Vermelho Selvagem

Prólogo

And I'm down on my hands and knees
Begging you please, baby, show me your world

—

Isabella procurava um alvo, olhava para todos os cantos do lindo e chique bar que estava. Ajeitava seu vestido regularmente, tentando mostrar um pouco mais de sua pele macia das coxas. Tentou flertar com alguns homens, mas nenhum deles atendia o seu gosto peculiar.

Notou um homem não tão jovem, mas tinha uma aparência espetacular, que bebia descontroladamente. Estava sem aliança nos dedos, usava roupas de grife e uma bela chave pendia em seu bolso. Aquele era o alvo de hoje.

Se levantou e andou tranquilamente até o homem, tomando cuidado com o salto alto que estava em seus pés. Fez sua melhor cara de "vadia" e se aproximou dele, sussurrou um olá enquanto arrumava o cabelo e esperou.

O homem demorou alguns segundos para notar a presença dela, retribuiu o olá com os olhos e terminou de beber o líquido agridoce que estava em seu copo, lambendo os lábios depois para aproveitar até a última gota.

— Por que essa cara triste? — Isabella perguntou, convidando-se para sentar junto ao ruivo.

O homem estranhou toda essa aproximação, mas estava tão bêbado que não ligava para mais nada.

— Sua namorada te deu um fora? — Bella jogou verde.

— Namorada? Rá-rá. — O homem se esgueirou na mesa, pegando a garrafa e enchendo seu copo vazio. — Olhe para a minha cara.

A morena sorriu maliciosa para ele, depois mordeu o lábio inferior.

— Bella. — Ela estendeu o braço e colocou sua mão sobre a coxa do homem.

— Edward. — Ele sorriu mal-intencionado.

Logo eles estavam indo para o carro de Edward. Bella estava sorridente, foi fácil como ela esperava, talvez mais, e o homem estava dopado pela bebida, já não sentia mais nada.

Ao chegar ao Bentley a jovem viu que fez a escolha certa.
A morena chamou-o quando foi para o banco de trás. O homem jogou seu celular no banco da frente, colocou a garota por cima dele e a tomou para si. Mais ou menos, na verdade.

A bebida não deixou com que aproveitasse o momento, não deixou nem que ele tocasse nela, na verdade, e aquilo foi perfeito para a garota. Ela se soltou e pegou o celular de Edward, colocou algumas sequências de números até acertar a senha — 12345, a mais óbvia possível — e procurou o número dele. Anotou-o em seu celular e sorriu vitoriosa.

Devolveu o aparelho para o banco da frente e saiu do carro, cobriu o homem e deixou uma pequena surpresa para ele, ajeitou seu vestido e o cabelo sem tirar o sorriso do rosto.
"Nunca foi tão fácil."