A chave para a Escuridão - Livro II Trilogia S de Secret

Seja minha âncora

Nada estava bem, ninguém sabia o que fazer, na verdade, ocorrera a pior notícia de todas: Isadora fora considerada culpada temporariamente, o quê a levara a ficar em um presídio criminoso para menores, e que este, era o mesmo em que Gabriel estava.

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Ninguém se encontrava em seu estado comum, tanto físico, quanto psicológico.

Lucas, Kev e Brenda, foram os únicos do grupo a continuar a frequentar a escola. Nenhum estava bem, ninguém se comportava como antes, os "cinco-morteiros" - era assim que a cidade chamava o grupo, pois de acordo com a população, era eles quem provocava todos aqueles ocorridos-  agora estavam separados.
Andressa não aparecera em lugar algum desde a morte de Karen, talvez  ela tinha ido para uma outra cidade, era também uma suspeita da polícia, o que porém, não possuía provas físicas assim como as que provavam ter sido Isadora.

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Já havia se passado duas semanas, a cidade foi vista até então- por historiadores contemporâneos- como possuindo uma cúpula ao seu redor, em que esta era constituída de cada notícia que todo o País recebia dela. Em que o polo atrativo fora danificado, várias pessoas estavam até então, indo em busca de uma cidade melhor para se viver, e então, desde ali, a cidade era conhecida mais como um cemitério, em que quem ousasse ir até lá, poderia está visitando, na verdade, pessoas mortas, pessoas que estão ainda mais vulneráveis à morte. Ou seja, a cidade ali, estava sendo reconhecida como a de maior índice de mortes provocadas por ( era o que acreditavam) uma só pessoa em questão, fazendo assim esta, uma cidade de polo de repulsão. A morte, por poucos era esperada, mas ali, mais do que em qualquer lugar, e para qualquer um, poderia chegar.

Lucas estava em casa, vestindo uma bermuda velha, e uma camisa que já estava fazendo seu segundo aniversário, fazendo a atividade de história, e então, lembra de suas conversas com Karen, suas mensagens, ele sentia algo por ela, estavam conversando, ela era a menina mais inteligente da sala, e para ele, a pessoa mais adequada para se ter o primeiro beijo, chorava então, pensando em como fora se deixar o coração funcionar para isso, e que ele seria o verdadeiro motivo para S a matar, logo porque, o principal alvo dele são pessoas que eles amam. A foto dela na sua tela de bloqueio fizera ele tirar da mente o que fora aquela cidade que fora invadida pelos bárbaros, e então ele voltava a folha, mas ele apenas lia, pois a compreensão estava voltada para entender o que Karen sentia por ele, fazendo assim ciclo, não o deixando estudar. A única medida a ser tomada foi aquela. Lucas mudou sua imagem de bloqueio, e sentiu o calafrio vir e ir rapidamente, seu olhar já estava cansado, e então deita-se na cama, e pensa em quem a matara. O que o leva a dormir, acordando só no outro dia.

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Kévyn na manhã estava pensando em tudo, e logo, lembra de Laura, inocente, não sendo ela a culpada de nada aquilo. Ele sentia algo quando a via, um frenesi dentro de si, o que ele tentava ignorar, desviando sempre o olhar dele por ela.
Mas naquela manhã ele sentia que queria ser diferente, ele a chamou para sua casa. E ela foi pela noite, eles ficaram lá, estudaram Física, e então ele pegou em sua mão:
— Laura ?
— Oi Kévyn - Olhou para ele já com vergonha em suas palavras.
— Não a trouxe até aqui apenas para estudar!
— Ah não ?! Então para o que foi também?
— Eu quero me desculpar por tudo que falei à você. Quero me desculpar por não deixar a gente rolar.
— Claro que eu desculpo, só não quero mais.
— Sério? - As palavras deles em forma de susto, deixou explícito o seu olhar perplexo.
— Vem cá, você acha que é só me trazer para a sua casa que vai tirar tudo o quê falou de mim ?
— Não, não. Não quero que  você me veja assim, eu gosto de você, você sabe o que passei no ano anterior, e nesse já começou pior ainda, em preciso de alguém, de alguém que fizesse de mim melhor, uma âncora.
— Não sabia que você assistia Teen Wolf - falou ela com um sorriso que nada mais era do que vergonha.
— Nem eu sabia que você assistia também!
— Pois é! Parei na ...
— Para... Vamos falar da gente, séries não são mais importantes pra mim do que você.
— Ah é ?! Pois então eu sou muito importante para você e muito amada!
— Não sabe o quanto!
Aquela noite, foi a primeira de muitas em que um beijo de quem ama, significava para Lucas uma corrente que interligava a vida, e a sobrevivência, pois ele buscara em Laura, a sua âncora, o seu maior ponto fraco, e seu grande amor.

Uma coisa é certa: o amor para muitos pode ser o ponto mais fraco, e para outros o ponto mais forte. Mas na verdade, o amor é uma arma autêntica, que deve ser apontada para apenas uma única direção, sendo esta, a alma e o coração de quem amamos.