Erick villaça é um homem totalmente destemido. Não se apega a nada nem a ninguém. Não tem família, nem amigos. Os seus pais morreram quando ele tinha 9 anos, quando se viu obrigado a morar em um orfanato, pois, não conhecia nenhum parente vivo. Tudo...
-Eu sei Erick. Vamos investigar, ok ? É melhor você ir para casa e descansar. Amanhã você estará com a cabeça fria.
-Você tem razão Rebeca. Vou para casa esfriar a cabeça...
E assim saí da delegacia e fui para o meu apartamento. Entrei e a Mel estava linda na cozinha, conversando com a minha empregada, que terminava o jantar.
Me aproximei dela e dei-lhe um beijo na testa.
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- Como passou o dia ?
- Eu passei bem. Tentei ocupar meu tempo. É ruim não ter nada para fazer.
-Se você precisar de algo para ocupar o tempo, me diga Mel, e eu providenciarei.
- Está bem. Você parece cansado. Aconteceu alguma coisa ?
- Não meu anjo! Está tudo bem... vou tomar um banho e já desço.
-Quer ajuda ? Ela me perguntou com um olhar de desejo e ao mesmo tempo envergonhada. Linda! É claro que eu queria ela comigo no chuveiro. Mas, eu estava confuso. Depois de toda a descoberta na delegacia. E se fossemos irmãos ? Por mais que eu sentisse desejo por ela, não poderíamos transar. Não sem eu descobrir a verdade.
-Obrigado linda, mas, acho que posso me virar sozinho.
-Tudo bem !Ela disse. Pude ver o ar de decepção nela. Me senti um merda em esconder dela o que havia acontecido. Mas eu precisava descobrir tudo primeiro, antes de contar-lhe.
Subi e tomei um banho. Quando desci, ela me esperava para jantarmos juntos. Eu me sentei e comecei a comer em silêncio. Mel não disse nada. Mas percebi que estava incomodada.
-Aconteceu alguma coisa Erick ? Você está estranho. Ela me perguntou.
-Nada em especial meu anjo. Não se preocupe.
-Você está arrependido de me trazer para sua casa? É isso ? Eu devo estar incomodando.
-O quê ? Claro que não Mel ! De onde tirou essa ideia. Eu adoro ter você aqui.
-Não é o que parece. Sinto que está me escondendo algo.
-É impressão sua . Não estou escondendo nada... Me senti mal em mentir para ela, mas, era para o seu próprio bem.
Terminamos de comer e não dissemos mais nenhuma palavra. A Mel foi direto para o quarto. Eu fui atrás. Ela estava sentada na cama com um olhar triste. Me sentei ao seu lado. Olhei em seus olhos e percorri seu lindo rosto com meu polegar.
-Ei... não fique assim... Não há motivos... Eu disse.
-Será mesmo ? Por que acho o contrário quando olho para você ?
