Capítulo 7 - Cartas

34 4 0
                                    

Após Miguel ir embora Elis fica pensativa, pois o pai nunca abriu as portas desse jeito para um desconhecido, por mais que fosse filho ou amigo de alguém que ele conhecesse. Vincent conhecia muito bem sua filha, apenas com um olhar percebeu algo estranho e exclamou:

— Você deve está se perguntando o porque fui tão cordial com aquele garoto. A resposta é simples eu adorava o pai dele era um homem incrível, apesar da nossa distância nunca deixou de escrever ao londo desses 34 anos, também não falou onde eu estava para o meu pai mesmo depois de ter se tornado um Suncerano. Agora a pergunta que está em sua cabeça é o porque fugi do meu pai, isso algum dia te conto, mas hoje não.

A moça fica surpresa com as coisas que o pai disse e abraça o pai pedindo que mostre as cartas com tom apelativo. O senhor Zummach alegou que estava tarde, porém o rosto de Elis não parecia de alguém que queria dormir, o homem olha para filha e diz:

— Eu tenho que aprender a te dizer não. Está bem eu vou procurar, enquanto isso vá vesti-se para dormir se eu encontrar vou levar em seu quarto, agora se demorar muito foi porque não achei.

O rosto de Elis encheu-se de felicidade com a resposta do pai, o obedecendo imediatamente foi para o quarto. Alguns minutos se passaram e ela esperava ansiosamente até que ouviu três batidas leves na porta no mesmo instante falou para pai entrar. Vincent estava com uma caixa repleta de cartas que colocou sobre a cama da filha e sentou-se ao lado dela dizendo que poderia ler qualquer uma a vontade, os dedos finos da moça percorreu por toda a caixa, mas uma data a chamou atenção dia 18/05/1415, então, Elis abriu o papel cuidadosamente as primeiras palavras escritas eram: " meu amigo esta noite te escrevo com grande tristeza no peito, não sei como estou tirando forças para te escrever nesse momento, porém preciso dividir com alguém a minha dor. Hoje o meu pequenino nasceu é mais um menino e Aurora escolheu o nome disse que ele seria como um anjo e cada vez que o olhasse me recordasse das boas coisas que vivi, por isso se chama Miguel o arcanjo do senhor, ganhei um presente, pois ele é lindo têm os mesmos olhos da mãe, porém perdi uma das coisas mais importantes para mim, a minha Aurora que não resistiu ao parto e falaceu neste dia essa foi a pior dor que senti em toda minha vida, ver os seus lindos olhos perder o brilho e não poder fazer nada me senti um inútil, queria poder trocar de lugar com ela, pois olho para esta criança em nossa cama e não tenho idéia do que fazer, tenho apenas um único pensamento que preciso ser um bom pai, já que este pequeno crescerá sem uma mãe. Meu caro Vincent, estou despedaçado, no entanto quando vejo o rosto do meu anjinho dormindo tranquilamente lembro do que Aurora falou e me recordo dos momentos bons que vivi com ela é disso que vou lembrar agora". Elis olha para o pai com os olhos repletos de lágrimas e afirma:

— O Miguel deve ter sofrido muito a minha relação com a mamãe não é das melhores, mas ela é muito importante para mim.

A noite foi passando rapidamente e  Elis ficou maravilhada com as coisas que lia naquelas cartas, principalmente sobre Miguel, buscava as mínimas informações sobre o mesmo, porém o senhor Vincent já estava dormindo na cama da filha até que Elis não conseguiu mais continuar lendo e acabou adormecendo ao lado do pai. Contudo, Anastácia estava a procurar o marido, pois havia acordado e o mesmo não estava na cama e caminhando pela sala lembrou do filha e foi até o quarto dela ao chegar ver Vincent dormindo desengonçado e Elis próximo a ele. Então, silenciosamente chega até o esposo o acordando dizendo que ali não era lugar para domir, Vincent levantou-se um tanto assustado, mas no momento que iria para o seu quarto com a esposa viu a filha totalmente desenrolada sua reação foi a ajeita na cama e cobri-la em seguida beijou em sua testa e foi dormir com Anastácia.

O dia amanheceu os pássaros cantavam e a brisa estava bem forte, o sol estava entrando pela janela de Elis a aquecendo o que fez acordar, abrindo os olhos lentamente percebeu que já estava tarde e assustada levantou da cama vestindo-se rapidamente. Dessa forma, chegando na sala a mãe estava sentada tomando chá com outras senhoras da cidade, umas das mulheres afirmou debochada "nossa sua filha quer ser homem Anastácia? Pois está a vestir calças", porém Elis tem um gênio muito forte e refutou imediatamente:

— Acho que a senhora está equivocada, calças é a ultima moda na França, vocês estão um tanto ultrapassadas. Bom, me dirigindo ao meu motivo de está aqui incomodando a visão de vocês, é mamãe cada o meu pai?

Anastácia responde com irritação.
— Mas o quer? Ele está dormindo, pois o fez ficar acordado até tarde, você é desse jeito porque Vincent deixa fazer o que bem entende.

— Está bem, vou pegar um bonde para ir a minha aula até mais "senhoras".

Anastácia grita pela filha que nem dá ouvidos e olha para as mulheres dizendo que não levem a sério o mau jeito de Elis, pois apenas está estressada coisa de mulher. Ao chegar  no Instituto a aula já havia começado  e a moça não podia entrar na sala, então, ficou sentada em um banco esperando o tempo passar até que avista Miguel e chama sua atenção ao ver a bela Elis o rapaz nem exita sentando-se ao seu lado a jovem pergunta:

— O que está a fazer fora da sala uma hora dessa?

— Para ser verdadeiro dormir muito e perdi o horário da minha aula.

Assim, um sorriso abri no rosto de Elis dizendo que ocorreu o mesmo com ela, porém uma ideia surgiu em sua cabeça, já que estão ali porque não sair? Miguel acha uma boa sugestão perguntando aonde poderiam ir e a moça segura em sua mão dizendo que a seguisse.

Lágrimas da FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora