Epílogo

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Sorri ao sentir a mão de Jongin passear pelo meu corpo. Ele se apertou contra mim e eu não segurei meu gemido. Virei e ele sorriu para mim.  Jongin estava de lado e apoiava a cabeça na mão de modo que seu rosto ficasse sobre o meu.

“Acho que nunca vou cansar de te olhar.” Ele falou e eu o puxei para um beijo.

Ele não se controlou assim como não fazia toda a vez que eu o beijava. A mão dele deslizou pela minha coxa, levantando o lençol. De repente, eu podia senti-lo em todo meu corpo.

“Eu te amo, Soo.”

Jongin sussurrou em meu ouvido enquanto nos movíamos no mesmo ritmo. Segurei-o pela nuca e mordisquei o pescoço dele. Eu não podia mais viver sem ele. Não podia. Arqueei o corpo e empurrei meus quadris contra ele. Jongin me beijou como um louco. Agora, os beijos dele eram sempre famintos. E ele parecia que nunca se saciaria. Ele apoiou o braço ao lado da minha cabeça enquanto eu cravava minhas unhas em suas costas. Jongin já estava acumulando um bom número de arranhões nas costas, mas ele sempre ria  e me chamava de gatinho quando eu tentava me desculpar. Às vezes ele arranhava minhas coxas para descontar.

Dormir nos braços dele era a melhor coisa que existia no mundo. Nem conseguia imaginar como tinha vivido tantos anos sem isso. Eu sempre adormecia em seus braços com o nariz contra o pescoço dele. Agora eu podia sentir o cheiro dele sempre e ele dizia o mesmo de mim. Se bem que nós sempre acabávamos na mesma posição quando começávamos a falar do assunto.

Enrolei minha perna na dele e aproveitei a sensação da pele quente dele na minha.

“Eu te amo também, Jongin. Como um louco.” Falei contra a boca dele.

No dia seguinte, a campainha me acordou. Jongin estava deitado com as costas para cima e eu estava sobre ele. Dei um beijo em sua tatuagem antes de me levantar. Vesti um hobby de cor vinho e fui abrir a porta. Meus olhos se arregalaram e a minha boca fez um pequeno “O” com o visitante inesperado.

“Eu finalmente te encontrei.” Ele disse me avaliando com olhos famintos.

Sufoquei a onda de pânico e fechei a porta. Corri para o quarto e pulei sobre a cama. Jongin acordou com a minha agitação.

“Jongin!” Eu o chamei e ele se virou lentamente, sorrindo ao me ver.

“Você está animado essa manhã.” Ele comentou e se sentou para beijar o meu pescoço.

“Não, Jongin! Ele está aqui!” Eu falei aflito. Jongin notou a minha preocupação e acariciou meu rosto.

“Quem está aqui, Soo?”

“O SeungJo! SeungJo maluco!” Eu disse e notei a tensão tomar conta dele enquanto o nome entrava em sua cabeça.

“O babaca?” Ele perguntou incrédulo. “SeungJo babaca?”

“É! Ele estava lá na porta.” Eu disse. Jongin saiu da cama no mesmo instante. Ele deu um passo e eu perguntei. “Nini, você vai assim?”

Mas ele me ignorou e abriu a porta. Apareci por sobre o ombro dele e vi o sorriso de SeungJo murchar. Ele olhou para Jongin nu e depois para mim de hobby. Então ele pareceu reconhecer o Jongin e disse:

“Você! Você é o cara que o derrubou!”

“Definitivamente.” Jongin respondeu e eu senti a raiva no tom dele. “Derrubei ele na minha cama. Agora pode dar meia volta e ir patinar que nem uma bailarina.”

“Ora seu...” SeungJo armou um soco, mas Jongin desviou com facilidade. Mesmo assim, foi interessante ver Jongin lutar pelado.

Quando acabou, SeungJo estava caído no chão e segurava o nariz que sangrava. Jongin se abaixou perto dele e falou algo em seu ouvido. Eu vi o pânico surgir nos olhos dele bem antes dele se levantar e sair correndo. Jongin fez sinal de que limpava as mãos e voltou para casa. A senhora que morava no outro lado do corredor abriu a porta e congelou ao nos ver. Ela abriu a boca e depois ergueu o polegar em sinal de aprovação.

“Bom dia, senhora.”

Jongin pareceu ficar encabulado com isso e entrou correndo em casa. Assim que eu fechei a porta, perguntei:

“O que você disse a ele?”

“Nada que seus ouvidos preciosos mereçam ouvir.” Jongin falou e me puxou para um abraço.

“Eu queria saber...” fiz beicinho ele beijou minha bochecha com carinho.
   

“Esqueça isso. Ele não vai mais voltar. E nós dois temos assuntos inacabados lá dentro.” Ele beijou meu pescoço e me ergueu. Prendi as minhas pernas em volta da cintura dele e segurei em seus ombros fortes.

“Nós temos?”

“Você não pode me acordar daquela maneira e achar que vai ficar por isso mesmo.” ele me carregou em direção ao quarto enquanto eu ria.

“Ok. Eu me rendo ao meu espartano favorito.”

“Espartano?” Ele perguntou deitando sobre mim e beijando meu pescoço.

“Eram eles que tinham mania de treinar completamente nus.”

Eu ri diante da expressão dele. Não era fácil fazer o Jongin corar e eu tinha que aproveitar essas pequenas oportunidades. Passei a mão no cabelo dele e acariciei seu rosto. Meus dedos pararam sobre o canto da boca dele.

“Eu te amo.” Eu disse enquanto gravava cada traço do rosto dele.

“Ninguém nessa vida te ama tanto quanto eu.” Ele respondeu e me beijou faminto. Depois ele se afastou e me encarou intensamente. “Eu nunca vou permitir que você entre pela janela de outra pessoa.

“Acho que já chega de pular janelas.” Eu disse observando a expressão de alegria nos olhos dele. Ah, eu adorava aqueles olhos. E eu nem pensava em invadir a janela de mais ninguém. Eu já tinha tudo o que eu queria bem aqui.

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