9 Capítulo

11.4K 763 24
                                    

  Acordei no dia seguinte cedo, olhei para o lado e Henry ainda estava aqui

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

  Acordei no dia seguinte cedo, olhei para o lado e Henry ainda estava aqui. Levantei e fui para o banheiro, fiz minhas higienes , depois tomei um banho e coloquei uma blusa larga verde dobrada nos braços e por dentro da calça preta e um tênis. 

   Saio do banheiro, e acordo o Henry que não queria sair da minha cama, mas saiu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   Saio do banheiro, e acordo o Henry que não queria sair da minha cama, mas saiu.

   Levei ele para o quarto dele e dei banho nele, coloquei uma bermuda jeans, uma blusa vermelha e seu chinelo, já que não ia sair.

   Descemos e todos estavam lá, coloquei o Henry na sua cadeira e voltei no quarto para pegar meu celular que esqueci, descendo logo em seguida. Assim que sento na cadeira, meu celular toca:

     - Sr.Michelle ?! - Uma voz feminina fala.

     - Sim, quem é ? - Bebo um pouco de suco de laranja. 

     - Aqui é do hospital João Lago, tenho uma notícia delicada para te dar. - Assim que ela diz isso, meu coração já acelera. O que será que aconteceu?!

     - Po.. pode falar. 

     - É que... a sua mãe... sofreu um acidente doméstico essa manhã. Recebemos uma ligação de uma moça chamada Brenda, disse que é sua amiga. Ela está aqui também,  você poderia vir aqui para conversarmos melhor ? - Pergunta calma. 

     - Ahn , está bem. Daqui a pouco estou aí.

   Desligo a ligação e fico parada, só percebo que estão me olhando, quando ouço o Christopher me chamar.

     - Michelle , está tudo bem ?! Você está meio pálida.

     - Acho que sim , minha mãe... sofreu um acidente em casa... - Digo a última frase em um sussurro, mas sei que eles escutaram. -Tenho... que ir no... hospital. - Digo me levantando rápido.

     - Ahn, deixa que eu te levo. Só vou pegar a chave do carro. - Ele sai da cozinha e eu vou para fora da casa, ainda em choque. Entramos no carro, falei o nome do hospital que ela tava e seguimos o caminho em silêncio.

   Chegando ao hospital, dei o nome da minha mãe, em seguida veio um médico e nos levou até o quarto que minha mãe estava. Assim que a Brenda me viu, veio correndo até mim.

     - Amiga, que bom que chegou. - Ela fala chorando. - Eu saí de casa mais cedo para resolver uma coisa, e passei pela sua casa. Decidi ir ver como sua mãe estava, estranhei que a porta estava meio aberta e entrei, chamando por ela. E então... Eu a vi, caída no pé da escada, com umas bolsas em volta. Rapidamente eu liguei para o hospital, agora estamos aqui, mas amiga...

   Ela volta a chorar e me abraça. Eu sei que minha mãe se foi, eu sinto. Mas por que eu não reajo ?! Por que só fico parada, olhando seu corpo deitado na maca cheio de aparelhos?! 

     - Fizemos o que podíamos, mas ela teve uma morte cerebral. Podemos desligar os aparelhos ? Quando ocorre a morte cerebral, o paciente não tem mais volta, alguns órgãos ainda funcionam, mas um dos mais importantes não. - Ele diz com seriedade e calma.

     - Eu... pode. Doe os órgãos que estiverem saudáveis, por favor. - Eu só quero sair daqui.   

   Não quis ficar muito lá dentro, assinei os papéis e fomos para casa. Seu enterro será amanhã de manhã. Não sei se ia aguentar ir, pode parecer meio insensível da minha parte não querer ir, mas se eu for, não vou querer sair de lá.

   O tempo passou tão rápido, que quando vi já passava de 00:00, a casa estava escura, lembrei que aqui tinha uma sala de dança e fui para lá. Era linda, o chão era de madeira escura , tinha espelho em duas paredes e em outra, um tipo de corrimão para se apoiar. Olhei o rádio no canto da sala, peguei meu celular e conectei nele, escolhi uma música qualquer para dançar ballet.

   Ás vezes eu danço para me acalmar, deixar a tristeza fluir. Amo dançar, sei vários tipos de dança. Fico lá, em meio aos meus pensamentos, deixando que a dor e a tristeza saia, junto com as lágrimas. Me sinto sufocar, tamanha a dor, mas consigo me controlar para não ter um ataque de asma.

 Me sinto sufocar, tamanha a dor, mas consigo me controlar para não ter um ataque de asma

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   Acordo era 4:33 da manhã com sede, vou para cozinha e bebo água. Escuto um barulho de música baixinho e vou seguindo o som, abro a porta da sala de dança e a vejo dançar, passos suaves e delicados. É incrível como seu corpo se ajusta a música, os saltos são altos e os movimentos precisos. Dá para notar suas emoções na dança, seu rosto molhado de lágrimas também se nota.

   Fico vendo ela dançar, e já nem sei que horas são. Ela ainda não me viu porque dança com seus olhos fechados, a música acaba e ela está ofegante, sentada no chão com a cabeça para baixo. Faço um barulho com a pé para ela me notar, e ela se vira assustada, mas logo volta sua atenção ao chão.

   Me aproximo do som, e escolho uma música, depois vou ao seu encontro pegando suas pequenas mãos e levantando-a.

   Ela põe a mão no meu ombro, e a outra em minha mão, coloco à mão em sua cintura e a outra mão segurando a dela.

   Movo seu corpo , e ela se deixa levar, conduzo o seu corpo para todos os lados, levanto-a, e escorrego seu corpo ao meu. 

   Nossa respirações se misturam, nosso coração está acelerado. Me aproximo do seu rosto e a beijo. A beijo com calma e carinho, é o que ela mais precisa agora.

   Levo ela para o sofá que tem na sala, sento-me nele e a deito em meu colo. Fico fazendo carinho em seu cabelo e minutos depois sinto sua respiração acalmar.

   Pego ela no colo, e levo ela para o seu quarto. Depositando ela na cama, dou um beijo em sua testa e saio logo em seguida. Tomo um banho, ponho uma box e deito na cama, dormindo rápido.


O Chefe e a Babá - CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora