Lágrimas da Fera

Capítulo 2 - O ódio da Bruxa

O dia amanheceu todos da cidade só comentavam o quanto majestosa foi à festa da primavera naquele ano e a família agricultora ganhadora do prêmio andava por todos os lados orgulhosamente mostrando a bandeira de vitoriosos. Repentinamente um alvoroço tomou conta da cidade, logo aquela confusão chegou à mansão Ulric, ouvindo o grande tumultuo Salazar abriu os portões enormes que dava para ouvir o peso da madeira ranger e gritou em alto e bom tom "mas que confusão é essa?". Imediatamente todos arregalaram os olhos e silenciou-se em temor, porém, uma voz amedrontada ecoa afirmando:

— Minha vossa excelência, está mulher foi pega fazendo bruxaria para um agricultor que tomou muitos prejuízos durante esse ano por conta disso, trouxemos está mulher a sua magnânima presença para que possa puni-la, já que feitiçaria é crime.

Logo, Salazar respirou fundo olhou a mulher sorrindo de forma debochada a sua frente e indagou:

— Ninguém mais que a mim conhece as leis da Havor Land. Por isso, olho-te agora mulher e pergunto o que tens a falar em vossa defesa?

Naquele instante todos ficaram em silêncio esperando a resposta, entretanto o que ninguém esperava a reação dela que foi com uma grande risada em seguida exclamou palavras de desprezo para o Suncerano. Então, Salazar olha para a mulher dizendo que pela sua falta de respeito e pelos seus crimes condeno-te a três meses de prisão com sentença de morte no final deste prazo. Em seguida o senhor Ulric pediu que a levassem, só que a bruxa com ódio em seus olhos disse:

— Salazar Ulric, você e toda sua família estão condenados, a primeira oportunidade que tiver lhes jogarei pragas inimagináveis, as mais dolorosas e terríveis.

Um mês se passou, todos levam sua vida como sempre, até que algumas pessoas da cidade ficaram doentes e geralmente quase todos que tinha contato direto com as pessoas enfermas acabavam do mesmo jeito. Além disso, a doença começou amedrontar os cidadãos de Havor Land que imediatamente começaram a afastar-se de qualquer um que apresentasse os sintomas da conhecida Peste como todos as chamavam na época, seus sintomas eram: Febre, tosse, falta de ar e cansaço, dor torácica, perda de peso, entre outros, a nossa Tuberculose que atualmente já é uma doença um pouco complicada imagine em meados do século XV sem ao menos alguma estrutura e tecnologia.

As coisas estavam definitivamente complicadas e uma medida urgente precisou ser tomada pelos Sunceranos para manter a cidade unificada. Após semanas de muito trabalho Salazar finalmente tira um dia para descansar, repentinamente alguém bate três vezes na porta e o senhor Imponentemente diz que não queria receber ninguém, então já entrando no quanto uma voz doce e calma ecoa "nem seu filho", os olhos do Suncerano muda imediatamente e começam a brilhar ao ver Miguel entrar. Contudo, havia algo de errado com o senhor Ulric, pois seu rosto estava pálido e suas pálpebras pesadas, instantaneamente o jovem entende que o pai não está bem e aproxima-se para ver o que estava acontecendo ao tocar no pai sente seu corpo muito quente isso o deixa muito preocupado, logo indagando:

— Pai, você está muito abatido deve repousar, vou pedir a uma mucama que prepare um bom banho, que irei fazer um chá agora mesmo.

Salazar disse que era uma bobagem, pois estava bem era apenas cansaço, só que Miguel insistiu e assim fez. Alguns dias se passaram Sr. Ulric estava a piorar, até ficar bem claro que a tal "peste" o acometia, deixando os filhos bastante preocupados, porque até aquele momento poucos com a doença sobreviveram e ainda perdurava o medo de que todos também adquirissem. Apesar de tudo que as pessoas falavam Miguel diferente do seus irmãos não teve nenhum medo e cuidou do pai todos os dias, até que em uma tarde Salazar percebeu desespero do filho por não consegui cura-lo, então segurou as suas mãos dizendo com a voz muito fraca:

— Filho, me deixe aqui sozinho para morrer eu não vou sobreviver a essa desgraça.
Imediatamente Miguel refutou:

— Obviamente que nunca o abandonaria para morrer sozinho eu vou te currar.
Então, um sorriso surgiu no rosto daquele homem, e olhando em lágrimas de emoção ele disse:

— Certa vez meu velho amigo Mulikan me disse que você parecia muito comigo, mas ele estava errado, pois tudo que tu és veio da sua mãe,  ela era uma mulher maravilhosa, bondosa e justa, quando ela morreu passou todo o seu bom coração para você, meu pequeno e sensível Miguel que sempre precisou de maior atenção por ser tão ingênuo e verdadeiro. Eu te amo filho, tens tudo que é preciso para ser um ótimo Suncerano. Porém, atrás da porta estava Heitor ouvindo tudo e apertou as mãos com ódio pelo que ouviu do pai, pois ele sempre foi convicto de era o perfeito sucessor da família Ulric, só que ele imediatamente escutou uma voz muito rapidamente indagando:

— Meu pai, faço isso porque te amo não por título e nem sirvo para esse cargo ele é dos meus irmãos, agora faça silêncio e tente descansar.