Capítulo 10 - A convidada

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Capítulo 10 - A convidada - 07 de novembro de 2007 - Quarta-Feira.

Capítulo 10 - A convidada - 07 de novembro de 2007 - Quarta-Feira

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Na madrugada, 2:13, um grito, um sussurro. Debateu-se sobre a cama por estar abafada demais. Fechou as mãos puxando o edredom. Um suor frio. Não despertava por estar preso em algum sono profundo. Transpirava enlouquecida:

— Nããão... — Gemeu cuspindo algumas palavras sussurradas enquanto dormia. — Me solta... me solta!  

Ele a assistia em guarda. Podia ajudá-la, mas não o fez.

Isso se chama ... "consciência pesada"! Disse, Robert, ao ver Alice tendo um pesadelo breve. Sabe que eu estou até curtindo isso ? 

Ela arranhava o calcanhar contra o colchão; seu corpo reagia todo instante. Remexia-se para um lado, remexia-se para o outro.

 Deixa eu te contar um segredo, Alice... Sentou-se, Robert, na cama sendo sarcástico com a situação. Matheus, Richard e Andre... estão dormindo muito bem... 

E o que andarilho solitário estava dizendo era sensato e verídico. Em seu estado fantasmagórico podia estar em toda parte na velocidade do pensamento assistindo, como telespectador, a vida íntima de cada um. Bastava-lhe a vontade impor-se. 

Ele, levantou-se, retirando-se do quarto, pois não havia mais nada ali para fazer de seu interesse. Pressentiu algo mais dentro do quarto fúnebre, mas ignorou, permitiu desta vez que os vampiros das sombras, aqueles que drenavam energias de suas vítimas,  viessem e a perturbassem. Firmou o pensamento no quarto da irmã.

Mas foi interrompido...

— Robert... eu sinto muito... Cuspiu, Alice, em seu pesadelo, aquelas palavras.

As palavras dela o tocaram. 

Mas o orgulho do fantasma era maior:

 Você não sente é nada!  Gritou condenado-na. 

E desapareceu, aparatando dali, para um outro cenário qualquer que o coração destina-se.

-:-

Alguns minutos em seguida, presa em seu covil de pesadelos intermináveis, ela viera acordar sobressalta na cama, quando o peso da consciência e da autenticidade da realidade viera tomar seu ânimo.  

Alice despertou em meio a madrugada; tentou recordar de algo de seu sono, mas não obteve sucesso algum, pensamentos vagos tomaram a razão. Chacoalhou os olhos. A tensão diminuiu ao descobrir que não passou de um sonho ruim. Levantou-se e pôs as pantufas. 

Ligou o abajur, e na sua frente, cara a cara, encima da sua cama, sorridente com os dentes espumantes e com olhar louco aquela sombra estava parada; não esboçava nenhuma reação sequer. Alice não pudera vê-lo, apenas senti-lo, em seus pesadelos deliberadamente propositais; e com passos lentos, a jovem, quase indolente, foi em direção à porta. 

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