Erick villaça é um homem totalmente destemido. Não se apega a nada nem a ninguém. Não tem família, nem amigos. Os seus pais morreram quando ele tinha 9 anos, quando se viu obrigado a morar em um orfanato, pois, não conhecia nenhum parente vivo. Tudo...
Chegando no local do ataque, estava tudo uma loucura, tiro por todos os lados, sirenes, gritaria, objetos sendo lançados, a van em que a Melissa se encontrava, estava encurralada e alguns dos meus homens feridos. Os homens do Alvarez haviam cercado todo o local. Deveriam haver pelo menos uns 20 homens dele espalhados.
- Droga ! Rapazes como está a situação ? A Melissa ainda está com vocês ? Como ela está ? Está protegida ?
- Me desculpe chefe! Ela está conosco na Van sim, mas ela está ferida! Ela levou um tiro...... Foi de surpresa, não conseguimos evitar.
Meu coração parou por um instante.... – Como assim ela levou um tiro e está ferida ? Eu gritei pelo rádio. Não conseguia aceitar o fato de que a Melissa tivesse sido atingida e estava ferida. Merda ! Não pode ser... o que merda vocês estavam fazendo que não a protegeram ? Parti com tudo em direção à van e fui para cima daqueles bandidos atirando feito louco. A fúria me cegou. Os estrondos das balas e das armas eram ensurdecedores. Eu precisava chegar até a Van para resgatá-la e salvá-la. Não vou deixá-la morrer ! - Preciso de cobertura rapazes! Gritei e corri !
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Em meio a muitos tiros, os quais consegui desviar, inclusive um de raspão no meu braço, consegui chegar até o carro onde ela estava ferida e um dos meus homens estava tentando estancar o sangue que encharcava sua roupa em cima do seu peito. Os outros policiais atiravam para todos os lados tentando manter a todos nós vivos.
Após alguns minutos os tiros cessaram e consegui ver que todos os bandidos estavam mortos. Ouvi o som de uma sirene vindo em nossa direção. Fiquei em alerta, mas, ouvi alguém gritar atrás de mim dizendo que a ambulância que havia sido chamada assim que a Melissa foi ferida chegara. Corri com ela em meus braços na direção dos médicos. Entrei junto na ambulância e rosnei para os meus homens para que cuidassem de todo resto. Outra ambulância ficou no local cuidando dos policiais feridos.
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-Rápido ! Eu disse para o motorista da ambulância. Ele saiu em disparada e em menos de 10 minutos, chegamos ao hospital. Já havia uma maca esperando por nós na entrada. Rapidamente colocaram-na em uma maca e a levaram corredor adentro, apressadamente. Os segui....
- Senhor, a partir desse ponto somente pessoal autorizado. Aguarde na sala de espera e o informaremos do estado da paciente.
- Para o inferno ! Quero saber quem vai me impedir de segui-lá. Eu disse e já fui empurrando os enfermeiros que tentavam me parar, e segui em direção à sala de cirurgia onde haviam acabado de entrar com a Melissa. Fiquei observando tudo da parede de vidro, pois, sabia que não poderia ultrapassar aquele ponto, para não atrapalhar os médicos.
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Melissa passou por uma cirurgia, para a retirada da bala que havia atingido centimêtros do coração. Estava desacordada. Conversei com os médicos e eles me disseram que ela esteve muito próxima da morte, havia tido sorte de sobreviver. Seria necessário um período para recuperação. Estava em coma induzido para auxiliar essa recuperação.
Infelizmente, eu não poderia ficar no hospital por muito tempo, pois, ainda tinha dois traficantes para procurar e interrogar e um gangster para prender. Meu coração estava apertado por deixá-la sozinha, mas, deixei dois policiais vigiando na porta e consegui que a Detetive Rebbeca fizesse companhia dentro do quarto. Dei uma última olhada para ela... Não resisti e a beijei nos lábios.... Como eram doces... Minha vontade era de não me desgrudar nunca mais desses lábios sabor de mel.. Tão doce... Tão macios..... Fui me desvencilhando aos poucos... Com um sentimento de vazio se apoderando do meu coração, algo que nunca havia sentido antes.
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Caminhei até a porta. Dei uma última olhada para a Melissa que dormia feito um anjo e saí. No corredor dei de cara com a Rebecca que olhava desconfiada.
-Ei Villaça! Que cara é essa ?
-Cara nenhuma Rebbeca ! Eu preciso ir... Vê se não deixa a Melissa sozinha nenhum único minuto ? Qualquer problema me ligue imediatamente. Rosnei para ela e em seguida fui embora.
Saí do hospital em disparada, minha cabeça estava confusa... Eu estava odiando me sentir desse jeito....
