Capítulo 10 - As raízes!

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Um ano e meio se passou, Miguel continuava estudando arduamente para tornar-se o maior médico da época, Elis seguia feliz seu curso mesmo sabendo dos obstáculos que iria enfrentar, o senhor Zummach já estava impaciente, pois fazia muito tempo que esperava o firmamento do compromisso com sua filha. Portanto, fora o aborrecimento do Sr. Vincent, todo corria muito bem até demais. Então, em uma Terça muito tranquila um homem bem vestido bateu na porta da casa dos Zummach. Anastácia ouvindo as batidas impacientes veio correndo em direção à porta ao ver aquele senhor sabia que não era qualquer um e perguntou o que o trouxe. O homem apresentou-se como Joseph Thompson e afirmou que precisava falar urgentemente com o senhor desta casa, mas a senhora disse que o seu marido não estava e que viesse em outro horário, porém o senhor insistiu muito demonstrando que era algo muito sério, fazendo Anastácia enviar uma mucama para chamar seu esposo. Sabendo da notícia Sr. Vincent veio para casa imediatamente, ao chegar cumprimentou o homem e indagou: "o que o traz aqui"? Thompson respira fundo e exclama:

­— Senhor Zummach, seu pai, meu querido Suncerano está a passar muito mal, faz dias que teve um ataque do coração e não está nada bem. Por isso, me pediu com veemência que trouxesse o seu único filho antes da sua morte. 

Entretanto, Vincent o interrompe afirmando muito irritado:

— Meu senhor, está de brincadeira comigo? Realmente eu tenho um pai Suncerano, mas faz muitos anos que não o vejo e nem tenho contato e por cima de tudo nunca passei meu endereço para o mesmo.

Contudo, o homem refutou sabiamente que Mulikan sabia que não acreditaria e escreveu uma carta de próprio punho para que não houvesse dúvida. Então, o senhor Joseph abriu a bolsa e entregou a carta nas mãos de Vicent, ao abrir estava escrito: "meu querido filho se você está lendo essa carta é porque estou nas últimas faz 20 anos que você foi embora e me culpo até hoje pela sua saída, não sei exatamente quando terá em suas mãos este papel, porém temo um dia não ter forças para escrever, por isso, escrevo tudo que sinto hoje. Há alguns anos descobri onde está morando, sei que se casou e teve uma filha, queria tanto poder segurar minha netinha no colo, mas não vou te forçar a nada espero um dia você volte por vontade própria nem que seja para visitar este velho solitário sonho com este dia a alguns anos, no entanto, se está com esta carta foi porque nunca voltou para me ver. Então, peço-te com todo clamor venha a mim e traga sua família nem que seja em meu ultimo suspiro". O senhor Vicent encheu os olhos de lágrimas e gritou da sala por Anastácia que veio imediatamente fazendo perguntas, nesse momento Sr. Zummach pedi que arrume as malas, pois iriam viajar, a mulher pergunta:

— Tão depressa? Qual a urgência? E Elis ela não está em casa.

Porém, Vincent refuta, deixa de tanta pergunta mulher, vai fazer o que estou mandando, deixe que quando Elis Chegar mando arrumar as dela.

Quase escuro Vincent chega ao instituto pedindo que a filha viesse rápida, pois teriam que viajar para Havor Land. Miguel fica sem entender e pergunta o porquê da viagem, no entanto, o senhor não podia perder mais tempo e convida o jovem a entrar na carruagem e explicou toda situação no caminho de casa, quando chegaram Elis foi correndo arrumar tudo, a carruagem para viagem estava à espera na frente da residência, com tudo pronto a família se dirigiu a mesma na saída Miguel segura nas mãos da amada dizendo:

— Minha querida, queria tanto poder os acompanhar o senhor Mulikan era um grande amigo do meu pai, também me ajudou bastante quando o perdi, mas não posso faltar aula agora. Então, envie as minhas considerações ao seu Avô, durante a ausência de todos estarei com muitas saudades.

Quando a carruagem foi seguindo Miguel disse baixinho para sua amada "eu te amo, estarei sempre a sua espera".

Quando a carruagem foi seguindo Miguel disse baixinho para sua amada "eu te amo, estarei sempre a sua espera". Durante o caminho um silêncio incomodava. Então, Elis para quebrar o gelo pergunta ao pai porque foi embora da sua cidade natal. O seu pai sorri indagando: "só podia ser você para fazer uma pergunta como essa". Contudo, o pai respondeu em seguida exclamando:

— Quando era pequeno uns 10 anos minha mãe adquiriu uma doençachamada peste negra que a levou a óbito. Desde esse dia éramos sempre apenasmeu pai e eu, pois meu velho não quis casar-se novamente. O meu maior sonho erair embora de Havor Land, queria ser mais que um Suncerano, porém quando fiz 20anos meu pai queria que me preparasse para assumir o seu lugar foi o que fizaté chegar aos 25 anos quando percebi que não era feito para aquilo, a partirdesse momento arrumei minhas coisas e fui embora sem falar nada ao meu pai, omeu grande erro, achei que ele não me entenderia, se pudesse voltar no tempofaria tudo diferente. Agora estou voltando as minhas raízes.

A garota abraça o pai dizendo que todos erram, o importante era que estava correndo atrás do tempo perdido. Depois do que ouviu tinha plena certeza do por que seu pai a apoiou tanto quando quis ir para o instituto e não para o curso de etiqueta, exatamente pelo fato de um dia ter escolhido o caminho mais difícil. Os olhos de Elis encheram-se de orgulho ao ver a figura paterna, mas também por saber que havia agido como o homem que te deu vida, escolhendo o rumo mais complicado, porém o que realmente desejava. 

Lágrimas da FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora