em direção a todos a cavalgar, trazendo consigo dois cavalos, o aquela figura parecia de uma pessoa de meia idade uns trinta anos, olhos negros o cabelo arrumado, assim, este senhor desce do cavalo e aproxima-se de todos afirmando: 

— Meu nome é Heitor Ulric sou um dos Sunceranos desta cidade, prazer em conhecê-los. Trouxe estes animais para leva-los mais rápido a casa do senhor Mulikan. Portanto, o senhor pode ir com sua esposa naquele cavalo o Sr. Thompson pode ir naquele e a bela jovem teria alguma desventura em ir comigo? 

Elis não vê problemas e aceita ir com aquele homem. Ao chegar à mansão a família vai direto para o quarto, todos subiram uma longa escada e observaram retratos ao longo do caminho no final de um corredor avistaram uma imensa porta de madeira, Thompson abriu a porta que fez um barulho bem agudo, porém Vincent estava desencorajado, nesse momento Elis percebeu que seu pai estava paralisado, por isso, segurou em sua mão e sabiamente foi caminhando em passos leves o levando junto. O quarto era muito grande tinha uma janela imensa com grandes cortinas vermelhas e brancas, havia novamente muitos retratos e um tapete que cobria todo o chão, com frente à porta estava aquele senhor bem fraco nos seus últimos suspiros, Vincent se aproximou da cama e segurou as mãos daquele senhor dizendo: 

— Pai, me perdoa por ter ido embora sem te dizer nada e nunca mais ter voltado?

Com uma voz muito fraca Mulikan exclama:

— Meu filho, te perdoe no dia que você partiu metade da responsabilidade por ter ido foi minha não soube te ouvir, apenas queria que você como filho único seguisse o meu caminho. Hoje não me importa queria ter pensado assim antes, a nossa herança governamental acaba aqui na minha morte o nome Zummach não será mais legado de sunceranos já aceitei há muito tempo.

— Pai, também não soube te compreender fui egoísta só pensei em mim nos meus sentimentos, mas saiba que durante todo esse tempo nunca te esquece, todavia, meu orgulho me impediu que viesse a sua procura, perdão. Agora que estou aqui queria te apresentar esta é minha filha minha vida Elisa Katarina e minha esposa Anastácia.

Elis vai até o avô ajoelha-se próximo segura as suas mãos junto ao seu pai afirmando:

— Vovô, que bom poder te conhecer.

— minha neta, como queria ter te pego nos braços e te acompanhado crescer, porém só te ouvir a sua voz me chamando de Avô já partirei feliz.

— Juro a te, pai que...

No momento que Vincent iria concluir Mullikan o interrompe dizendo que nunca não naquele momento o colocaria em escolhas difíceis, pois não pediria algo que foi motivo da sua partida. Entretanto, sua voz foi ficando fraca, suas mãos perdendo a força a respiração parando devagar. Então, Elis e o pai chamavam pelo pobre senhor, mas já era tarde a morte já o havia levado. Anastácia se ajoelha abraçando sua família e todos lamentam juntos. Horas depois a notícia da morte do Suncerano Mulikan se espalhou, no outro dia todos acompanharam a cerimônia fúnebre e se perguntavam quem seria o novo sucessor. O anoitecer chegou a casa Zummach estava repleta de pessoas, mas um homem com uma idade já avançada chegou próximo a Vincent exclamando:

— Sei que não é a ocasião, mas é o que todos estão se perguntando, você assumirá esta casa como Suncerano ou a abandonará como fez anos atrás.

­— Senhor Helmont, eu tenho uma vida em Londres minha casa tudo que tenho está lá, sei que devo isso ao meu pai, porém é uma escolha complicada.

— Hora bolas, não há complicações você deve isso ao seu pai e tudo que fizer ainda será pouco para pagar o tempo que o pobre Mulikan sofreu sozinho nesta mansão. 

Vincent sabia que no fundo aquele senhor a sua frente tinha plena razão devia isso ao pai, mas não queria viver ali e deixar uma vida que construiu durante todos esses 30 anos. Durante toda a noite o homem indeciso ficou em silêncio pensando no que fazer, no entanto, antes que todos fossem embora Sr. Zummach chamou as pessoas para comunicar algo muito importante.

— Boa noite atodos, agradeço por ter vindo prestar a últimas homenagens ao meu pai. Este foi um dia muito triste para Havor Land, principalmente para minha família como todos sabem passei muitos anos fora e devem está se perguntando se irei embora.Então, respondo suas perguntas, sim eu serei o novo Suncerano desta casa e cumprirei os deveres do meu pai. 

A jovem de olhos claros ficou bastante surpresa pelo anuncio do pai e se retira da sala com grande tristeza. O homem percebeu sua filha saindo da sala e vai a sua procura e a encontra fora da mansão sentada em um banco chorando olhando para o jardim, assim, Vincent senta-se ao lado abraçando-a dizendo:

— Perdão filha, sei que temos uma vida lá e você tem seus sonhos, mas não posso voltar devo isso ao seu Avô, em algum momento vai se adaptar a viver aqui.

Elis chora dizendo que entendi, pois nunca desobedeceria ao pai, porém, no fundo do seu coração uma parte dela havia morrido com essa decisão, pois toda sua vida, os sonhos e o homem que amava estavam em Londres. 

Lágrimas da FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora