Capítulo 17

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Terminamos de almoçar. Eu terminei primeiro que ele, já ele comeu igual um pedreiro. Eu o observava e cada dia mais ficava mais apaixonado por ele. Quando estávamos pagando no caixa do restaurante, o seu telefone tocou, então ele saiu de perto de mim e foi pra fora do telefone pra falar. A principio não estranhei, mas quando ele voltou, percebi que ele estava pálido. Suas mãos soavam frio e a cor de seus lábios passaram de vermelho para branco.

- Duda, você tá bem?

- Tô amor, só comi demais.

- Tem certeza?

- Tanta quanto vou morrer um dia - respondeu, dando seu sorrisinho irônico.

Entramos no carro e fomos conversando sobre a minha viagem, sobre o sistema de ensino dos EUA, coisas aleatórias. Finalmente chegamos em casa.

- Vou lá pra cima arrumar meu quarto, você vem? - perguntei.

- Tô com dor de cabeça, vou deitar um pouco. Quando terminar você vai lá no quarto? - perguntou.

- Só se você me prometer não fazer nada comigo. - ri.

- Claro que não, só quero te matar de amor. - respondeu.

- Tá, eu vou. Trata de dar um jeito nesse seu apetite sexual, não sou de aço não! - rimos.

Cada um fomos para seus respectivos quartos. Terminei de arrumar meu quarto por volta das 4 da tarde. Meu pai já havia chegado e então íamos comprar as coisas pra ceia de natal. O Joaquim e a Mari logo chegaram em casa então fomos nós 4 para o shopping. Compramos bolinhas, pinheiros, gorros de papai noel e tudo que tínhamos direito. Passamos no Mc Donalds pra comermos alguma coisa.

- Tô pensando aqui - disse meu pai, dando uma mordida em seu sanduíche - Que tal nossas famílias se reunirem e fazermos a ceia de natal juntos? - continuou.

- Por mim tudo bem, passamos o natal sempre só eu e meu pai mesmo. Será uma honra - diz a Mari.

- Também passamos o natal só eu e meus pais e eu sempre saio depois da ceia. Acho que eles topariam com certeza - respondeu o Joaquim.

- Então estamos combinados. Vou ligar pro pai de vocês. - diz meu pai.

Terminamos o sanduíche e fomos em direção dessa vez ao supermercado, mas como estava lotado e já estava um pouco tarde, ficamos de voltarmos no dia seguinte bem cedo.

- Vocês querem que eu deixe vocês em casa? - pergunta meu pai, colocando o cinto de segurança.

- Não, pai.. eles vão dormir lá em casa - respondi.

- Ah, então vamos passar em algum supermercado menor e em seguida em uma locadora, vocês tem que comemorar a chegada ao Brasil no estilo de sempre, não é? - diz meu pai.

Chegamos em uma locadora e alugamos alguns filmes de terror. Em seguida, fomos a um supermercado e compramos várias leseiras, brigadeiro, pipoca, salgadinho, energético e tudo mais. Meu pai aproveitou pra adiantar algumas coisas pro dia seguinte, então demoramos mais do que o esperado no mercado.

- Cara, seu pai é muito gente boa - diz o Joaquim.

- É mesmo - concorda a Mariana.

- É.. Espero que ele continue assim depois que eu diga pra ele que sou bissexual e que estou apaixonado pelo meu meio irmão. - respondi. Rimos.

Chegamos em casa por volta de 00:00. A Marta estava na sala assistindo um filme com meu irmão e sua namorada.

- Demoraram, pensei que não vinham mais - resmungou meu irmão e me dando um abraço. Ainda não tínhamos nos visto desde que cheguei de viagem.

- Você que não tem tempo pra nada - resmunguei, lhe dando um soco fraco no ombro.

- Daqui uns dias será você também - revidou meu pai.

Mariana foi tomar banho no banheiro do meu pai e o Joaquim no do meu quarto. Logo pensei que era a minha hora de dar uma escapadinha pra dar pelo menos um beijo de boa noite no Duda. Subi até seu quarto, abri a porta mas não havia ninguém. Estranhei.

- Marta, cadê o Duda? - perguntei.

- Saiu ainda a pouco com uns amigos - respondeu.

- E a que horas eles voltam? - perguntei

- Pra que você quer saber, En? Virou guarda costa do Duda, foi? - Respondeu a Mari, tirando seus brincos e enxugando o cabelo.

Marta riu. Meu irmão me olhou com um olhar meio desconfiado. Obrigado, Mariana - Pensei.

Conversávamos enquanto desligávamos as luzes da casa e subíamos as ecadas.

- Cê tá loca???? - perguntei

- Você quem tá louco de sair de mãos dadas com o Duda pela cidade! - respondeu ela, com uma voz debochada.

- Como cê sabe? - perguntei

- Eu tava no restaurante, né, só que tava cansada e fiquei com preguiça de levantar e ir falar contigo. Agora imagina só se fosse alguém da nossa escola? Ainda bem que meu pai não viu. - falou Mari.

- Ah, mas.. - abri a porta do quarto e nos deparamos com uma cena um tanto "inusitada". O Joaquim tava pelado de frente pra a gente. Seu pau era mediano, devia medir uns 14 cm mole com pelos loiros bem aparados.

- PUTA QUE PARIU KKKKKKKKKKK JOAQUIM KKKKKKKKKKKKKKK - Mariana era a mais podre. - NÃO MEREÇO VER SEU PINTINHO DE NOVO NAO KKKKKKKKKKKKKKK - Continuou.

Joaquim deu um chute na porta, abrindo alguns segundos depois, já vestido.

- Pera aí - disse me recuperando do nosso ataque de risos - você disse de novo? - perguntei.

- É.. É.. - Mari e Joaquim responderam.

- Ah, eu falo, quando a gente tava lá nos EUA nós dois estávamos na seca né, ai rolou uma vez, mas foi só uma vez - Mariana disse, rindo.

O Joaquim ainda estava vermelho. Eu ria freneticamente.

- Tá, chega dessa palhaçada - disse o Joaquim, rindo. Vamo assistir o filme ou não? - Continuei.

Passamos a madrugada conversando e lembrando de palhaçadas que fizemos nos EUA. Dormimos por volta das 5 da manhã. 7 horas meu pai bate na porta.

- ACORDEEEM, VAMOS FAZER AS COMPRAAAAAS.. VOU DAR 30 MINUTOS PRA VOCÊS TOMAREM BANHO, TOMAREM CAFÉ E ESTAREM NO CARRO! A PARTIR DE.... AGORAAAAA

Fui o primeiro a tomar banho. Quando sai, aproveitei pra ir no quarto do Duda. Seu rosto ela sonolento, mas ele mexia em seu celular.

- Bom dia amor - diz ele, abrindo um sorriso e espreguiçando-se

- Bom dia - dei um selinho nele. Tá acordado essa hora por que? - perguntei.

- Quem não acorda com o pai gritando 7 horas da manhã? - respondeu, fazendo uma careta.

- Então aproveita e vai com a gente! Vamos passar o dia fora. - falei

- Tá bom, vou me arrumar. - respondeu.

Continua...

O certinho com o desleixado Onde histórias criam vida. Descubra agora