Logo de manhã, já estava arrumada, em frente ao hotel que Bárbara se hospedava, com Dilan logo atrás tentando não deixar o queixo cair ao ver o hotel que estava a nossa frente. Era grande, um dos maiores de Londres, mas não era apenas isto. Era simplesmente luxuoso ao ponto de prender os olhares das pessoas que passavam.
Dilan pigarreou atrás de mim
-Bem, Alice, estou começando a temer que sua amiga não se sinta tão confortável assim na minha humilde casa no campo.
Acho que não era sua intenção, mas Dilan me fez rir. Eu o entendia, dava para ver que Bárbara não pretendia economizar luxos durante sua viagem, mas sabendo que Bárbara não era tão mesquinha como Dilan já a idealizava, tentei defender minha amiga e tranquilizá-lo
-Não se preocupe Dilan, seja qual for a imagem que está criando da Barbara, ela não é assim.
Eu o ouvi suspirar atrás de mim, mas não como alívio mais para uma dúvida.
-Afinal, será que ela não leu minha mensagem? Perguntei já impaciente, mas quando voltei os olhos para Dilan seu queixo havia desabado de vez. Ele olhava fixamente para um ponto que logo descobri que era Bárbara. Como sempre ela estava esplêndida e parecia que sempre que eu a via, um vento aparecia para balançar seus cabelos dourados e uma música de fundo tocava enquanto ela desfilava até mim. A primeira vez que imaginei todo esse cenário, pensei que fosse só eu que a via assim, mas com o tempo percebi que todos a olhavam assim e Dilan acabou de confirmar tudo.
Eu ri nos meus pensamentos me lembrando que sempre foi assim. Desde criança Barbara parava todos ao seu redor quando aparecia. Têm pessoas que nascem com esse talento.
Ela apareceu logo para me abraçar e pedir mais uma vez desculpas, mas dessa vez foi um sussurro e eu pude realmente perceber como ela estava arrependida. Assim que deixou de me abraçar olhou para Dilan e logo depois para mim.
Os dois estavam constrangidos por não se conhecerem, mas como eu exercia o papel de "amiga em comum":
-Então, Barbara esse é o Dilan. Dilan essa é a Barbara.
Eles deram as mãos e mutuamente declararam que era um prazer conhecer um ao outro.
Enquanto passeávamos até chegar ao London Eye eu tentava entrosar meus dois amigos que estavam tímidos. O que é muito incrível, já que nenhum dos dois são realmente "tímidos".
Mas logo se soltaram e o peso de ter que achar um assunto em comum entre todos que durasse mais de 1 minuto se foi. Devo dar o crédito para Dilan, já que ele, ao relatar que tinha uma parte da família em Paris, deixou Barbara extasiada ao ponto de não me notar mais.
-Espera, quantas vezes você já foi lá mesmo Dilan? Barbara perguntou muito animada.
-Na verdade, tive por lá toda minha vida, sempre fui no aniversário de alguns primos.
-E quantas vezes você foi na Torre Eiffel?
Ele sorriu animado com a agitação dela. -Umas 10, provavelmente, mas ainda não enjoei de ir. É muito bom!
Eles me esqueceram e eu prometo para você que está lendo que eu não me incomodei com isso nem um pouquinho.
Chegamos logo ao nosso destino e enquanto íamos em direção a roda-gigante dos sonhos eu me lembrava de Bran, quando ele me apresentou tudo. Incrível. Tudo está sempre relacionado a ele.
-Nós precisamos muito ir!
Eu e Dilan rimos da empolgação de Barbara.
-Nós vamos amiga. Eu falei, deixando-a com um sorriso ainda maior.
Depois de uns vinte minutos conseguimos subir. Eu e Barbara fomos juntas e Dilan foi acompanhar um garoto de 9 anos que implorou muito para alguém acompanhá-lo.
Foi muito bom! Eu e Barbara nos agarramos quando o brinquedo começou a ganhar velocidade e gritamos e rimos muito.
Quando saímos do brinquedo, Barbara estava com lágrimas escorrendo de tanto sorrir e isso fez Dilan e eu rirmos com ela. Percebi o quanto era bom estar me divertindo novamente com ela.
-Ok, meu estômago está roncando.
Barbara falou depois de dar um tempo na gargalhada contagiante.
-Podemos ir aquele restaurante que fomos, todos nós aquele dia Alice. Dilan sugeriu.
-Vamos então, também estou morta de fome. E olha que eu nem vomitei tudo depois dessa aventura.
Os dois riram e fizeram cara de nojo.
Fomos contando o que tínhamos sentido durante a diversão.
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Depois de comermos, eu e Dilan deixamos Barbara no hotel e voltamos para a escola. Nos divertimos muito e ainda levamos Barbara ao Palácio e tomamos sorvete. Foi tão divertido que nos demos conta do horário apenas quando Dilan recebeu uma mensagem e viu espantado que já estava na hora de voltarmos.
Fiquei tão feliz de ter passado um tempo com Barbara, termos nos divertido e como ela se deu bem com Dilan. Julguei mal minha amiga ao pensar que ela pudesse ser preconceituosa ou mesquinha. Fui cantarolando para o corredor onde ficava meu quarto e meu coração deu 3 saltos ao ver um garoto na porta. Não. Não um garoto. O garoto. O garoto que eu pensara todo o dia ou toda a semana, ou a muito tempo.
-Bran! Falei surpresa ao chegar perto dele, mas claro que ele já tinha escutado meus passos e despertado para me abordar.
-Alice. Ele falou e sorriu.
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O Amor não é Cego
RomanceNessa história você verá que o verdadeiro amor na verdade não nos cega como as pessoas dizem por aí, na verdade o amor nos faz ver! Alice Oliver que tem um forte temperamento se vê numa fria quando é enxotada por seus pais para outro país, para ens...