KyungSoo

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Acordei com o corpo mole, como não acontecia há muito tempo. Espreguicei e olhei em volta. Sentei-me de supetão quando não consegui reconhecer meu quarto. Minha mente pareceu entrar em choque quando eu reconheci o quarto e a cama de Jongin.

Oque eu estava fazendo naquela cama?

Levantei correndo como se houvesse escorpiões sob o lençol. E eu nem queria pensar sobre o quanto o meu corpo tinha achado aquela cama confortável. Pensei em todos os caras que já tinham passado ali e uma sensação estranha se alojou em mim.

Não era errado pensar desta forma, certo? Ele se faz de moço inocente na minha frente, mas tenho certeza que deve trazer muitos caras pra cá.

Caminhei para a sala sem saber ao certo o que iria encontrar. Encontrei Jongin sentado em uma daquelas cadeiras altas do bar e de costas para mim. Engoli em seco ao ver que ele estava sem camisa. Oh puxa! Ele era bonito. Ele era mesmo perfeito. Engoli em seco de novo e reparei na tatuagem que ele tinha no ombro esquerdo.

"Isso é uma fênix?" Perguntei alto demais e ele se virou surpreso. Jongin mantinha um lápis na boca e sorriu quando me viu.

"Bom dia, dorminhoco. É uma fênix sim." Ele sorriu mais. "Você gostou?"

"É bonita." Respondi e dei de ombros, ignorando a agitação que senti. "Por que eu estava deitado na sua cama? Não me lembro de ter ido para lá ontem à noite."

"Você dormiu no sofá." Ele se virou sobre a cadeira apoiando os cotovelos sobre a bancada e exibindo um tórax maravilhoso. "Então quando eu acordei e te vi, levei o meu médico para dormir mais confortavelmente. Não se preocupe, terminei a noite no sofá em seu lugar."

"Não acredito que me fez deitar..." 'onde você leva todos os seus amantes' eu ia dizer, mas me policiei antes. Não tinha motivos para ser rude desta forma com ele. Mas no fundo, acho que ele entendeu o que eu realmente ia dizer, pois seu sorriso diminuiu um pouco. "na cama em seu lugar." Falei por fim.

Idiota.

Me xinguei mentalmente quando uma máscara de indiferença pairou sobre seu rosto. Ele tinha tentado ser gentil.

"Tudo bem. Eu não me importo." Ele falou em um tom frio e indiferente. Tentei não me chatear com isso. Eu merecia por ter sido um mal agradecido e grosseiro. Ainda que eu nem tivesse terminado de falar.

"Você parece melhor, então eu acho que já vou indo." Eu disse sem graça e passei a mão pelo cabelo. No momento em que eu fiz isso, reparei que tinha vindo direto da cama. Eu deveria estar todo desgrenhado e com uma aparência horrível. Passei por ele correndo, me sentindo extremamente envergonhado por estar ali na frente dele, que estava sem camisa e todo lindo, daquela forma.

"Ei!" Ele me chamou e eu me virei. "Não precisa sair correndo como se eu tivesse algo contagioso. Preparei um café da manhã para você!"

"Você" Eu disse devagar olhando para ele com incredulidade. "Preparou um café da manhã para mim?"

"Claro! Você foi tão prestativo ontem à noite, e ficou cuidando de mim. Não custava nada." Ele disse dando de ombros e apontou para a mesa atrás de mim a esquerda. Virei e deixei o queixo cair diante da mesa farta que estava ali. Com certeza não era um café da manhã só para nós. "E nem faça essa cara. Seria uma desfeita enorme se você não comesse depois de todo o trabalho que eu tive para arrumar isso tudo."

"Jongin..." Fiquei meio sem reação diante daquilo tudo. Ele não pareceu se importar com a minha reação. Jogou algo para mim e eu segurei o objeto no ar, percebendo que era uma chave.

"Eu estava escrevendo um bilhete para você." Ele falou mostrando um caderninho sobre a bancada do bar. "Vou ter que sair daqui a pouco e não queria te acordar. Você pode ficar com essa chave."

O VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora